Brasil
tem metas ambiciosas, mas possíveis para reunião
do clima, diz Banco Mundial
23
de Novembro de 2009 - Roberta Lopes - Repórter da
Agência Brasil - Valter Campanato/Abr - Brasília
- A economista-chefe e coautora do Relatório sobre
Desenvolvimento e Mudança Climática do Banco
Mundial, Marianne Fay, e o coordenador de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente do banco, Mark Lundell,
apresentam dados do relatório
Brasília - O Brasil tem metas ambiciosas para a reunião
sobre mudanças climáticas que será
realizada em dezembro, mas que podem ser alcançadas
na avaliação da economista chefe do Banco
Mundial e coautora do Relatório Desenvolvimento e
Mudanças Climáticas, Marianne Fay. “São
bastante viáveis e ambiciosas e podem ter consequências
bastante positivas para a economia brasileira”, afirmou.
O
Brasil vai levar para a Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague,
uma proposta de reduzir as emissões de gases do efeito
estufa no intervalo de 36,1% a 38,9%, até 2020.
Ela
disse ainda que as mudanças climáticas vão
trazer impacto para as economias, principalmente dos países
em desenvolvimento, cujas economias dependem dos seus ecossistemas
e de capital natural para a produção.
“A
estimativa é de que na África e no sul asiático
a renda anual per capita vai baixar entre 4% e 5%. O que
é estimado para o Brasil também, que é
um país bastante vulnerável porque grande
parte da sua economia depende do meio ambiente e da agricultura,
que são setores muito vulneráveis a mudanças
climáticas”, explicou.
O
coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente do Banco Mundial, Mark Lundell, disse que para
o Brasil alcançar a meta de redução
de emissões de gases de efeito estufa serão
necessários bilhões de dólares.
“A
estimativa de demanda para implementar as metas ambiciosas
do Brasil é de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões
por ano. Em termos de fontes sempre vai haver participação
do setor privado, principalmente em termos de novas tecnologias.
Do lado das finanças, também vai haver bancos
como o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], Bird
[Banco Mundial]”, afirmou.
Em
relação aos aspectos mundiais, a coautora
do relatório, Marianne Fay, disse que a principal
mensagem do estudo é que tanto países ricos
como pobres devem se unir para que haja uma efetiva redução
dos efeitos do aquecimento global.
“A
mensagem principal é que temos que atuar juntos e
diferentemente. Não temos tempo a perder temos que
começar imediatamente com metas ambiciosas e isso
deve partir dos países ricos”, afirmou.
Ela
disse ainda que serão necessários entre US$
140 bilhões e US$ 175 bilhões ao ano para
investimentos em ações de mitigação.
Da
Agência Brasil