16/06/2012
- 17h34 - Rio+20 - Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
- Enviadas especiais da Agência Brasil - Rio
de Janeiro – O secretário-geral da
Organização das Nações
Unidas (ONU), Ban Ki-moon, defendeu hoje (16) a
união de forças entre os líderes
políticos em busca do desenvolvimento sustentável
e da exclusão social. O apelo ocorre no momento
em que representantes dos países ricos e
em desenvolvimento divergem sobre os principais
pontos do documento final da Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20).
Às
vésperas de chegar ao Rio para a conferência,
Ki-moon pediu que os representantes dos países
tentem alcançar um acordo para a conclusão
do documento final, que será apresentado
aos 115 chefes de Estado e de Governo, nos dias
20 a 22. “Vamos trabalhar cooperativamente
para encontrar, inclusive, soluções
duradouras para os desafios globais, porque garantir
o desenvolvimento sustentável é a
nossa responsabilidade", disse.
Ki-moon
pediu que os esforços sejam redobrados para
a construção de uma agenda que leve
à qualidade de vida, à inclusão
social e ao fim da pobreza. “Precisamos todos
trabalhar juntos para criar o futuro que queremos",
disse. Segundo ele, o relatório sobre Sustentabilidade
Global contém 56 recomendações
em três categorias, como capacitar as pessoas
para fazer escolhas sustentáveis, trabalhar
para uma economia sustentável e fortalecer
a governabilidade institucional.
Para
o secretário-geral, é fundamental
que os líderes políticos examinem
atentamente o relatório e tentem cumprir
com as recomendações. Segundo ele,
as autoridades devem também analisar os órgãos
públicos no que se refere à atuação
nas três dimensões do desenvolvimento
sustentável - ambiental, social e econômica.
"Precisamos
também mobilizar o apoio público ao
redor do mundo para finalmente construir um mundo
sustentável, que garanta o bem-estar da humanidade,
preservando o planeta para as gerações
que virão”, disse Ki-moon.
Em
nome do G77, grupo que reúne os países
em desenvolvimento, o representante da delegação
da Argélia, Mourad Benmehidi, disse que cumprir
metas depende, sobretudo, dos “grandes atores”
internacionais. A afirmação dele é
uma referência à necessidade de os
países ricos cooperarem com as definições
de metas e responsabilidades a curto, médio
e longo prazos.
+
Mais
Parlamentos
nacionais devem se envolver na implementação
das decisões da Rio+20, diz senador
15/06/2012
- 21h37 - Rio+20 - Alana Gandra - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro –
Negociador da 1ª Cúpula Mundial de Legisladores
na Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20),
o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) quer evitar
falhas como as ocorridas na Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente
e Desenvolvimento (Rio92).
Segundo
Rollemberg, muitas das decisões tomadas na
Rio 92 falharam “em função da
ausência e do envolvimento dos Parlamentos
nacionais”. Ele destacou a importância
dos legisladores na fiscalização,
acompanhamento e monitoramento das decisões
e lembrou que são os Parlamentos nacionais
que aprovam as leis e promovem o acompanham as ações
dos governos. “Por isso, é indispensável
o envolvimento dos Parlamentos nacionais na implementação
das decisões da Rio+20”.
A
versão preliminar do protocolo apresentado
hoje (15) por Rollemberg na Cúpula Mundial
de Legisladores assegura o compromisso de parlamentares
de 100 países em “fortalecer a resposta
legislativa em seus respectivos Parlamentos, de
modo a implementar os objetivos do Rio e também
em desenvolver um plano nacional legislativo de
fiscalização e controle”.
Os
parlamentares propõem também um debate
anual em cada país para examinar o progresso
atingido pelos governos na implementação
dos resultados da Rio+20, além de uma reunião
global, a cada dois anos, no Rio de Janeiro, para
compartilhar as melhores práticas legislativas
e relatar os avanços.
O
senador, que é vice-presidente da Organização
Global de Legisladores no Brasil (Globe Brasil),
disse que, para os chefes de Estado e de Governo
que participarão da Rio+20, há uma
dificuldade no que se refere ao financiamento, à
transferência de tecnologia e capacitação
para o enfrentamento dos problemas ambientais e
da erradicação da pobreza. Isso se
deve, segundo ele, à crise econômica
que afeta a Europa e tem consequências nos
países que poderiam financiar atividades
de nações menos desenvolvidas.
Rollemberg
defendeu, ainda, que todos os princípios
acordados na Rio92 devem continuar prevalecendo.
“Nós não podemos admitir qualquer
tipo de retrocesso ambiental. Nesse sentido, o princípio
das responsabilidades comuns, porém diferenciadas,
deve, necessariamente, prevalecer no documento final
[da Rio+20]”.
Fonte: Agência Brasil