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Progresso de um país deve considerar indicadores de sustentabilidade, bem-estar e economia, diz coordenadora do FIB
 

19/06/2012 - 19h50 - Rio+20 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Para medir o progresso de um país, não basta o indicador do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos em uma nação, declarou hoje (19) a antropóloga Susan Andrews, coordenadora do conceito da Felicidade Interna Bruta (FIB) no Brasil.

Ela participou de evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O encontro discutiu parâmetros para o estabelecimento de um novo modelo de sociedade. “O mundo está em um movimento de reavaliar o indicador de progresso”, disse à Agência Brasil.

Susan declarou que o PIB não é um indicador apropriado para medir o progresso de um país. Um indicador abrangente, segundo ela, deve incluir três elementos: sustentabilidade, economia e felicidade. “Tem que ter esses três aspectos”.

A Rio+20 representa, para a coordenadora do FIB no Brasil, o primeiro passo “não só para os líderes de governo mas, sobretudo para as populações do mundo, perceberem que o sucesso de uma sociedade não pode ser medido somente pelo PIB. Precisamos de novos indicadores ecológicos e de bem-estar”.

Na sua avaliação, o FIB faz parte da nova análise do que é necessário para medir o progresso de uma nação. Susan acredita que os novos indicadores vão apontar na direção certa, porque “valorizam mais o ser humano”.

Ela citou os exemplos dos Estados Unidos e da China, cujos PIB subiram, “mas a felicidade baixou”. A economista ressaltou que em vários países do mundo, o PIB está crescendo. Em contrapartida, o grau de felicidade das populações está diminuindo. “Para que serve o PIB então, se as populações estão menos felizes, além do fato de que estamos destruindo o planeta?”, indagou. “Ninguém vai ficar feliz”, completou.

Para Susan Andrews, o mundo precisa de indicadores para medir a sustentabilidade e o bem-estar humano, junto com o indicador econômico apropriado. “Esperamos que os líderes do mundo levem em conta isso na reuniões da [Rio+20]”.

De acordo com a economista, mesmo que esses líderes globais não tenham perspicácia ainda para isso, o FIB já está sendo aplicado em níveis distrital e local em vários países, entre os quais o Brasil, em um movimento que, talvez, comece a ganhar intensidade “de baixo para cima”.

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Espécies da Mata Atlântica feitas de material aproveitado do lixo encantam delegações que chegam à Rio+20

19/06/2012 - 15h31 - Rio+20 - Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro – Sapatinho de Judia, Costela de Adão e Cana do Brejo. Esses são alguns dos exemplares da flora típica de Mata Atlântica que compõem a floresta cenográfica montada no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão. Totalmente construída com material reciclado, a instalação ocupa uma área restrita ao desembarque das delegações que chegam à cidade para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), somente após o encerramento do evento, entre os dias 22 e 24 deste mês, a exposição estará aberta à visitação pública.

Alem da vegetação, também há réplicas de animais, como tucanos e araras, e um sistema acionado por sensores de presença que reproduz sons de pássaros, grilos e sapos. De acordo com o cenógrafo Sergio Marimba, responsável pela obra, foram recolhidos materiais recicláveis a partir do lixo produzido no Galeão por dois meses. Ao todo, foram utilizados na composição 5 mil garrafas PET, mil pallets, 500 metros de plástico e 200 quilos de papelão.

“Foi um trabalho intenso, mas que vai surpreender os visitantes porque, embora seja uma obra simples, tem uma boa qualidade de acabamento e representa parte da biodiversidade local”, disse.

Ao fim da exposição, o material será doado a uma organização não governamental que atende a alunos da rede pública e promove atividades de conscientização ambiental.

Mesmo com a chegada de mais de 50 delegações ao Rio prevista para esta terça-feira, de acordo com informações da prefeitura, em boa parte da manhã, nenhuma delas passou pelo local da exposição. A assessoria de imprensa da Infraero informou que as comitivas estavam em áreas reservadas do aeroporto esperando que as condições do trânsito no entorno do terminal melhorassem.

Já os chefes de Estado e de Governo recebem tratamento diferenciado e são atendidos em uma área exclusiva e deixam o aeroporto, com apoio do Exército, por locais não divulgados por medida de segurança.

A Linha Vermelha, via expressa que dá acesso ao aeroporto, ganhou hoje uma faixa exclusiva para o deslocamento das delegações. A alteração, somada a outras que fazem parte do esquema especial montado pela prefeitura, causou transtornos aos motoristas em diversos pontos da cidade.
Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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