'Acordo
de Copenhague’ não tem nem duas páginas
e meia
19/12/09
- Após dois anos de preparação e duas
semanas de encontro, a Conferência da ONU sobre Mudança
Climática terminou sem um acordo vinculativo entre
as nações participantes, o único documento
gerado durante as negociações foi uma declaração
de intenções sem valor legal. Este resultado
foi completamente contrário aos objetivos da cúpula
que previa o compromisso vinculativo de cortes de emissão
de gases-estufa, baseado nas recomendações
científicas do IPCC, o Painel Intergovernamental
sobre Mudança Climática.
No
documento (parágrafo 1º) os países admitem
que de fato é bom evitar uma alta da temperatura
em 2°C neste século, concordando com os cientistas.
Mas só daqui a cinco anos deve-se voltar ao debate
para ver se não é ainda melhor deixar escrito
que é sensato tentar impedir uma alta de 1,5ºC
(12º parágrafo).
Quanto
a redução das emissões a médio
prazo (2020) há a expectativa de definição
até o dia 31 de janeiro.
Os países deverão providenciar informações
nacionais contando para a ONU como estão combatendo
o aquecimento global (parágrafo 4). Mas os objetivos
de longo prazo (2050) não foram mencionados.
No
documento não há metas, mas há menção
a dinheiro (parágrafo 8), o que não significa
que de fato este valor será financiado, pois o texto,
que não tem força legal, não explica
quais mecanismos institucionais seriam responsáveis
pela gestão dos recursos.
No
mesmo parágrafo 8 está escrito que as nações
ricas se comprometem a direcionar US$ 30 bilhões
nos próximos três anos para ajudar nações
pobres a lidar com as alterações climáticas.
Porém desde montante US$ 4,8 bilhões não
tem “financiador”.
Da
Redação
Com G1
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