15/06/2012
- 10h15 - Rio+20 - Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
- Enviadas Especiais - Rio de Janeiro – O
Brasil deve assumir hoje (15) a presidência
da Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20,
após o encerramento oficial das reuniões
dos comitês preparatórios – conduzidas
pela Organização das Nações
Unidas (ONU). A disposição é
que, nesse período, os negociadores brasileiros
apresentem sugestões insistindo nas definições
de metas, recursos e transferência de tecnologias
limpas – dos países ricos para os em
desenvolvimento.
O
momento exato em que o Brasil assumirá o
comando da Rio+20 não é preciso porque
depende do encerramento oficial das reuniões
dos comitês preparatórios. É
possível que o Brasil assuma a presidência
na noite de hoje ou na madrugada de amanhã
(16).
O
secretário executivo da delegação
brasileira na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo
Machado, negou que o Brasil pretenda apresentar
um texto paralelo ao negociado ao longo da conferência.
Segundo ele, os esforços brasileiros são
para buscar o consenso, mesmo diante das divergências.
Com
a presidência do Brasil na Rio+20, as negociações
se manterão com os embaixadores André
Corrêa do Lago, chefe da delegação
brasileira, e o secretário executivo do Brasil,
Figueiredo, sob coordenação do ministro
das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
A presidenta Dilma Rousseff assume o comando nas
reuniões plenárias a partir do dia
20 até 22.
Os
desafios do Brasil são incluir, de forma
detalhada, as questões relativas às
definições de metas como compromissos
formais dos 193 países que integram as Nações
Unidas no que se refere ao desenvolvimento sustentável,
garantias de recursos para a execução
das propostas e meios de assegurar transferência
de tecnologias limpas.
As
dificuldades envolvendo as negociações
cercam interesses políticos e econômicos
divergentes, pois as prioridades dos países
desenvolvidos diferem das apresentadas pelos países
em desenvolvimento.
Os
negociadores dos países ricos argumentam
que não é possível estimar
aumento de recursos no momento em que há
o agravamento da crise econômica internacional,
interferindo diretamente na definição
de metas, assim como resistem em aceitar a proposta
de transferência de tecnologias limpas –
que envolvem negociações sobre patentes.
+
Mais
Parlamentares
se reúnem para definir como fiscalizar ações
aprovadas na Rio+20
15/06/2012
- 7h42 - Meio Ambiente Rio+20 - Isabela Vieira -
Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro - Parlamentares prometem ficar de olho nos
compromissos assumidos pelos governos na Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20). De hoje (15) a domingo
(17), legisladores de 80 países definirão
como fiscalizar medidas que serão aprovadas
no evento e como evitar retrocessos na legislação
ambiental.
Cerca
de 300 parlamentares são esperados para a
Cúpula Mundial de Legisladores, que será
realizada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj). Entre eles, estão cinco deputados
e seis senadores brasileiros. Eles vão colaborar
com o documento final, chamado Protocolo de Legisladores,
com orientações para os parlamentos.
De
acordo com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF),
presidente da Comissão de Meio Ambiente,
há propostas para um encontro bianual de
parlamentares, no Rio, com o objetivo de trocar
informações sobre o cumprimentos dos
acordos da Rio+20, além da criações
de órgãos nacionais, no âmbito
dos parlamentos, para fiscalizar e monitorar os
governos.
"Um
dos motivos que levou à falta de implementação
das decisões tomadas pela Rio92, há
20 anos, foi a falta de envolvimento dos legisladores,
pelo papel que desempenham na aprovação
das leis, dos orçamentos e na própria
fiscalização dos governos", disse
Rollemberg, que estará na abertura do evento,
às 14h, ao lado do presidente do Congresso
Nacional, José Sarney.
Entre
os itens que também devem constar do documento
final da cúpula estão a criação
de mecanismos para compartilhar "melhores práticas
legislativas na área ambiental" e para
discutir a incorporação pelos governos
de "novas concepções" de
desenvolvimento ambiental.
Também
devem participar do encontro os senadores Cícero
Lucena (PSDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo
Braga (PMDB-AM), João Capiberibe (PSB-AP)
e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), além dos
deputados Augusto Carvalho (PPS-DF), Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), Marcio Macedo (PT-SE), Rebeca Garcia
(PPS-AM) e Valadares Filho (PSB-PE).
Fonte: Agência Brasil