Sonho
dinamarquês de virar ‘capital ambiental’
do mundo torna-se pesadelo
19/12/09
- A 15º Conferência da ONU sobre Mudança
Climática (COP 15) este ano aconteceu na capital
dinamarquesa Copenhague, com objetivo de envolver o mundo
em ações concretas para evitar o aquecimento
global, considerando as recomendações científicas
do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança
Climática, e firmar um acordo com compromissos de
redução de gases-estufa.
O
país que sonhava em entrar para a história
como o anfitrião de um acordo abrangente que substituísse
o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Mas, para azar
do mundo, o que vai constar nos anais da história
serão a desconcertante incapacidade de aglutinação
da liderança dinamarquesa e a truculenta repressão
de manifestações de ONGs ambientalistas.
Mas
este objetivo não foi alcançado, e o único
documento gerado após duas semanas de negociações
foi uma carta de intenções sem valor legal.
O texto tem diversas questões pendentes, inclusive
a principal delas o estabelecimento das metas que não
foi definido. Está previsto também que as
nações ricas devem se comprometer a direcionar
US$ 30 bilhões nos próximos três anos
para ajudar nações pobres a lidar com as alterações
climáticas. Porém US$ 4,8 bilhões do
valor prometido ainda não tem “patrocinador”.
O
texto pôs fim ao desentendimento entre EUA e China
com a troca de uma dupla de palavras por outra. A China
rechaçava a exigência americana de inspeções
para verificar seus programas de corte de CO2 e gases similares.
A dupla de termos empregados para definir essa demanda forte
é "exame e avaliação". Foram
substituídos por "consultas e análises",
algo mais light, palatável, "não invasivo”.
Mas
o financiamento de Redd (redução de emissões
por desmatamento e degradação florestal) entrou
na carta de intenções. Isso significa que
deixar as florestas em pé poderá render dinheiro
de fora.
Da
Redação
Com G1
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