19/06/2012
- 19h26 - Rio+20 - Alana Gandra - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Estudo
sobre a qualidade da matriz elétrica mundial
mostra que o Brasil é um dos países
que mais contribuem para a sustentabilidade no mundo,
no que diz respeito à sua matriz elétrica.
O estudo foi divulgado hoje (19) pela Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan) no Humanidade 2012, evento paralelo à
Rio+20.
“O
Brasil emite cerca de 60 toneladas de gás
carbônico para gerar um gigawatt-hora (GWh).
O mundo, na média, emite quase dez vezes
mais, da ordem de 500 toneladas para gerar um GWh”,
disse à Agência Brasil o gerente de
Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema
Firjan, Cristiano Prado.
Segundo
ele, o Brasil usa muita hidreletricidade e energia
nuclear. “Os países que usam outras
formas de energia mais poluentes acabam emitindo
mais gás carbônico e, em consequência,
poluindo mais para gerar energia elétrica”,
explicou o economista da Firjan.
No
ranking de qualidade da matriz de energia elétrica
dos 71 principais países do mundo, o Brasil
aparece na quinta posição, depois
da Suíça, Noruega, Suécia e
Islândia.
Em
comparação aos países que integram
o Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul, o Brasil está
mais bem posicionado, uma vez que emite menos gases
de efeito estufa. “Na verdade, ele emite quase
11 vezes menos do que a média dos demais
países do Brics”.
Cristiano
Prado declarou que esse é um dado muito positivo,
porque como o Brics apresenta uma perspectiva de
continuidade de crescimento forte nos próximos
anos, “o Brasil, com a qualidade de sua matriz
elétrica, é o que menos impactará
o planeta no que diz respeito à geração
de energia para suportar o crescimento”.
A
análise é válida também
para os dez maiores países do mundo, cuja
relação inclui o Brasil. Nessa comparação,
o país ocupa a melhor posição
em termos de qualidade da matriz. “Ele é
o que menos contribui para poluir o planeta no que
diz respeito à geração de energia
elétrica”. Além disso, Prado
ressaltou que do total de emissões de gás
carbônico equivalentes durante a geração
de energia, o Brasil ocupa também uma posição
de vanguarda, de acordo com dados de 2009 da Agência
Internacional de Energia.
“O
Brasil contribui com 0,3% das emissões de
gás carbônico quando gera energia elétrica.
Os dez maiores países correspondem a 70,6%”.
A contribuição de emissões
no mundo dos Estados Unidos, em termos de geração
de energia elétrica, alcança 22,4%
e da China, 26,3%.
“Portanto,
tanto no que diz respeito à qualidade da
matriz elétrica, como à quantidade
de emissões [de gases de efeito estufa] para
gerar energia, o Brasil ocupa uma posição
de destaque e contribui para a sustentabilidade
do mundo de hoje”, disse.
+
Mais
Lançada
no Rio Plataforma Brasileira de Bioquerosene no
âmbito da Rio+20
19/06/2012
- 19h27 - Rio+20 - Nielmar de Oliveira - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A União
Brasileira do Biodiesel e do Bioquerosene (Ubrario)
lançou hoje (19), no âmbito da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, a Plataforma Brasileira
de Bioquerosene, com a proposta de discussão
de uma política de incentivo ao uso do biocombustível
na aviação.
O
lançamento, que contou com a participação
das organizações que assinam o Manifesto
Global de Bioquerosene de Aviação,
também marcou o lançamento do programa
Voando Verde, Dirigindo Verde, que visa a promover
o uso do biocombustível nos voos comerciais
para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas
de 2016.
Para
o ministro do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o
lançamento da plataforma é uma iniciativa
de extrema importância para o Brasil e também
para o mundo. “É a celebração
do encontro de um dos meios de transporte mais modernos
e tecnologicamente mais avançados, que é
o transporte aéreo, com o meio ambiente,
e ainda o biocombustível, que é também
o que há de mais avançado do ponto
de vista ambiental. Então, que este lançamento
aconteça no Brasil e no momento em que acontece
a Rio+20 é muito simbólico e reflete
aquilo que o país espera para o futuro”,
avaliou Pimentel.
Na
avaliação do presidente da Ubrario,
Juan Diego Ferrés, em comparação
a outros combustíveis fósseis, o uso
do bioquerosene pode reduzir em até 80% o
volume de emissões de gases causadores de
efeito estufa. “Uma das metas da Internacional
Air Transport Association [Iata] é a de que,
até 2050, sejam cortada pela metade as emissões
de gás carbônico, atualmente da ordem
de 650 milhões de toneladas por ano. Esse
corte representaria uma diminuição
de 2% nas emissões globais de gás
carbônico”.
Pimentel
disse que o Brasil é o país que mais
tem condições de oferecer oferta regular,
estável e com preços competitivos
do produto em todo o mundo. “Com essa definição
da Iata, de que a aviação em todo
o mundo terá que utilizar, até 2040,
50% de mistura de bioquerosene nos voos, o Brasil
tem que correr para sair na frente do processo e
acredito que teremos um belo futuro pela frente”.
Também
na avaliação do presidente da Ubrario,
o Brasil terá um papel fundamental na consolidação
da energia propiciada pelos biocombustíveis.
“O biqueresone é uma realidade. Não
existe mais nenhum entrave tecnológico e
nem social para a expansão da produção
de biodiesel, uma vez que há oleaginosas
que não concorrem com a produção
de alimentos”.
Para
o dirigente, porém, são necessárias
“políticas públicas que garantam
a consolidação do biocombustível
na matriz energética mundial. Ele lembrou,
por outro lado, que existe uma enorme demanda da
aviação civil por alternativas “que
mitiguem as emissões de gases causadores
de efeito estufa”.
O
lançamento do querosene de aviação
aconteceu no Salão Nobre do Aeroporto Santos
Dumont, no centro da cidade, com a chegada do primeiro
voo da Gol abastecido com bioquerosene e que saiu
de São Paulo com autoridades brasileiras
e internacionais do setor de aviação.
Fonte: Agência Brasil