17/06/2012
- Países devem acelerar o processo de transição
de uma estrutura contábil baseada em renda
para uma estrutura contábil de riqueza, recomenda
o relatório sobre Índice de Riqueza
Inclusiva (IRI), lançado hoje (17/06) pela
Universidade das Nações Unidas (UNU)
e pelo Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA) em evento paralelo
à Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20).
O
IRI vai além Produto Interno Bruto (PIB)
e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
para incluir uma ampla gama de ativos – como
o capital manufaturado, humano e natural –
para apresentar as perdas causadas pelo crescimento
econômico para as próximas gerações
no total das riquezas de um país, tornando
a análise e a formulação de
políticas mais fieis à realidade.
“A
importância em cuidar de todo o leque de bens
de capital de um país torna-se particularmente
evidente quando o crescimento populacional é
levado em conta”, afirmou Diretor Executivo
do Programa Internacional de Dimensões Humanas
sobre Mudança Ambiental Global da UNU, professor
Anantha Duraiappah.
Para
o professor, o crescimento econômico apresentado
pelo PIB mascara o fato de que os recursos naturais
estão se esgotando.
O
documento conclui que 25% dos países com
tendência positiva quando medido pelo PIB
per capita e pelo IDH, computaram IRI per capita
negativo; o capital humano tem aumentado em todos
os países e é a forma de compensar
a diminuição do capital natural na
maioria das economias.
+
Mais
Sociedade
civil defende na Rio+20 ética de negócios
que considere necessidades reais de consumo
17/06/2012
- Urge a adoção por parte da sociedade
de uma política de desenvolvimento que inclua
uma ética de negócios baseada no bem-estar
das pessoas, agregando valores como qualidade, durabilidade
e principalmente a necessidade de consumo. A opinião
é do Porta-Voz do Major Group de Negócios
e Indústria, Peterpaul Van der Wijs.
Usando
exemplo de empresas que já fazem os clientes
refletirem sobre a real necessidade de consumo,
Van der Wijs acredita que, para obter resultados
palpáveis e sair das discussões para
a prática, é necessário incluir
negócios e indústria, consumidor e
governo num só diálogo.
“Já
temos esse tipo de discussão nos nossos países,
mas aqui, por exemplo, não há inclusão
de fato. Se houvesse, os governos estariam presentes
hoje aqui”, disse apontado para a plenária
de diálogos da sociedade civil, durante o
processo informal que se seguiu à reunião
preparatória para a Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20).
Fonte: ONU