18/06/2012
13:30 - Povos indígenas, Fundai, Inclusão
social - CNO Rio+20 - A programação
paralela da Funai na Rio+20 reinicia nesta terça-feira,
19 de junho, no Museu do Índio, às
14h, com debate sobre o tema Povos Indígenas
e Serviços Ambientais.
Será
discutido o papel ambiental das terras indígenas
que, por sua natureza, freiam o avanço do
desmatamento em regiões críticas e
demonstram outros modelos de ocupação
territorial e de desenvolvimento socioeconômico.
As terras indígenas contribuem, assim, para
a conservação ambiental e o equilíbrio
dos ecossistemas.
As
ações da Funai relacionadas a serviços
ambientais incluem:
A
publicação da cartilha Diálogos
Interculturais: Povos Indígenas, Mudanças
Climáticas e REDD;
A elaboração do documento Povos Indígenas
e REDD+ no Brasil: Considerações Gerais
e Recomendações;
A produção de três vídeos
sobre mudanças climáticas e povos
indígenas;
O estabelecimento de diretrizes e critérios
para a concepção e execução
das ações de proteção
territorial e etnoambiental desenvolvidas pelo órgão
indigenista.
A
programação segue na quinta-feira,
21, com as mesas Política de Proteção
de Terras Indígenas, de 9h às 12h,
e Mesa de Diálogos: TIs Marãiwatsédé/MT
e Cachoeira Seca/PA, de 14h às 17h.
Na
última sexta-feira, 15 de junho, foi discutido
o tema Etnodesenvolvimento Econômico e Segurança
Alimentar e Nutricional. O povo Zoró, ou
“Pangyjej”, como gosta de ser chamado,
apresentou uma experiência de harmonia com
o meio ambiente, recuperando sua cultura alimentar
e práticas tradicionais, a partir de uma
atividade que já conheciam, mas que precisava
de aperfeiçoamento tecnológico para
se tornar economicamente viável: a coleta
de castanha do Brasil.
O
projeto mudou a vida da comunidade, que já
esteve envolvida com madeireiros em busca de uma
renda para suas famílias. Para garantir a
segurança alimentar indígena, a Funai
trabalha em parceria com outras instituições
a fim de fortalecer as economias a partir da cultura
e do conhecimento de cada um. A finalidade é
promover a sustentabilidade e a autonomia desses
povos.
No
período da tarde, foram apresentadas perspectivas
indígenas sobre programas de compensação
socioambiental dos povos Waimiri-Atroari, localizados
no sul de Roraima e norte do Amazonas, e Tapeba,
no Ceará.
Na
década de 1970, os Waimiri-Atroari foram
fortemente impactados por três empreendimentos:
a BR 174 que corta a terra indígena ao meio
e liga Boa Vista a Manaus, um projeto de extração
de minério e a construção da
hidrelétrica de Balbina concluída
em 1987.
Em decorrência deste último empreendimento,
foi implementado, em 1988, o Programa Waimiri Atroari
com ações de compensação
nas áreas de administração,
saúde, educação, meio ambiente
e apoio à produção, documentação
e memória. Os indígenas relataram
as ameaças vividas pelos Waimiri-Atroari
durante o período e o apoio do projeto de
compensação para a reorganização
da comunidade.
Já
a etnia Tapeba foi representada por jovens realizadores
que exibiram o vídeo-diagnóstico BR
nas Aldeias produzido por eles durante a Oficina
de Cinema Ambiental Indígena. O vídeo
relata a visão da comunidade sobre os impactos
produzidos pela obra de duplicação
da BR 222, que atinge a terra indígena, e
traz depoimentos de moradores e liderança
que apontam medidas de compensação
e mitigação dos impactos.
+
Mais
Cidade
do Rio pretende reduzir 20% das emissões
de gases até 2020
18/06/2012
15:55 - CNO Rio+20 - Medidas para incentivar o desenvolvimento
sustentável da cidade foram anunciadas durante
Cúpula dos Prefeitos.
Durante a Cúpula dos Prefeitos, realizada
nesta segunda-feira no Forte de Copacabana, o vice-prefeito
do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Vieira Muniz,
anunciou que a cidade vai reduzir, até 2020,
as emissões de gases de efeito estufa em
até 20%. A ação acontece em
parceria com o Banco Mundial.
De
acordo com Muniz, a grande causa da poluição
no Rio de Janeiro são os carros e ônibus
(40%), além da disposição inadequada
de resíduos sólidos (12%). Entre as
novas medidas está o projeto de duplicar
a rede de ciclovias e os investimentos nas linhas
de BRT com combustíveis limpos, e a ampliação
na mudança do tratamento do lixo. Este último
passará a gerar energia de biomassa a partir
da coleta de lixo.
Para
atingir a meta até 2020, o vice-prefeito
fez um convite aos empresários e cidadãos
da cidade para que apoiem a causa. O BNDES é
um dos financiadores do futuro projeto que transformará
os catadores em separadores de lixo.
Fonte: CNO Rio+20