14/06/2012
- O Comitê Internacional da Cruz Vermelha
(CICV) alertou nesta tarde (14/06) que a contaminação
por armas é mais do que um risco para a segurança.
Ela impede muitas populações de chegar
a terras cultiváveis, água e alimentos.
O apelo pela proteção das vítimas
e do meio ambiente foi feito em evento paralelo
à Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20).
Restos de explosivos, como munições
não detonadas e minas ou vazamento de combustíveis
em ações militares provocam contaminação
do solo e da água, destruição
de espécies, redução da biodiversidade,
desequilíbrio na cadeia alimentar além
de restringir o acesso a parques nacionais e a patrimônios
mundiais.
“Foi o que aconteceu na Colômbia”,
exemplifica o Assessor Jurídico do CICV no
Brasil, Gabriel Valladares. Os turistas, relata
o assessor, deixaram de visitar parques nacionais
por medo de serem feridos, o que comprometeu o desenvolvimento
econômico de algumas regiões.
Esses armamentos ainda prejudicam o acesso a serviços
médicos, a educação e a chegada
de assistência humanitária.
Sofrimento para população
Na Rio-92, como parte da Agenda 21, os países
assumiram o compromisso de proteger o meio ambiente
mesmo em tempo de conflito armado. Desde então,
avalia Valladares, cresceu a preocupação
dos Estados com a questão. “[Em 1992]
vínhamos de uma guerra no Iraque, onde justamente
o meio ambiente foi uma das coisas mais atacadas”,
lembra. Depois da conferência, “não
tivemos uma consequência tão direta
[no meio ambiente], como em 1991”, diz.
O tema também é tratado pelo CICV
na exposição “Contaminação
por Armas: Devastação do Meio Ambiente
e sofrimento da população”,
que acontece até dia 24 de junho no Parque
dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
A entrada é gratuita. O acesso será
restrito a credenciados somente de 20 a 22 de junho
+
Mais
Economia
Verde pode tirar milhões da pobreza, diz
relatório produzido pela ONU e rede de parceiros
14/06/2012
- Uma transição à Economia
Verde pode retirar milhões de pessoas da
pobreza e mudar o sustento de cerca de 1,3 bilhão
de pessoas que ganham apenas 1,25 dólares
por dia. No entanto, bases políticas fortes
e investimentos dos setores público e privado
são necesssários. Estes foram os resultados
do relatório “Construindo uma Economia
Verde Inclusiva para Todos”, lançado
hoje (14/06) na Conferência da Nações
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20) pela Parceria Pobreza e Ambiente (PEP,
da sigla em inglês) – uma rede bilateral
de agências de suporte, bancos de desenvolvimento,
agências da ONU e ONGs internacionais.
“Muitos dos países menos desenvolvidos
e dos países em desenvolvimento e das comunidades
estão aproveitando a oportunidade para aproximar
economia e ecologia para que possam gerar resultados
sociais transformacionais”, disse Diretor
Executivo do Programa das Nações Unidas
para o Ambiente (PNUMA), Achin Steiner.
O novo relatório demonstra que muitos dos
países em desenvolvimento possuem vastos
recursos naturais, passíveis de construir
uma Economia Verde que possa reduzir a pobreza de
forma sustentável.
Porém, os investimentos específicos
e as reformas de governança são necessários
para superar os impedimentos às comunidades
carentes de se beneficiem da Economia Verde. Entre
elas, foram apontadas ações como reformas
de políticas fiscais, regimes tributários
e adoção de políticas verdes
de proteção social ou programas que
possam fortalecer a transição dos
mais vulneráveis.
Clima
de participação contribui para sucesso
nos debates sobre documento final “O Futuro
que Queremos”
14/06/2012
- O clima de otimismo e participação
pode contribuir para o sucesso nos debates do documento
final “O Futuro que Queremos” da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20), afirmou hoje (14/06)
Nikhil Seth, Diretor da Divisão para o Desenvolvimento
Sustentável do Departamento de Assuntos Econômicos
e Sociais (DESA), durante a coletiva de imprensa
diária da Porta-Voz oficial da Rio+20 Pragati
Pascale. “Todos se sentem donos do processo”,
disse Seth.
Questionado sobre a natureza ambiciosa do documento,
Seth enfatizou o tema da inclusão, o direito
de mulheres, povos indígenas e outros reivindicados
pela sociedade civil.
Seth disse que os negociadores estão divididos
em sete grupos menores para cada parte do texto,
mas que, mesmo assim, há urgência para
alcançar o consenso sobre as questões
mais controversas. Ele listou cinco desses temas:
meios e financiamento da implementação
do desenvolvimento sustentável; transferência
de tecnologia e capacitação; reafirmação
dos princípios da Rio-92; fortalecimento
e universalização das instituições
de governança existentes; e delimitação
mais precisa do conceito de “economia verde”.
+
Mais
Michellle
Bachelet defenderá igualdade de gênero
rumo ao Desenvolvimento Sustentável na Rio+20
14/06/2012
- Na Cúpula da Terra em 1992, chegou-se ao
acordo unânime de que o desenvolvimento sustentável
não pode ser realizado sem a igualdade de
gênero. No entanto, hoje, 20 anos depois,
as mulheres ainda enfrentam discriminação
e continuam a reivindicar direitos, oportunidades
e participação igualitários.
Para a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), no Rio de Janeiro, a Diretora Executiva
da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, afirmará
a necessidade de políticas e acordos consistentes
para eliminar as barreiras discriminatórias,
assegurar o papel central das mulheres no desenvolvimento
sustentável, e trazer uma mudança
real na vida das pessoas. Ao destacar que a igualdade
de gênero é fundamental para um futuro
sustentável, os eventos da ONU Mulheres durante
a Conferência amplificarão as vozes
das mulheres e darão uma amostra das estratégias
inovadoras que têm feito diferença
nas comunidades ao redor do mundo.
Todos os eventos da ONU Mulheres serão transmitidos
ao vivo pelo site www.unwomen.org.
Os eventos da ONU Mulheres no Centro de Convenções
Riocentro incluem:
18 de junho
Coletiva de imprensa com Michelle Bachelet, Subsecretária-Geral
e Diretora-Executiva da ONU Mulheres, e Gro Harlem
Brundtland, Ex-Primeira-Ministra da Noruega e Enviada
Especial do Secretário-Geral da ONU para
Mudança Climática.
Local: Sala principal das coletivas de imprensa,
Centro de Mídia, Pavilhão 3
Horário: 10h00-10h30
19 de junho
O Futuro Que As Mulheres Querem: Cúpula de
Líderes sobre a Igualdade de Gênero
e o Empoderamento das Mulheres para o Desenvolvimento
Sustentável.
Centenas de representantes de governos, chefes de
delegação das Nações
Unidas, sociedade civil e setor privado irão
fazer ouvir sua voz nesse dia inteiro da Cúpula
organizada pela ONU Mulheres em colaboração
com o Governo do Brasil e outros parceiros. Na ocasião,
Michelle Bachelet, Diretora-Executiva da ONU Mulheres,
fará os discursos de abertura e de encerramento.
O evento destacará as estratégias
e os programas que fomentam a igualdade de gênero
e o desenvolvimento sustentável. Os temas
incluem: promover a igualdade de gênero e
o empoderamento das mulheres nas economias verdes;
os quadros normativos e a integração
dos três pilares (econômico, ambiental
e social) do desenvolvimento sustentável;
e modelar o novo quadro do desenvolvimento internacional.
Local: T-2 do Riocentro
Horário: 09h30-18h00
O evento é aberto à imprensa, mas
o número de lugares é limitado. Favor
fazer a inscrição junto à lista
de contatos de imprensa.
21 de junho
“Chamado à Ação”
realizado por Mulheres Chefes de Estado e de Governo
sobre o Futuro Que As Mulheres Querem.
Na Cúpula de Mulheres Líderes, organizada
pela ONU Mulheres em colaboração com
o Governo do Brasil, as Chefes de Estado e de Governo
emitirão um efetivo “Chamado à
Ação”, dando a garantia de seu
apoio e exortando os governos, a sociedade civil
e o setor privado a priorizar a igualdade de gênero
e o empoderamento das mulheres, e acelerar suas
ações neste sentido. A Diretora-Executiva
da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, que convoca
a Cúpula juntamente com a Presidenta do Brasil,
Dilma Rousseff, fará o discurso de abertura
do evento e defenderá a ideia de que um mundo
em equilíbrio requer uma participação
plena e igual das mulheres nas tomadas de decisão.
Local: P3-1 do Riocentro
Horário: 11h00-13h00
O evento é aberto à imprensa, mas
o número de lugares é limitado. Favor
fazer a inscrição junto à lista
de contatos de imprensa.
Fonte: CNO Rio+20