18/06/2012
- O Embaixador e Negociador-Chefe do Brasil na Rio+20,
Luiz Alberto Figueiredo Machado, afirmou que o documento
final da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
será fechado ainda esta noite (18/06). O
Ministro das Relações Exteriores do
Brasil, Antonio Patriota, será o encarregado
do pronunciamento oficial após a conclusão
das negociações.
Questionado
sobre definições para o futuro do
Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA), Figueiredo disse que o texto
apresentado pelo Brasil sofreu duas alterações.
Entre as palavras-chave estão “fortalecer”e
“upgrade”, de forma que “haja
margem para um processo para levar o PNUMA a outro
patamar”.
“Pequenos
ajustes ainda podem ser introduzidos”
Ele
ainda afirmou que a forma de viabilizar as propostas
do documento continuam sendo negociadas e dependem
de um conjunto de meios, entre fundos privados e
de organismos internacionais.
Na
opinião do Secretário-Geral da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20), Sha Zukang, “as
negociações estão indo bem”.
Leia
abaixo a íntegra da mensagem de Zukang:
“As
negociações estão indo bem.
Estamos
nos aproximando da conclusão das consultas
sobre o texto. Consultas lideradas pelo Brasil trouxeram
uma dinâmica acelerada e construtiva para
o processo de negociação. O texto
que está sobre a mesa foi bem recebido. Pequenos
ajustes ainda podem ser introduzidos, mas estou
razoavelmente otimista de que seremos capazes de
concluir as discussões sobre as negociações,
como previsto.
Faço
um apelo a todas as delegações para
que unam forças – para mostrar flexibilidade
e um espírito de compromisso de modo que
possamos entregar como o planejado.”
+
Mais
Integração
da mulher é essencial para o desenvolvimento
sustentável, diz Chefe da ONU Mulheres
18/06/2012
- A Diretora Executiva da ONU Mulheres e ex-presidente
do Chile Michelle Bachelet, recomendou hoje no Riocentro
a maior participação feminina na sociedade,
indústria, comércio e principalmente
política mundial, essenciais para atingir
o verdadeiro desenvolvimento sustentável
da humanidade. Falando à imprensa a apenas
três dias da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), Bachelet disse que o caminho até
que a mulher receba a consideração
almejada permanece longo.
“Há
avanços, mas a mulher ainda está longe
na maioria dos países de participar da sociedade
no mesmo pé de igualdade que os homens”,
disse Bachelet. Ela disse que para haver desenvolvimento
sustentável, é essencial que os governos
incluam programas ativos de inclusão da mulher
em todas as áreas: comercial, social, de
saúde, política, educacional e nas
ciências e pesquisa, entre tantas outras.
“Mulheres
e crianças continuam excluídas”
Bachelet
dividiu o pódio com Gro Harlem Brundtland,
ex-Primeira Ministra da Noruega e atual representante
do Secretário Geral para mudanças
climáticas, considerada uma das maiores lideranças
do mundo ambiental. Autora do relatório ‘
Nosso Futuro Comum’ no final da década
de 1980, Brundtland antecipou com o documento a
agenda da Rio-92 – a Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento (UNCED – sigla em inglês)
– realizada no Rio em 1992.
“Nos
últimos anos venho estudando tudo o que se
passou desde de 1992 e o que me vem mais à
cabeça são as meninas e mulheres,
que continuam em sua maioria excluídas de
participar da sociedade mundial”, disse Brundtland.
“Principalmente, é essencial que o
mundo respeite o direito da mulher em determinar
quantos filhos quer ter e como quer controlar o
seu corpo, isso é o primeiro passo em determinar
a paridade social dos gêneros”, analisou.
Médica,
Brundtland foi também diretora executiva
da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Nascida em 1939, a geração
de Brundtland abriu frentes inusitadas no mundo
da política escandinava, conquistando espaços
e direitos nos países nórdicos até
então considerados impossíveis –
como a igualdade de direitos na educação
e na economia, simultaneamente ao direito universal
de cuidar da família sem sofrer penalidades
econômicas e profissionais.
Fonte: ONU