19/06/2012
- Apesar de afirmar que a linguagem dos Direitos
Humanos consta no documento da Rio+20, a Alta Comissária
da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, comentou
hoje (19/6) que o texto é um retrocesso.
“Alguns temas importantes como a liberdade
de expressão, protesto e associação,
os Direitos Humanos dentro dos negócios e
no mundo empresarial ficaram fora do documento.
Precisamos destacar que os Direitos Humanos devem
vir junto do desenvolvimento sustentável
(…) é fundamental que estejam em primeiro
plano quando pensamos na economia verde. Os Direitos
humanos não são um produto comercial
nem assunto para barganhas políticas”.
Navi
Pillay disse ainda que os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) devem incluir de forma
clara os Direitos Humanos. “Os instrumentos
de aplicação, o empoderamento das
mulheres e meninas, os direitos sexuais e de gênero,
o papel dos Governos em garantir os Direitos Humanos
são alguns dos temas essenciais, que devem
ter papel central nos ODS. Enviei uma carta a todos
os países do mundo para que coloquem as pessoas
no centro das políticas do Desenvolvimento
Sustentável”.
+
Mais
‘Negociações
chegaram a uma conclusão bem sucedida’,
diz Secretário-Geral da Rio+20
19/06/2012
- Leia a íntegra da mensagem do Secretário-Geral
da Rio+20, Sha Zukang: - Tenho o prazer de me unir
ao governo anfitrião do Brasil ao anunciar
que as negociações chegaram a uma
conclusão bem sucedida. Temos agora um texto
que será adoptado na Conferência. Gostaria
de enfatizar que estamos muito agradecidos à
liderança do governo brasileiro e a forma
de consulta abrangente que o Brasil liderou.
Consideramos
que o texto contém muita ação.
E se essa ação é implementada,
e se as medidas de acompanhamento são tomadas,
ele vai realmente fazer uma grande diferença
na geração de uma mudança global
positiva. Claro, este documento é o produto
de intensas negociações prolongadas.
E, portanto, é um texto de compromisso. Como
todas as negociações, haverá
alguns países que sentem que o texto poderia
ser mais ambicioso. Ou outros que sentem que as
suas próprias propostas poderiam ser melhor
refletidas. Enquanto outros podem ainda preferir
ter sua própria língua. Mas vamos
ser claros: as negociações multilaterais
necessitam dar e receber.
O
espírito do compromisso é a marca
de um bom consenso, e é crucial que todos
os países devem estar a bordo, tomar posse
e partilhar um compromisso coletivo. Este é
o único caminho a seguir, se quisermos aproveitar
as medidas necessárias para avançar
juntos no caminho do desenvolvimento sustentável.
E, pessoalmente, estou muito satisfeito que as delegações
se reuniram para o sucesso da Conferência
e para o futuro que nós queremos.
Tenho também o prazer de anunciar que atingimos
até hoje pela manhã a marca de 400
registos de compromissos voluntários.
Fonte: ONU