Rede
planetária será responsável
pela continuidade das ações após
a conferência da ONU. Entre os desafios, o
fortalecimento da relação entre a
sociedade civil, o estado e as empresas.
Letícia
Verdi - Durante a II Jornada Internacional de Educação
Ambiental, que termina nesta terça-feira
(19/06), foi elaborado o Plano de Ação
do Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global, que inclui a formação de uma
Rede Planetária de Educação
Ambiental. "Esta rede terá a função
de assegurar a continuidade e a expansão
das ações após a Rio+20, especialmente
aquelas já previstas no Tratado", afirmou
o diretor do Departamento de Educação
Ambiental da Secretaria de Articulação
Instiucional e Cidadania Ambiental do Ministério
do Meio Ambiente, Nilo Diniz, referindo-se à
Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, que se
realiza no Rio de Janeiro.
Entre
os participantes, estão representantes de
organizações não governamentais
(ONGs) brasileiras e do exterior, governos, empresas
e universidades O Tratado de Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global é resultado da primeira
jornada, em 1992, e foi implantado em vários
países, incluisive como política pública
de governo.
DESAFIO
As
discussões desta II Jornada na Rio+20 apontaram
como desafio o fortalecimento da relação
entre a sociedade civil, o estado e as empresas.
"Elas devem devem assumir a sua responsabilidade
no campo socioambiental", disse Nilo Diniz.
"Os governos podem contribuir muito nesta aproximação
com o setor empresarial, mantendo um diálogo
com educadores, lideranças e demais organizações
da sociedade civil, com destaque para aquelas que
representam a juventude".
A
Carta da Terra, a Carta das Responsabilidades Humanas,
a Declaração Universal dos Direitos
Humanos e a Declaração da Rio-92 foram
os documentos lidos e sobre os quais se basearam
as discussões. A intenção,
também, é foratelcer o intercâmbio
internacional de materiais pedagógicos e
a disseminação de políticas
públicas permanentes de educação
ambiental.
A
II Jornada tem o apoio e o patrocínio dos
ministérios do Meio Ambiente e da Educação
e é uma iniciativa da sociedade civil, sob
a coordenação da educadora Moema Viezzer,
e o apoio de um comitê internacional.
No
Brasil, em 1999, a Lei 9.795 adotou definições,
princípios e diretrizes coerentes com o tratado.
Mas, na origem de tudo, está a Declaração
da Conferência Intergovernamental sobre Educação
Ambiental, realizada na cidade de Tbilisi, na Georgia,
em 1977. "O processo educativo deveria ser
orientado para a resolução dos problemas
concretos do meio ambiente, através de enfoques
interdisciplinares e, de participação
ativa e responsável de cada indivíduo
e da coletividade", defende o documento.
+
Mais
Ministra
festeja atuação do Brasil
Terça,
19 Junho 2012 20:50 - Documento final da Rio+20
inclui várias contribuições
do país, como o fortalecimento do PNUMA,
a criação, na ONU, de uma instância
de alto nível para tratar de desenvolvimento
sustentável e a proteção dos
oceanos.
Camilla
Valadares - A ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, afirmou nesta terça-feira (19/06)
que boa parte dos pontos defendidos pelo Brasil
na agenda de desenvolvimento sustentável
está contemplada na versão do que
será conhecida como a declaração
final da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20). Os negociadores oficiais dos 193 países
participantes do evento fecharam o texto que será
a base para a deliberação final dos
chefes de Estado, na próxima sexta-feira
(22/06).
Em
coletiva de imprensa, foram anunciados os principais
pontos do texto, após um processo marcado
por dificuldades de consenso."Recebemos um
texto 40% fechado e conseguimos fechar consenso
pelos 193 países participantes", declarou
o ministro das Relações Exteriores,
Antonio Patriota.
MULTILATERALISMO
Entre
os temas presentes na declaração final,
que também estavam na contribuição
brasileira, estão o piso social com critérios
de desenvolvimento sustentável, o fortalecimento
do Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (PNUMA), a criação
de uma instância de alto nível para
tratar de desenvolvimento sustentável no
âmbito da Organização das Nações
Unidas (ONU), os objetivos do desenvolvimento sustentável
e a proteção dos oceanos. Os negociadores
passaram a madrugada de segunda para terça-feira
concluindo o relatório, que hoje possui 49
páginas.
Patriota
destacou que as negociações representaram
uma vitória do multilateralismo e que o Brasil
assumiu o papel de liderança comunidade internacionak.
A ministra Izabella Teixeira também enfatizou
o sucesso dos debates, inclusive por terem sido
concluídos no prazo previsto.
Terça,
19 Junho 2012 20:56 Bachelet e o desafio de gênero
Imprimir E-mail A agenda das mulheres foi tema de
evento promovido no Riocentro na programação
paralela da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Camilla
Valadares
Durante
o evento "O Futuro que as Mulheres Querem –
Equidade de Gênero e Empoderamento das Mulheres
para o Desenvolvimento Sustentável",
a ex-presidenta do Chile Michelle Bachelet falou
hoje que o mundo ainda enfrenta o desafio da inclusão
da mulher. Para ela, ainda é preciso avançar
na garantia do acesso aos direitos básicos,
mas também à tecnologia e condições
mais igualitárias em relação
aos homens. O evento foi promovido pela ONU Mulheres
na tenda de eventos da sociedade civil no Riocentro,
Rio de Janeiro – RJ, como parte da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20).
A
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira também
participou do evento e destacou que a agenda da
pasta tem forte presença de iniciativas para
promoção da equidade de gênero.
Em relação à agenda de negociações
da Rio+20, a ministra declarou que "temos que
ter uma dupla jornada de esforços: manter
as conquistas e avançar em novos desafios".
O
Ministério do Meio Ambiente, por meio de
sua Secretaria de Articulação Institucional
e Cidadania Ambiental (SAIC) tem promovido ações
para o fortalecimento da agenda socioambiental contemplando
as questões de gênero. Entre as iniciativas
está a capacitação de mulheres
sobre sustentabilidade para incidência nas
mudanças nos padrões de consumo –
um dos compromissos firmados pelas nações
para a implementação do desenvolvimento
sustentável.
+
Mais
Alemanha
elogia ação do Brasil
Terça,
19 Junho 2012 18:25 - Ministro germânico do
Meio Ambiente diz que o governo brasileiro tem se
mostrado eficiente nas negociações
da Rio+20 e na implantação de políticas
para o setor.
Lucas
Tolentino - As políticas e iniciativas brasileiras
para a preservação do meio ambiente
se tornaram alvo de elogios do governo alemão.
O assunto foi abordado durante o debate "Fundo
Verde para o Clima: financiamento do crescimento
verde", realizado na tarde desta terça-feira
(19/06) no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro.
O evento faz parte da programação
da Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O
secretário de Mudanças Climáticas
e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), Carlos Klink, integrou a mesa de
discussões. Na opinião dele, a redução
no desmatamento na Amazônia é um dos
principais fatores que dão visibilidade ao
Brasil. "Alcançar os índices
nessa velocidade tem um impacto global enorme e
mostra que é possível atingir metas
estabelecidas a nível mundial", afirmou.
Para
o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Peter Altmaier,
o governo brasileiro tem se mostrado eficiente nas
negociações da Rio+20 e na implantação
de políticas para o setor. "Estou bastante
otimista com o papel desempenhado pelo Brasil",
declarou. "É difícil conciliar
os interesses envolvidos na conferência. O
importante é discutir o desenvolvimento,
o meio ambiente e as mudanças climáticas
de maneira integrada."
ESTÍMULO
O
Fundo Verde para o Clima foi estabelicido para estimular
o crescimento sustentável em todo o mundo
e apoiará a redução de emissões
de carbono e outras medidas nos países em
desenvolvimento. No entanto, ainda não foi
definido de onde virão os recursos que financiarão
a iniciativa.
De
acordo com Carlos Klink, as parcerias público-privadas
como principal meio de executar políticas
de preservação. "Essa combinação
é muito significante", afirmou. "O
Brasil é, hoje, perfeitamente capaz de atingir
as metas estabelecidas e ter bons resultados no
desenvolvimento sustentável."
Além
de Klink e do ministro alemão, o debate contou
ainda com a participação de palestrantes
como o presidente do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas, Rajendra Pachauri,
da Índia, e o ex-ministro de Água
e Energia de Ruanda Albert Butare.
Fonte: MMA