Segunda,
18 Junho 2012 18:17 - No Brasil, 80% das propriedades
privadas rurais são destinados ao uso sustentável
e proteção ao meio ambiente - Alethea
Muniz - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
afirmou, nesta segunda-feira (18/06), que os esforços
dos produtores brasileiros para a conservação
da natureza e das florestas do país precisam
ser reconhecidos nas regras internacionais de mercado.
"É
fácil falar em desmatamento, mas não
se reconhece na competividade dos mercados a contribuição
global para essa pegada ecológica dos produtores
rurais brasileiros", disse a ministra na mesa
de abertura do Dia da Agricultura e Desenvolvimento
Rural. A quarta edição da celebração
anual foi realizada pelo Banco Mundial em parceria
com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) no Centro de Convenções
Sul América, no Rio de Janeiro, paralelo
aos debates da Conferência das Nações
Unidas para Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
USO
SUSTENTÁVEL
Aos
mais de 600 especialistas de diferentes países
reunidos no evento, a ministra afirmou que desconhece
outro país como o Brasil, com até
80% das propriedades privadas rurais destinados
ao uso sustentável e proteção
ao meio ambiente. E ressaltou a importância
de regularizar ambientalmente os produtores rurais.
"O nosso esforço é para ter o
produtor rural dentro da lei, protegendo o meio
ambiente e produzindo de maneira sustentável",
disse.
Uma
das estratégias para o desenvolvimento rural
é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é
o registro dos imóveis rurais para fins de
regularização ambiental das Áreas
de Preservação Permanente (APP) e
Reserva Legal (RL), perante o Código Florestal.
Até o momento já foram regularizados
cerca de 60 milhões de hectares no Brasil.
Durante
o evento, Izabella Teixeira destacou ainda esforço
do país para incrementar ainda mais a participação
dos biocombustíveis. "É um desafio
que precisa ser feito com inclusão social,
desenvolvimento regional e com crescimento econômico
permanente", disse a ministra.
Entre as discussões do Dia da Agricultura
e Desenvolvimento Rural estão ainda a redução
da pobreza na população rural, segurança
alimentar, saúde e nutrição
e manejo sustentável dos recursos naturais.
+
Mais
O
Judiciário e o meio ambien
Segunda,
18 Junho 2012 13:07 - Para o PNUMA, pulverização
das responsabilidades entre muitas instituições
diferentes, tanto no Brasil como no exterior, prejudica
a governança ambiental. - Camilla Valadares
(*) - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
participou, neste domingo (17/06), na sede do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro, da abertura
do Congresso Mundial sobre Justiça, Governança
e Legislação para a Sustentabilidade
Ambiental. O evento é promovido pelo Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) para debater formas de enfrentar os desafios
internacionais de cumprimento de metas para o meio
ambiente.
Em
seu discurso, a ministra disse aos representantes
do poder judiciário de diversos países
que "estamos empenhados em ter uma declaração
da Rio+20 [Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável]
com um novo caminho concreto e isso envolve os senhores".
Para a Izabella, quanto maior for o engajamento
do Judiciário no debate sobre o tema, melhor
será a interlocução com a sociedade
civil, uma vez que o setor se depara cotidianamente
com questões complexas para suas tomadas
de decisão.
QUATRO
OBJETIVOS
Participam
do evento presidentes de cortes supremas, procuradores-gerais,
auditores-gerais e ministros de governo de mais
de 60 países. A quinta edição
do relatório Panorama Ambiental Global (GEO-5),
do PNUMA, divulgado na semana passada, avaliou 90
dos objetivos ambientais mais importantes do mundo
e constatou que foram feitos progressos significativos
em apenas quatro deles.
Entre
as barreiras jurídicas para alcançar
essas metas está a pulverização
das responsabilidades pelo meio ambiente entre muitas
instituições diferentes, tanto no
Brasil como no exterior, levando à fragmentação
da governança ambiental.
O
Congresso Mundial discutirá como novas abordagens
jurídicas podem fortalecer a eficácia
de acordos ambientais multilaterais (AAM), como
a Convenção sobre Diversidade Biológica,
ou Convenção de Basileia sobre Resíduos
Perigosos e, acima de tudo, apoiar a sustentabilidade
por meio de respostas jurídicas mais fortes
às pressões ambientais.
A
estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável
é um dos dois principais temas da Cúpula
Rio+20. O outro é a economia verde no contexto
da erradicação da pobreza e do desenvolvimento
sustentável. O evento, que conta com o apoio
do governo brasileiro, junto com membros do Judiciário
e de órgãos de auditoria do país,
culminará na formulação de
um documento final, que será apresentado
diretamente para os governos mundiais e outros negociadores
na Rio+20.
As
três principais áreas de debate do
congresso são o futuro da legislação
ambiental; as novas abordagens para a justiça
social e a sustentabilidade ambiental; e o aperfeiçoamento
da eficácia da governança ambiental
em âmbito nacional, regional e global.
*Com informações do PNUMA.
Fonte: MMA