15/06/2012
18:45 - Rio+20, Terras indígenas, Inclusão
social - CNO Rio+20 - A Política Nacional
de Gestão Ambiental e Territorial em Terras
Indígenas (PNGATI) é o principal assunto
da Fundação Nacional do Índio
(Funai) no evento paralelo à Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20), realizado no Museu
do Índio, no Rio de Janeiro.
A
abertura foi nesta quinta-feira (14) e apresentou
a experiência de construção
da PNGATI, elaborada com participação
dos povos indígenas. O estabelecimento da
Política se materializou com o decreto assinado
pela Presidenta Dilma Rousseff no último
dia 5 de junho, durante as comemorações
do Dia Mundial do Meio Ambiente.
Quatro
grupos indígenas vão relataram suas
experiências na construção de
planos de gestão territorial e ambiental.
Foi uma discussão técnica sobre o
protagonismo indígena na gestão das
terras dos povos do Oiapoque, no Amapá; Timbira,
no sul do Maranhão, leste do Pará
e norte do Tocantins; Pataxó, do sul da Bahia;
e Potiguara, da Paraíba.
Durante os outros dias da programação
paralela, serão discutidas questões
relativas ao etnodesenvolvimento e à segurança
alimentar e nutricional dos povos indígenas.
O objetivo é fomentar o debate sobre alternativas
que garantam a essas populações maior
qualidade na alimentação. Além
disso, deve criar mecanismos de autossustentabilidade
das terras indígenas, a partir das especificidades
de cada etnia.
Os
eventos da Funai serão realizados nos dias
14, 15, 19 e 21 de junho.
O
encerramento será na próxima quinta-feira
(21) com diálogos sobre as terras indígenas
Marãiwatsédé (MT) e Cachoeira
Seca (PA).
+
Mais
Artesãos
usam produtos naturais brasileiros para produzir
joias sustentáveis
15/06/2012
12:40 - Agricultura, Rio+20, Sustentabilidade -
CNO Rio+20 - Fibras naturais, sementes, gemas, escamas
de peixe e folhas. Todos esses elementos, a princípio,
simples podem virar objetos de valor. Cada vez mais
artesão e designers brasileiros têm-se
inspirado na natureza para confeccionar joias sustentáveis.
As biojoias podem ser feitas somente com os produtos
naturais ou elaboradas na companhia de metais preciosos.
Além das peças serem produzidas em
harmonia com meio ambiente, também promovem
a inclusão social.
“Buscamos
promover a qualificação e a diversificação
dos produtos que destaquem a identidade local, com
geração de trabalho, renda e a valorização
da cultura”, explica Nilvana Soares, Coordenadora-Geral
de Produção Associada ao Turismo do
Ministério do Turismo.
O
mercado consumidor destes produtos está crescendo
no mundo e os artesão brasileiros têm
valorizado cada vez mais o uso de matéria-prima
local, lançando mão da rica biodiversidade
do interior do Brasil.
“A
produção significa a utilização
de materiais coletados, sem agressões ao
local de origem. O ideal é que as empresas
do segmento privilegiem a compra de matérias-primas
coletadas por comunidades rurais. Assim acontece
o retorno social”, afirma a professora de
Design de Joias da Universidade do Estado do Pará,
Rosângela Gouveia.
O
desenvolvimento sustentável e a economia
verde inclusiva são os principais temas da
Rio+20. Estes conceitos estão sendo vivenciados
na prática por diversas comunidades brasileiras.
A artesã e designer paranaense Selma Montenegro
é um dos exemplos. Ela vive na Amazônia
e cria suas joias utilizando, principalmente, as
sementes de Inajá e Tucumã.
“Sempre
achei que as pessoas não valorizam o que
nós temos, muita gente trata como lixo algo
que é precioso. Eu posso dar uma função
para sementes de frutos que eram consumidos e descartados”,
argumenta Selma.
Fonte: CNO Rio+20