Lula
chega ao Brasil e passa fim de semana sem compromissos oficiais
19/12/09
– O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou
ao Brasil neste sábado (19), por volta das 8h20,
vindo de Copenhague, capital da Dinamarca, e foi direto
para a Granja do Torto, onde deve passar o fim de semana
sem compromissos oficiais.
Lula
regressou ao país após discursar no último
dia da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas
(COP 15), e se reunir com alguns dos principais chefes de
Estado do planeta. Em seu discurso o presidente brasileiro
foi enfático ao afirmar que estava frustrado com
os resultados obtidos até agora. O tom de crítica
dominou a fala de Lula. "Confesso que estou um pouco
frustrado porque discutimos a questão do clima e
cada vez mais constatamos que o problema é mais grave
do que nós possamos imaginar"
Durante
o discurso o presidente afirmou que o Brasil estava disposto
a oferecer dinheiro para um fundo internacional de financiamento
de medidas de adaptação e redução
de emissões nos países pobres. “Se for
necessário o Brasil fazer um sacrifício a
mais estamos dispostos a participar do financiamento”,
disse.
De
acordo com o presidente, o Brasil foi ousado em estabelecer
metas voluntárias. "Pensando em contribuir para
a discussão nessa conferência, o Brasil teve
uma posição muito ousada", disse. "Apresentamos
nossas metas até 2020, assumimos um compromisso e
aprovamos no Congresso nacional transformando em lei até
2020 que o Brasil reduzirá as emissões de
gases do efeito estufa de 36,1% a 38,9%”.
Dirigindo-se
ao presidente da COP 15, Lars Lokke Rasmussen, e ao secretário-geral
da ONU, Ban Ki-Moon, Lula afirmou: "adoraria sair com
o documento mais perfeito do mundo. Mas se não conseguimos
fazer até agora esse documento, não sei se
algum sábio ou anjo descerá nesse plenário
e conseguirá colocar na nossa cabeça a inteligência
que nos faltou até agora", disse o presidente.
Lula
defendeu que seja redigido um documento que leve em consideração
a soberania dos países. Os países em desenvolvimento
são contrários ao monitoramento externo de
políticas de mitigação por parte dos
países desenvolvidos.
Da
Redação
Com G1