19/06/2012
- Após anunciar o “Futuro que Queremos”,
documento final da Rio+20, o Governo brasileiro
detalhou os pontos mais críticos que vinham
travando as negociações. As delegações
chegaram hoje (19/06) a um consenso sobre questões-chaves
como o fortalecimento do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a manutenção
dos princípios do Rio, incluindo o “princípio
das responsabilidades comuns, mas diferenciadas”
e a criação dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável para 2015.
“Fizemos
nosso papel para que os Chefes de Estado cheguem
à Cúpula (com um texto acordado pelas
delegações)”, afirmou o Ministro
das Relações Exteriores do Brasil,
Antonio Patriota. “Trata-se de um texto de
consenso que aponta direções.”
Diretrizes
para PNUMA
A
definição final sobre o futuro do
PNUMA só deverá ser conhecida em Nova
York durante a 67ª Assembleia Geral da ONU,
em setembro de 2012. O documento, finalizado com
49 páginas, aponta diretrizes como o aumento
dos recursos financeiros, a criação
de um conselho com participação de
todos os Estados-Membros da ONU e a ampliação
da capacidade política de definir estratégias
ambientais dentro do sistema Nações
Unidas.
De
acordo com o Embaixador Luiz Alberto Figueiredo,
ainda não se sabe se o PNUMA se tornará
uma Agência nos moldes da Organização
Mundial da Saúde (OMS) ou Organização
Mundial do Comércio (OMC).
Ainda
sobre o fortalecimento do quadro institucional da
ONU, o Conselho Econômico e Social (ECOSOC)
também será fortalecido para integrar
os pilares econômico, social e ambiental.
Também haverá um fórum político
intergovernamental de alto nível para discutir
sustentabilidade.
Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável para 2015
Os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) serão elaborados provavelmente até
2014, para implementação no ano seguinte,
através de um novo processo de negociação
entre os países. “O estabelecimento
de metas não é uma decisão
que se possa tomar sem apoio científico,
sem apoio técnico e portanto é natural
que haja um processo para o estabelecimento dessas
metas”, justificou o Embaixador Figueiredo.
Sobre
a economia verde, o documento não define
um caminho único. O conceito é tratado
como uma via que deve ser seguida considerando as
características dos países.
+
Mais
Na
Rio+20, sociedade civil pede a Chefes de Estados
o fim de subsídios para energias fósseis
19/06/2012
- Especialistas, representantes da sociedade civil
e público em geral presentes nos Diálogos
Sustentáveis votaram na segunda-feira (18/06)
pelo fim de subsídios a combustíveis
fósseis, por metas ambiciosas de energias
renováveis e pelo acesso universal, igualitário
e barato da energia sustentável para todos
até 2030.
As
três recomendações serão
levadas a Chefes de Estado que participam a partir
de amanhã (20/06) da Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20).
“’O
acesso a energia para os países em desenvolvimento
tem que ser universal. Além disso, é
preciso atingir um aumento de investimento para
esse acesso e garantir energia para todos até
2030”, diz a Secretária-Executiva da
organização não governamental
Energia, Sheila Oparocha.
Os
Diálogos Sustentáveis, promovidos
pelo Governo brasileiro durante o processo de negociações
da Rio+20, teminaram hoje (19/06). Ao todo, foram
10 rodadas temáticas, cada um delas definindo
três propostas.
Fonte: ONU