13/06/2012
- 17h58 - Rio+20 - Nielmar de Oliveira - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro –
O Banco Central (BC) vai submeter a audiência
pública duas propostas regulatórias
tratando da responsabilidade socioambiental das
instituições financeiras. A informação
foi dada hoje (13) pelo presidente do BC, Alexandre
Tombini, em palestra dada no terceiro dia do ciclo
de debates Brasil Sustentável – O Caminho
para o Desenvolvimento.
O
ciclo de debates é promovido pelo Ministério
do Meio Ambiente, no Jardim Botânico, no âmbito
da Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável –
Rio+20. Tombini esclareceu que a primeira proposta
visa a estabelecer a obrigatoriedade de as instituições
financeiras adotarem uma política de responsabilidade
socioambiental compatível com seu porte e
com a complexidade de seus produtos e serviços,
devendo estar alinhada a sua política estratégica.
“Destacam-se
a necessidade de mensurar os impactos socioambientais
dos produtos e serviços ofertados, a adequação
dos produtos às demandas dos clientes e usuários,
bem como o gerenciamento do risco socioambiental.
O estabelecimento de tal prática funcionará
como um incentivo adicional para o aumento de eficiência,
diminuição de custos e ganhos de produtividade”,
acredita.
Já a segunda norma visa a estabelecer a obrigatoriedade
de divulgação anual, pelas instituições
financeiras, de relatório contendo as informações
relacionadas às práticas adotadas
no âmbito da política de responsabilidade
socioambiental da instituição. “Esse
relatório deverá ser elaborado em
conformidade com as melhores práticas internacionais,
de modo a evidenciar para a sociedade, de forma
clara, a relação da instituição
com suas partes interessadas”.
O presidente do BC disse, em seu discurso, que os
desafios ainda são grandes e que a Rio+20
é um importante fórum para se discutir,
inclusive, formas de aperfeiçoamento da participação
do sistema financeiro para assegurar o desenvolvimento
sustentável. Tombini disse acreditar “no
potencial transformador propiciado pelas ações,
no âmbito do sistema financeiro, na direção
de um modelo de desenvolvimento que seja economicamente
viável, ambientalmente sustentável
e socialmente justo”.
Segundo ele, a atuação pró-ativa
e inovadora de várias instituições
financeiras evidenciam clara percepção
da necessidade de uma abordagem que incorpore tais
preocupações ambientais e sociais
em seus planos de negócios. “As medidas
agora propostas fortalecem tal evolução
das instituições financeiras no sentido
desse novo modelo organizacional”.
Tombini lembrou, ainda, que o BC e o Ministério
do Meio Ambiente estabeleceram, em 2010, um acordo
de cooperação técnica, com
resultados na área do desenvolvimento socioambiental.
“Esse trabalho conjunto tem contribuído
para a construção de uma rede de cooperação
institucional, no governo e no setor privado, permitindo
um constante diálogo com a indústria
financeira, particularmente no que toca ao engajamento
em fóruns de discussão e em outros
importantes encontros”.
+
Mais
Correios
mostram na Rio+20 veículo elétrico
para entrega de correspondência
13/06/2012
- 17h15 - Rio+20 - Paulo Virgilio - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro –
Um veículo elétrico a ser utilizado
em calçadões para a entrega e coleta
de encomendas é um dos exemplos de práticas
sustentáveis que os Correios estão
apresentando na Arena Socioambiental, um dos locais
de realização da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20. Em fase de testes
em calçadões de duas cidades –
Curitiba e Porto Alegre –, o veículo
será levado pela estatal a outros centros
urbanos do país.
“A
nossa política, enquanto empresa, é
a de fazer com que nossos trabalhadores, os carteiros,
reduzam cada vez mais o uso de combustíveis
fósseis, utilizando em suas atividades de
entrega de correspondência veículos
leves, o que inclui a adoção, no futuro,
desses carros elétricos”, afirmou o
presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira,
que, no próximo domingo (17), participará,
na Arena, de um debate sobre conservação
ambiental e inclusão social.
Segundo Wagner Oliveira, os Correios também
têm em andamento um projeto de ação
sustentável de coleta de lixo dentro do conceito
de “logística reversa”, executado
em parceria com empresas privadas. “É
a entrega, aos carteiros, de equipamentos eletrônicos
que a pessoa não usa mais, como baterias,
pilhas, celulares, computadores, para serem descartados
de maneira adequada pelas empresas que os fabricaram”,
explicou. Em todo o país, são 56 mil
carteiros que podem contribuir para a reciclagem.
Ainda na Arena, montada no Parque do Flamengo e
principal espaço de diálogo com a
sociedade civil na conferência da ONU, um
estande expõe e comercializa os produtos
do EcoPostal, programa dos Correios que permite
a reutilização de uniformes, malas
e malotes postais sem condições de
uso para a confecção de bolsas, mochilas
e roupas.
A empresa também montou uma exposição
no Parque dos Atletas, próximo ao Riocentro,
na Barra da Tijuca, local onde, na próxima
sexta-feira (15), será lançado o selo
comemorativo Emissão MERCOSUL: Energia Renovável
– Eólica. Antes da Rio+20, os Correios
já fizeram outras duas emissões filatélicas
com a temática ambiental.
Fonte: Agência Brasil