Domingo,
17 Junho 2012 12:33 - MMA apresenta à comunidade
internacional resultados e perspectivas do maior
programa de conservação de florestas
tropicais do mundo - Cristina Ávila - Nesta
segunda-feira (18/06), serão apresentados,
na Conferência das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20),
os resultados de dez anos do Programa de Áreas
Protegidas da Amazônia (Arpa) e suas perspectivas.
O principal foco dos debates será a iniciativa
"Compromisso com a Amazônia – Arpa
para a Vida", do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), que tratará de novas estratégias
para a preservação do bioma.
O
encontro será promovido pela Secretaria de
Biodiversidade e Florestas, por meio do Departamento
de Áreas Protegidas, do MMA, pelo Fundo Mundial
da Natureza (WWF-Brasil) e pelo Fundo Brasileiro
para a Biodiversidade (Funbio).
GESTÃO
INOVADORA
O
Arpa é a maior iniciativa de preservação
de florestas tropicais do mundo, responsável
por 95 unidades de conservação (UCs),
que protegem 52 milhões de hectares do bioma.
O seu diferencial é a inovação
na gestão das UCs, em que todas as atividades
são avaliadas com metodologias que visam
a eficiência.
"Uma
das principais virtudes do Arpa é a participação
em sua administração", enfatiza
o coordenador do Programa Amazônia no WWF-Brasil,
Mauro Armelin. As instituições parceiras
contribuem com o desenvolvimento da governança
do programa, com aporte de recursos, experiências
e troca de ideias. "Não apenas vemos
os resultados, mas todos participamos dos resultados",
acrescentou.
O
Arpa é uma parceria entre o governo federal,
MMA, Instituto Chico Mendes para Conservação
da Biodiversidade (ICMBio), além dos governos
estaduais da Amazônia brasileira – Acre,
Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia,
Pará e Tocantins –, WWF-Brasil, Cooperação
Brasil – Alemanha, GTZ, KfW, Banco Mundial,
GEF, Funbio, Fundo Amazônia e BNDES.
PROGRAMAÇÃO
O
evento na Rio+20 será aberto pelo secretário
de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti,
que apresentará balanço das metas
do Arpa, às 17h, na Arena da Barra (auditório
ARN-2), na Barra da Tijuca, na avenida Embaixador
Abelardo Bueno, 3401.
Em
seguida, às 17h10, a secretária geral
do Funbio, Rosa Lemos, falará sobre "Arranjo
de gestão e suas inovações".
Os "Resultados de conservação:
representatividade, mudanças climáticas
e efetividade de gestão" será
tema da secretária geral do WWF-Brasil, Maria
Cecília Wey de Brito.
Instituições parceiras vão
explicar como o Arpa se insere em cada uma delas.
As apresentações começam às
17h30, com o diretor de Recursos Naturais do Fundo
Global para o Meio Ambiente (GEF), Gustavo Fonseca.
Ele é o chefe da delegação
da instituição para a Rio+20.
O
diretor de Desenvolvimento Sustentável do
Banco Mundial para a América Latina, Ede
Jorge Ijjasz apresentará as contribuições
da instituição para a criação
e manutenção das áreas protegidas
da Amazônia. Em seguida, também fazem
exposições um representante do banco
alemão para o desenvolvimento, e Guilherme
Accyoli, que vai expor a inserção
do Arpa no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES). Falam ainda Avecita Chicchón,
da Fundação Gordon and Betty Moore,
e Roger Ullman, da Linden Trust for Conservation.
Ás
18h, será apresentada a iniciativa "Compromisso
com a Amazônia – Arpa para a Vida",
com exposições de Maria Cecília
Wey de Brito, Roberto Cavalcanti e Rosa Lemos.
O encontro na Arena da Barra encerra com a comemoração
do prêmio "Development Impact Honors",
concedido pelo Departamento do Tesouro dos Estados
Unidos ao Banco Mundial e GEF pelo reconhecimento
às conquistas do Arpa. Haverá um coquetel
com entrega do livro "Arpa – Um novo
caminho para a conservação da Amazônia",
lançado em segunda edição.
+
Mais
MMA
lança mapeamento de REDD+ na Amazônia
Objetivo
é canalizar recursos e desenvolver uma economia
verde de base florestal. Programa tem financiamento
da Embaixada do Reino Unido - Alethea Muniz - A
estratégia de redução de emissões
provenientes do desmatamento e degradação
florestal (REDD+) é uma oportunidade de canalizar
recursos e desenvolver uma economia verde de base
florestal. É o que mostra estudo lançado
neste sábado (16/06) pelo Ministério
do Meio Ambiente no Parque dos Atletas, área
que reúne eventos paralelos aos encontros
oficiais da Conferência das Nações
Unidas para Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O
levantamento, realizado em sete dos nove estados
da Amazônia brasileira, apresenta panorama
das políticas e iniciativas relacionadas
às mudanças climáticas na região.
Foi realizado pela Secretaria de Mudanças
Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA em
parceria com o Instituto de Conservação
e Sustentável do Amazonas (Idesam), com financiamento
da Embaixada do Reino Unido.
"Esse
estudo é importante porque mostra com que
marco regulatório se terá que trabalhar",
comentou o pesquisador Jorge Hargrave, do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Hargrave
destacou ainda que a REDD+ atrai a atenção
pelo dividendo triplo que tem: controla desmatamento,
controla emissões e ainda distribui renda.
E completou: "transferências intergovernamentais
podem ser mecanismos de transferências de
recursos na estratégia de REDD+".
O
secretário de Mudanças Climáticas
e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, destacou
que o grande desafio em REDD+ é construir
uma política florestal para o país
que integre ações regionais com a
estratégia nacional. A SMCQ também
lançou o Relatório de Painel Técnico
do MMA sobre financiamento, benefícios e
cobenefícios em REDD+. Marco Antonio Fujihara,
um dos especialistas que participou da elaboração
do painel técnico, lembrou ainda que 58%
do potencial do REDD+ do mundo estão no Brasil.
"Temos que avançar e quebrar as resistências
em relação a essa questão",
afirmou ele.
Para
saber mais
A
redução de emissões provenientes
do desmatamento e degradação florestal
(REDD+) foi formalmente incluída como tema
da agenda de negociações internacionais
sobre mitigação de mudanças
climáticas em 2005, durante a COP II. Em
2007 passou a ser tema central das negociações
internacionais, com acordo estabelecido em 2010,
durante a COP 16 (Acordos de Cancún).
A
partir de então ficou estabelecido que as
ações de REDD+ devem basear-se em
resultados verificáveis. Para isso, os países
assumiram o compromisso de desenvolver estratégias
nacionais, estabelecer nível nacional de
referencia de emissões florestais e realizar
o monitoramento das emissões em seus territórios.
No
Brasil, a estratégia está sendo desenvolvida
nos estados da Amazônia. O plano brasileiro,
no entanto, prevê a ampliação
para todos os biomas até 2015.
Domingo,
17 Junho 2012 16:54 Última modificação
em Domingo, 17 Junho 2012 17:06| Desertificação,
desafio global Destaque
Imprimir E-mail Adriano Gambarini/MMA Brasil combate
o problema de forma transversal, associando a questão
do solo e da seca às políticas públicas
de desenvolvimento sustentável do uso da
terra e de inclusão social das populações
do semi-árido.
Melissa
Silva
No
Dia Mundial de Combate à Desertificação
(17/06), especialistas das três convenções
das Nações Unidas (Desertificação,
Clima e Biodiversidade) debateram sobre os desafios
globais para assegurar a qualidade do solo e frear
a desertificação rumo à degradação
zero. A mesa redonda, formada por chefes de agências
internacionais, fez parte da programação
da Conferência das Nações Unidades
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)
e foi realizada no Parque dos Atletas, no Rio de
Janeiro. Teve como objetivo compartilhar experiências
sobre tipos de manejo sustentável do solo
que podem contribuir para alcançar os objetivos
de desenvolvimento do milênio.
Na
abertura do evento, o secretário de Extrativismo
de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério
do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme Cabral,
destacou que o governo brasileiro vem trabalhando
o combate à desertificação
de forma transversal entre os órgãos
federais e estaduais, associando s questão
do solo e da seca às políticas públicas
de desenvolvimento sustentável do uso da
terra e de inclusão social das populações
do semi-árido.
Cabral
garante que o esforço brasileiro volta-se,
também, para ações integradas
entre as três convenções, observando
os impactos sobre o clima e a biodiversidade que
afetam a desertificação, visando iniciativas
sinérgicas que permitam alcançar resultados
positivos para a saúde do solo. "O Brasil
passa por intenso debate de sua legislação
de proteção florestal e estamos avançando
na implementação de instrumentos inovadores
de políticas públicas de regularização
fundiária e de uso sustentável do
solo e dos recursos naturais que, junto com as Unidades
de Conservação, vão ajudar
na preservação da biodiversidade e
no cumprimento das metas brasileiras de redução
das emissões, previstas na política
nacional sobre mudança do clima, bem como
na implementação da Convenção
de Combate à Desertificação",
explicou.
INDICADORES
A Convenção das Nações
Unidades de Combate à Desertificação
(UNCCD) é fruto da Conferência Rio
92, lembrou Luc Gnacadja, secretário-executivo
da Convenção, que foi criada em 1994
e instalada em dezembro de 1996, contando atualmente
com a ratificação de 195 países.
Estabeleceu 11 indicadores de combate à desertificação,
que passam por segurança alimentar, melhoria
da qualidade de vida das populações
do semi-árido, qualidade da água e
conservação da biodiversidade, entre
outros. Mesmo assim, 20 anos depois, Gnacadja considera
que o tema precisa de mais conscientização,
pois ainda é equivocadamente tido como questão
afeta a desertos ou visto como problemática
exclusiva do continente africano.
"A
Rio+20 é uma oportunidade para melhorar a
conscientização e acelerar a busca
de mecanismos para preencher o vão entre
ciência e as políticas públicas,
pois a gestão do solo é fundamental
para atender as demandas de alimentos, água
e energia que vão aumentar em 50%, 30% e
40%, respectivamente, até 2050", afirma
Gnacadja.
Nesse
sentido, Monique Barbut, da Global Enviroment Facility,
concorda com Gnacadja: "O solo é o sangue
em nossas veias, sem ele nada sobreviveria, mas
ainda não conseguimos entender a sua importância
e nossa dependência para com ele. As 15 metas
do milênio são uma inspiração
sobre alvos críticos que podem ser alcançados
e estamos sendo desafios a integrar o solo, a erradicação
da pobreza e a segurança alimentar para uma
população mundial de 7 bilhões
de habitantes que só cresce".
Para
enfrentar esses desafios, o secretário executivo
da Convenção das Nações
Unidas da Diversidade Biológica (CDB), Bráulio
Dias, que já foi secretário de Biodiversidade
e Florestas do MMA, diz que se o mundo quiser mesmo
deter a deterioração do solo é
necessário dar poder aos produtores rurais
que colaboram com proteção ambiental
e a CDB quer incrementar ações de
apoio para propriedades rurais da agricultura familiar.
"Dos 20 objetivos da CDB para conservação
da biodiversidade, mais da metade está ligada
à conservação do solo, pois
é onde estão concentrados os recursos
genéticos e porque a terra possui capacidade
de absorver água, de sequestrar carbono e
de passar pelas adaptações necessárias
para agricultura familiar", explica.
+
Mais
Exposição
do artista plástico Vick Muniz é montada
a partir de resíduos sólidos retirados
do fundo da Baía da Guanabara
Domingo,
17 Junho 2012 19:05 - Paulenir Constâncio
- Incluir, preservar e admirar. Por alguns momentos
esse foi o lema da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20) na abertura nesse sábado (16/09)
do ateliê interativo do artista plástico
Vick Muniz, na Cúpula dos Povos, no Aterro
do Flamengo, no Rio de Janeiro. A ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, aproveitou o momento
de descontração na agenda, passeou
pela instalação e participou da exposição,
que vai até o dia 22.
Todas
as pessoas que forem ao galpão, situado entre
o Aeroporto Santos Dumont e o Museu de Arte Moderna,
podem ver e sentir o que o lixo causava à
Baia da Guanabara e de que forma isso pode ser revertido.
A arte definida pelo autor como "Paisagem",
tem o poder de sensibilizar os participantes, reproduzindo
o Corcovado, um dos cartões postais do Rio,
e a baia que há duas décadas passa
por um processo de revitalização.
"A
arte uma forma excelente de conscientizar e mostrar
para as pessoas que todos são responsáveis
pela preservação, temos que rever
nossos padrões de consumo e buscar soluções
para o descarte adequado dos resíduos sólidos",
a ministra.
+
Mais
Ministra
reforça importância do Legislativo
Destaque
Domingo,
17 Junho 2012 12:30 - Durante a Cúpula Mundial
de Legisladores realizada por ocasião da
Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20),
a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira destacou
neste sábado (16/06) a importância
dos legisladores no processo de construção
de um novo modelo de crescimento.
"Esta
reunião sinaliza o compromisso dos senhores
com o desenvolvimento sustentável" afirmou
a ministra durante o evento. Sobre a importância
da integração dos poderes, a ministra
declarou que "a democracia talvez seja o bem
mais rico da sociedade e do desenvolvimento sustentável,
sem o trabalho do Legislativo não é
possível avançar no Executivo".
RIQUEZAS
NATURAIS
A
Cúpula Mundial de Legisladores está
acontecendo de 15 a 17 de junho, na Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (Alerj). O objetivo do evento
é criar um mecanismo para monitorar os compromissos
assumidos pelos governos na Rio+20; fazer com que
as negociações de legislações
internacionais reconheçam as legislações
nacionais, além de compartilhar as melhores
práticas legislativas e permitir um melhor
monitoramento, pelos legisladores, das riquezas
naturais.
Neste
domingo (17/06) deverá ser apresentado um
Protocolo de Legisladores da Rio+20 por meio do
qual a cada dois anos os membros se reunirão
no Rio para monitorar a implementação
dos compromissos assumidos pelos chefes de estado,
desenvolver legislações nacionais
e integrar os recursos naturais nos processos contábeis
públicos.
(*) Com informações da Alerj.
Fonte: MMA