Quarta,
13 Junho 2012 - Ministra do Meio Ambiente afirma
que documentos aprovados há duas décadas
na Rio-92 terão que ser respeitados. Posição
brasileira foi consolidada para o encontro internacional.
Vladimir
Platonow - Da Agência Brasil - O Brasil não
admitirá retrocessos no documento final da
Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)
em relação ao que foi aprovado duas
décadas atrás, na Rio-92, disse hoje
(12/06) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Ela participou, juntamente com o ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, de entrevista à
imprensa, no Riocentro, durante o intervalo da última
reunião da Comissão Nacional para
a Rio+20, para consolidar a posição
brasileira antes dos encontros internacionais. A
reunião também contou com a presença
da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
"O
princípio do não retrocesso foi uma
sugestão da própria comissão,
que solicitou que o Brasil enfatizasse isso como
algo que viesse capeando [envolvendo] aquilo que
é a nova Declaração do Rio
de Janeiro. Isso foi discutido pelo Brasil no âmbito
do G77 [bloco formado pelos países em desenvolvimento],
na China, e ofereceu-se, com isso, uma contribuição
para o processo formal de negociação
da ONU [Organização das Nações
Unidas]", disse a ministra do Meio Ambiente.
Ela frisou que o princípio de não
retrocesso significa não permitir que se
reveja o que foi acordado em 1992. "Nós
partimos do legado de 92 para a frente", completou.
DIÁLOGO
A Comissão Nacional para a Rio+20 foi criada
em junho do ano passado com objetivo de enfatizar
o diálogo entre os diferentes níveis
de governo e da sociedade civil, para articular
os eixos da participação do país
na conferência. Participam integrantes dos
governos federal, estadual e municipal, dos Poderes
Legislativo e Judiciário, dos meio acadêmico,
empresarial e de trabalhadores, dos índios
e de grupos tradicionais e de movimentos sociais.
Patriota
demonstrou otimismo com os resultados da Rio+20
e destacou o grande número de participantes
e de eventos, oficiais e paralelos, que já
estão ocorrendo na cidade. "Esses eventos
representam um marco em si mesmos, na medida em
que estaremos reunindo um número significativo
de representantes governamentais e da sociedade
civil. Já começaram no Rio de Janeiro
54 eventos paralelos, temos 20 mil pessoas credenciadas
para o Riocentro, quase 8 mil delegados já
chegaram", disse. Segundo a ministra do Meio
Ambiente, cerca de 3 mil eventos não oficiais
e mais 500 oficiais estão previstos para
ocorrer nas próximas duas semanas.
Fonte: MMA