20/06/2012
- 12h10 - Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
- Enviadas Especiais - Rio de Janeiro – Na
abertura oficial da Conferência das Nações
Unidas, Rio+20, a presidente Dilma Rousseff deve
defender a necessidade de um esforço conjunto
para garantir um planeta sustentável. No
discurso, ela pretende destacar os avanços
obtidos no texto do documento da conferência,
no qual o desenvolvimento sustentável deve
ocorrer por meio da erradição da pobreza
e a inclusão social. Durante a abertura,
marcada para as 16h de hoje (20), Dilma irá
ressaltar a necessidade de se pensar nas gerações
futuras.
Como
presidente ex officio da conferência, Dilma
pretende dar um tom conciliador eliminando a sensação
de que as divergências causadas pela falta
de acordo em relação a temas-chave
prevaleceram nas negociações dos últimos
dias. A presidenta pretende reiterar que o documento
final foi o consenso possível.
Ontem
(19), no México, Dilma respondeu às
críticas sobre a ausência de vários
pontos no documento, como queriam as nações
em desenvolvimento e os movimentos sociais, tais
como a criação de um fundo para o
desenvolvimento sustentável e a transformação
do Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (Pnuma) em órgão autônomo.
Para
a presidenta, é necessário entender
a aprovação do rascunho do texto final
como uma vitória. “Temos que comemorar,
sim, como uma vitória do Brasil, ter conseguido
aprovar um documento que seja um documento oficial
entre os diferentes países, contemplando
posições distintas”, disse,
depois da reunião de Cúpula do G20
(países com as maiores economias do mundo),
em Los Cabos, no México.
Na
abertura da Rio+20, deverão estar presentes
cerca de 100 chefes de Estado e Governo. Pelo menos
50 têm direito a discursar, por cerca de cinco
a dez minutos. Pelo modelo de reuniões anteriores,
os presidentes, vice-presidentes, primeiros-ministros
e vice-primeiros-ministros fazem uma espécie
de balanço sobre o que seus países
avançaram na área de desenvolvimento
sustentável.
Um
dos discursos mais esperados, de acordo com os negociadores,
é o do presidente da França, François
Hollande. No cargo há cerca de um mês,
Hollande deve fazer um discurso oposto ao do seu
antecessor, Nicolas Sarkozy. O atual presidente
francês é defensor das questões
ambientais e do desenvolvimento sustentável.
+
Mais
Líderes
indígenas e religiosos rezam pelo planeta
e celebram abertura da cúpula da Rio+20
20/06/2012
- 9h44 - Rio+20 - Flávia Villela - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro –
Ambientalistas e lideranças religiosas e
indígenas de diferentes partes do mundo realizaram
nesta manhã (20) um encontro inter-religioso
para rezar pelo planeta. A pouco mais de 1 quilômetro
dali, chefes de Estado e de Governo chegavam ao
Riocentro, zona oeste do Rio, para o primeiro dia
da cúpula da Conferência das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20.
O
organizador do evento, Marcelo Shama, explicou que
o encontro reuniu diferentes gerações
e vários cultos para marcar o início
do inverno e a abertura da conferência. “Aqui
eles celebram o início de um novo tempo e
de transformação. A ideia foi abrir
os caminhos da Rio+20 para que as negociações
avancem e que se crie uma nova consciência
em relação ao meio ambiente e à
vida”.
A
ambientalista norte-americana Hanne Strong participou
da Rio92 e voltou à cidade desapontada com
a falta de avanços nas metas assumidas pelos
governantes que participaram da conferência
há 20 anos.
“É
frustrante. Todos os acordos estão dando
marcha a ré. Ainda estamos tentando fazer
valer acordos de 20 anos atrás. Sabemos que
os líderes mundiais não vão
fazer nada pelo planeta ou pelas pessoas. A mãe
Terra precisa da ajuda do povo e por isso que estou
aqui.”
Fonte: Agência Brasil