17/06/2012
- 17h47 - Rio+20 - Vitor Abdala - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro –
A secretária executiva da Cúpula das
Mudanças Climáticas da Organização
das Nações Unidas (ONU), Christiana
Figueres, disse hoje (17) que o mundo não
pode mais se dar ao luxo de ter um sistema econômico
que não valorize os recursos naturais.
Figueres
participou do Rio/Clima (Rio Climate Challenge),
evento paralelo à Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), que busca soluções para
as mudanças climáticas.
A
proposta de dar um valor econômico aos “serviços
prestados” pelos recursos naturais foi uma
das sugestões do Rio/Clima, que será
encaminhada aos chefes de Estado e de Governo que
participarão da Rio+20 nesta semana.
“As
ciências econômicas precisam mudar sua
visão e passar a ver os recursos naturais
como algo onde está o valor para os próximos
50 anos. Se não transformarmos isso no centro
da nossa estrutura econômica, nós não
vamos resolver o problema”, disse.
O
Rio/Clima, que reuniu especialistas de 14 países,
também propôs que o conceito de Produto
Interno Bruto (PIB), que hoje mede a riqueza de
uma nação com base apenas na soma
de bens e de serviços produzidos, seja transformado
para medir também o grau de sustentabilidade
de um país.
+
Mais
Manifestantes
protestam contra a presença do presidente
do Irã na Rio+20
17/06/2012
- 16h13 - Rio+20 - Da Agência Brasil - Rio
de Janeiro – Centenas de pessoas com faixas
e cartazes escritos em português e inglês
protestaram hoje (17) no Posto 8 da Praia de Ipanema,
zona sul da cidade, contra a participação
do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad,
na Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Ahmadinejad chega esta semana para discutir os temas
da conferência com chefes de Estado e de Governo
nos dias 20 a 22.
“A
gente entende que Ahmadinejad representa o discurso
do ódio e a diversidade [do povo] que o Brasil
tem é contrária a isso. Combatendo
o Ahmadinejad estamos combatendo o ódio e
o preconceito. Questionar e discutir sua vinda para
cá significa discutir o discurso do ódio”,
explicou Michel Gherman, representante da Hillel,
organização judaica em direitos humanos.
A
manifestação chamada de Não
Se Sustenta teve como objetivo aproveitar o foco
da Rio+20 para expor à sociedade como a intolerância
religiosa, cultural e de opção sexual
violenta milhares de pessoas no mundo. Os manifestantes
percorreram de forma pacífica toda a orla
da praia até chegar ao Leblon, bairro vizinho.
A polícia acompanhou de perto toda a movimentação.
“Temos
problemas em todos os lugares do mundo relacionado
ao ódio religioso. Então o que nós
queremos alertar é isso, que eles devem dar
sua contribuição no combate à
intolerância religiosa”, destacou o
interlocutor da Comissão de Combate à
Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos.
Segundo
Santos, estão acontecendo várias discussões
sobre o assunto. No final desses debates será
elaborado um documento a ser entregue às
Nações Unidas.
Fonte: Agência Brasil