13/06/2012
- 6h57 - Meio Ambiente Rio+20 - Carolina Gonçalves
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- O comprometimento dos governos e da sociedade
com a eficiência energética e os investimentos
em energia sustentável estão entre
os resultados mais esperados da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20. O evento, que começa
hoje (13) no Rio de Janeiro e segue até o
dia 22, deve definir objetivos que servirão
de norte para que os países migrem em direção
a um novo modelo de desenvolvimento, baseado tanto
na dimensão econômica, quanto na social
e ambiental.
A
adoção desse modelo de desenvolvimento
sustentável foi sinalizada, em 1992, quando
vários países se comprometeram a reverter
o processo de degradação ambiental
que já estava estabelecido como ameaça,
durante a 2ª Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92).
O padrão incluia a revisão de vários
setores econômicos.
Apesar disso, ainda hoje, 20 anos depois da Rio92,
números divulgados pela Organização
das Nações Unidas (ONU) mostram que
uma em cada cinco pessoas no planeta ainda não
tem acesso à eletricidade - ou seja, 1,3
bilhão de pessoas.
Projeções do Departamento de Informações
da ONU apontam que se o investimento global em infraestrutura
energética aumentar 3%, é possível
garantir que todos tenham acesso à energia.
O que se espera com a Rio+20 é que os governos
de todos os países invistam mais em energias
limpas.
Em 2011, os investimentos nesse tipo de energia,
desconsiderando os gastos em pesquisa e desenvolvimento,
foram 600% maiores do que em 2004. Especialistas
garantem que a energia limpa, como a gerada por
usinas solares, é acessível, barata
e mais eficiente.
Exemplos mostrados pela própria ONU garantem
que a melhoria dos resultados é viável.
Em Botsuana, país da África Austral,
as usinas de energia solar substituíram a
madeira que era usada por 80% da população
rural para iluminação e geração
de energia.
Na Tunísia, o desenvolvimento de energia
renovável para a redução da
dependência energética do petróleo
e gás significou uma economia de US$ 1,1
bilhão entre 2005 e 2008. A expectativa é
que essa economia chegue a 22% em 2016, com a redução
de 1,3 milhão de toneladas por ano na emissão
de dióxido de carbono.
Fonte: Agência Brasil