19/06/2012
21:30 - CNO Rio+20 - O Seminário promovido
pelo MPA trouxe à Rio + 20 debate sobre políticas
sustentáveis e permitiu a troca de experiências
entre Brasil e Noruega. O Ministro Marcelo Crivela
recebeu autoridades da Noruega, segundo maior exportador
de pescado do mundo, e especialistas brasileiros
em pesca e aquicultura.
“A
sustentabilidade é a base de todo trabalho
feito na Noruega. O peixe é muito importante
para o país. A comida marinha norueguesa
é segura e saudável. Espero poder
transmitir tecnologia para várias partes
do mundo”, afirmou a vice-ministra da Pesca
e Assuntos Costeiros da Noruega, Katrine Gramstad.
Brasil
e Noruega já estabeleceram projetos de cooperação
nas áreas de sanidade pesqueira, aquicultura
e captura. O Brasil conta com ampla rede de laboratórios
públicos e de pesquisa capacitados a atestar
a sanidade do pescado.
O
plano “Mais Pesca e Aquicultura” visa
promover o desenvolvimento sustentável, a
inclusão social de pescadores e aquicultores,
a estruturação da cadeia produtiva
e o fortalecimento do mercado interno. “Para
fortalecer o setor e promover um crescimento é
importante ter uma desoneração fiscal
e linhas de crédito melhores” destacou
o Ministro Crivela.
O
Seminário foi dividido em duas mesas:
“Gestão
Sustentável dos Recursos Pesqueiros”
dirigida pelo Diretor do Departamento de Planejamento
e Ordenamento da Pesca Industrial do MPA;
“O Uso das Águas para a Inclusão
Produtiva” mediada pela secretária
de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura.
+
Mais
Fundação
da Amazônia apresenta experiência brasileira
na conservação de florestas
19/06/2012
12:10 - Educação ambiental, Economia
Verde, Bolsa Floresta - CNO Rio+20 - Brasil tem
o maior projeto de Pagamento Por Serviços
Ambientais do mundo
Neste domingo, 17 de junho, a Fundação
Amazonas Sustentável, promoveu, em parceria
com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento
Sustentável do Amazonas (IDESAM) o evento
“Cooperação Sul-Sul e lições
aprendidas em Pagamento por Serviços Ambientais
(PSA)”, parte da programação
paralela da Rio+20.
O
seminário foi aberto ao público para
mostrar à sociedade civil as experiências
de sucesso realizadas com o Bolsa Floresta, o maior
programa de Pagamento por Serviços Ambientais
(PSA) do mundo. Além disso, falou sobre a
parceria que a Fundação tem com o
Governo Federal de Moçambique na troca de
experiências sobre produção
sustentável.
O
programa, criado em 2007, incentiva os produtores
rurais a protegerem a floresta, usarem os recursos
naturais de forma consciente e ensina como a produção
pode ser sustentável. A ideia é simples:
pagar para que o produtor conserve a floresta, invertendo
a lógica de exploração predatória:
quanto mais floresta for preservada, mais o produtor
rural ganhará.
Além
do pagamento direto, o programa também incentiva
a formação de cooperativas, busca
a certificação dos produtos, ensina
práticas de produção sustentável
e auxilia as comunidades rurais no desenvolvimento
da produção local, com capacitação
e a compra de equipamentos.
“O
Pagamento por Serviço Ambiental é
parte fundamental da nova economia. Precisamos valorizar
essas ações do produtor rural e a
conservação dos nossos recursos naturais.
Essa questão está no cerne da economia
verde. Toda experiência de PSA deve ser acompanhada
com muito interesse pela sociedade porque é
por meio desses mecanismos que nós vamos
fazer com que os nossos recursos sejam mantidos”,
exalta João Pezza, superintendente técnico-científico
da Fundação Amazônia Sustentável.
Entenda
como funciona o programa Bolsa Floresta
O
programa foi instituído inicialmente pelo
Governo do Estado do Amazonas, no fim de 2007, para
compensar o trabalho de famílias moradoras
de Unidades de Conservação do Estado
e atualmente é gerido pela Fundação
Amazônia Sustentável, que tem o slogan
“Fazendo a floresta valer mais em pé
do que derrubada”.
O
Bolsa Floresta é subdivido em quatro projetos:
•
Bolsa Floresta Renda (R$ 350 por família/ano)
• Bolsa Floresta Social (R$ 350 por família/ano)
• Bolsa Floresta Associação
(R$ 60 por família/ano)
• Bolsa Floresta Familiar (R$ 600 por família/ano)
No
total, cada família é beneficiada
com R$ 1.360 por ano. O financiamento do Bolsa Floresta
é proveniente de dois fundos: um próprio
da Fundação Amazônia Sustentável
e outro com verbas do Fundo Amazônia.
Para
atender os produtores, foi criado, em 2008, um fundo
de R$ 60 milhões, financiado pelo Governo
do Estado do Amazonas, o Banco Bradesco e o grupo
Coca-Cola (cada uma das empresas doou R$ 20 milhões).
Este fundo financia o Bolsa Floresta Familiar, em
que cada família participante recebe R$ 50
por mês para conservar a floresta.
No
entanto, as principais ferramenta do programa são
o Bolsa Floresta Renda e Bolsa Floresta Social,
em que os produtores decidem em conjunto onde será
investido o dinheiro na comunidade. É disponibilizado
o valor de R$ 350 por família cadastrada,
para ser usado em benefícios para a comunidade,
na compra de equipamentos, na melhoria dos transportes
ou das condições sanitárias.
“O importante é que os produtores decidam
onde eles querem investir o dinheiro. A quantia
não é depositada na conta deles, é
dado em forma de benefício para a comunidade,
como a compra de equipamentos, por exemplo”,
explica Pezza.
Esses
projetos recebem verba do Fundo Amazônia,
criado pelo Governo Federal e gerenciado pelo BNDES
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
e Social). O Bolsa Floresta foi aprovado pelo BNDES
para receber o auxílio anual, repassado às
famílias cadastradas.
Educação
ambiental
O
programa também oferece educação
ambiental por meio dos Núcleos de Conservação
e Sustentabilidade (NCS), que são centros
de educação diferenciados voltados
para a realidade socioambiental da Amazônia
profunda. Entre as ações também
estão a melhoria dos transportes, saúde
e comunicação para os chamados “guardiões
da floresta”, com a verba do Fundo Amazônia.
Até
fevereiro deste ano, já haviam sido cadastradas
mais de 8 mil famílias no Bolsa Floresta,
sendo mais de 7 mil famílias já beneficiadas,
quase 32 mil pessoas.
Fonte: CNO Rio+20