16/11/2010
- Renata Giraldi - Repórter da Agência
Brasil - Brasília – A duas semanas
da 16ª Conferência das Partes da Organização
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP-16), em Cancún, no
México, a secretária executiva da
convenção no setor de negociações,
Christiana Figueres, destacou que o sucesso dos
acordos depende do compromisso dos países.
O Brasil deve apresentar mais informações
sobre o compromisso assumido na conferência
do ano passado, em Copenhague, de reduzir as emissões
brasileiras entre 36,1% e 38,9% até 2020.
Segundo
Figueres, a indicação de que há
interesse no assunto foi dada durante a Cúpula
do G20 (que engloba as maiores economias mundiais),
na Coreia, quando os presentes demonstraram que
o “crescimento econômico” deve
ser associado ao “desenvolvimento sustentável
do meio ambiente”. As informações
são da Organização das Nações
Unidas (ONU).
“Cancún
vai ser um sucesso, se houver comprometimento das
partes”, disse a secretária. "[Os
países] têm de equilibrar suas expectativas
de modo que cada um leve para casa resultados positivos,
permitindo que outros façam o mesmo. É
assim que acordos multilaterais são feitos
em outros lugares e é assim que tem que acontecer
com o clima também."
Como
exemplo de esforço para mudar a situação
atual, Figueres citou a China, que recentemente
anunciou um plano – com prazo de cinco anos
para a execução – para o desenvolvimento
da economia de energia com alternativas ao desenvolvimento
sustentável.
“Somente
uma resposta sustentada e cada vez mais ambiciosa
a longo prazo para a execução de propostas
relativas às alterações climáticas
vão permitir um ajuste bem sucedido a outras
grandes mudanças políticas, econômicas
e sociais”, disse Figueres.
A
16ª Conferência das Partes da Organização
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP-16) ocorrerá no período
de 29 novembro a 10 de dezembro. O objetivo é
adotar medidas mundiais que possam reduzir o aquecimento
global e minimizar o aumento da temperatura.
O
Brasil deve apresentar ainda, durante a COP-16,
o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima que
prevê orçamento inicial de R$ 226 milhões,
a maioria vindo de recursos do petróleo.