13/06/2012
- 14h27 - Rio+20 - Thais Leitão - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro –
O legado deixado pela Conferência das Nações
Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92)
e os desafios que permanecem desde a sua realização,
há 20 anos, é o tema da publicação
Rio 92, Para Onde Foi? Rio+20, Para Onde Vai?, lançada
hoje (13), em evento paralelo à Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20). O documento traz uma
série de entrevistas com especialistas envolvidos
nos dois eventos, contendo propostas e ideias sobre
questões como o futuro da Amazônia,
do Brasil e da América Latina.
Um
dos colaboradores da publicação, o
embaixador aposentado Flávio Perri, que coordenou
a Rio92, destacou que o evento de 20 anos atrás
garantiu marcos importantes, como a Convenção
sobre Mudanças Climáticas e a Declaração
do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que
ajudaram o mundo a entender o conceito do desenvolvimento
sustentável e a definir metas para alcançá-lo.
Ele defende, no entanto, que as nações
precisam ser “mais ousadas” em suas
propostas atuais.
“Os
marcos da Rio92 tiveram desdobramentos importantes.
Hoje, por exemplo, não há condições
políticas de se discutir desenvolvimento
sem incorporar a sustentabilidade, que significa
produzir com qualidade tanto para o homem, tendo
em vista sua dignidade, quanto para o planeta, que
deve ser poupado de exploração excessiva”,
afirmou. “Contudo, por mais ousado que qualquer
país tenha sido desde então, terá
sido pouco ousado. Precisamos agora de muita ousadia”,
alertou.
Perri disse, ainda, que a Rio+20 deve ser “visionária”
e contribuir para o estabelecimento novos parâmetros
de desenvolvimento. “Hoje, medimos o crescimento
da economia pelo PIB [Produto Interno Bruto], mas
ele é apenas um número desalmado que
não traz dados sobre dignidade de vida, se
os homens estão sendo atendidos em suas necessidades
nesse processo de crescimento, se o modo de organização
social está evoluindo para dar maior conforto
ao homem sem degradar o meio ambiente”, avaliou.
O líder da Iniciativa Amazônia Viva,
da organização não governamental
WWF, responsável pela publicação,
Claudio Maretti, também define os compromissos
assumidos na Rio92 como um marco na história
do ambientalismo mundial, mas lamenta que as decisões
anunciadas à época não tenham
contado com uma “implementação
adequada”. Maretti destacou ainda que o principal
desafio atualmente é alcançar o equilíbrio
entre os estoques de recursos naturais e as possibilidades
de oferta.
“Estamos
entrando no cheque especial porque consumimos mais
recursos naturais do que a Terra, em seus processos
ecológicos, é capaz de recompor. Por
isso, é fundamental haver o equilíbrio
para garantir qualidade de vida, mas sem entrar
em dívida”, observou.
+
Mais
Geradores
de energia da Rio+20 poderão usar óleo
diesel com percentual maior de biocombustível
13/06/2012
- 18h21 - Rio+20 - Sabrina Craide - Repórter
da Agência Brasil - Brasília –
Os geradores de energia elétrica que estão
sendo usados durante a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20, poderão usar óleo diesel
com 20% de biodiesel na mistura. A Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP) autorizou o uso do
Diesel B20 em todos os geradores que funcionarão
nos principais locais do evento.
A estimativa da ANP é que sejam consumidos
mais de 2 milhões de litros de B20 nos dez
dias da conferência. Cerca de 1,7 milhão
de litros serão consumidos no Riocentro,
que, durante a Rio+20, é considerado perímetro
das Nações Unidas.
Atualmente, o biodiesel vendido nos postos pelo
Brasil possui 5% de biodiesel e 95% de diesel (B5).
A utilização do B20 é feita
pontualmente para casos específicos. O B20
já foi utilizado em geradores durante o Rock
in Rio, em setembro do ano passado, e por trios
elétricos em Salvador, no carnaval deste
ano. A ANP também já autorizou o seu
uso em frotas cativas, principalmente de ônibus
urbanos.
Estudos mostram que o o uso de biodiesel de soja,
em um percentual de 20% em óleo diesel fóssil,
pode proporcionar uma redução média
de 10% na emissão de material particulado
e de monóxido de carbono, e 20% de hidrocarbonetos.
A Rio+20 começou hoje (13) e se estenderá
até o dia 22. Acompanhe a cobertura multimídia
da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
na Rio+20.
Fonte: Agência Brasil