21/06/2012
- 14h40 - Thais Leitão - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A presidente
Dilma Rousseff destacou hoje (21), durante discurso
no fórum O Que as Mulheres Querem, na Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, Rio+20, que o governo brasileiro
vem fazendo esforços para assegurar os direitos
reprodutivos e sexuais das mulheres, como o planejamento
familiar. A presidenta, no entanto, não comentou
especificamente a exclusão do assunto do
documento final que os chefes de Estado e de Governo
vão assinar ao fim da conferência no
Rio de Janeiro.
“Aqui,
a palavra-chave para todos é acesso, sobretudo
das mulheres. No Brasil, estamos investindo para
superar dificuldades e precariedades no acesso aos
serviços públicos de saúde,
com pleno exercício dos direito sexuais e
reprodutivos, inclusive o planejamento familiar,
a gestação, o parto e o puerpério,
com assistência de qualidade”, disse
no fórum, promovido pela Organização
das Nações Unidas - Mulheres (ONU
Mulheres).
Ao
fim do pronunciamento da presidenta brasileira,
algumas participantes levantaram faixas lembrando
o tema, que foi abordado nos discursos de outras
líderes que participaram do encontro. Entre
elas, a ex-primeira ministra da Irlanda Mary Robinson,
que lamentou o fato de a defesa dos direitos reprodutivos
e sexuais das mulheres não ser abordada de
“forma clara” no documento final.
“É
uma pena que nesse documento não haja uma
referência tão clara sobre isso. As
mulheres vão ficar cientes disso”,
disse, acrescentando que ficou satisfeita com vários
elementos do texto que, segundo ela, foi fruto dos
esforços das mulheres envolvidas. “Apoio
e sempre vou apoiar o trabalho da ONU Mulheres.
Não deve haver um retrocesso em princípios
fundamentais porque fazer isso seria um sinal que
não é necessário para as mulheres
do mundo hoje”, completou.
Durante
o fórum, Dilma elogiou os esforços
da ex-presidenta do Chile e atual diretora executiva
da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, por ter conseguido
“tirar um documento entre todos os países
representados”. Ela enfatizou a importância
do exercício do multilateralismo como forma
de relação entre povos, nações
e governos.
“Até
recentemente havia a prática do bilateralismo
e de posições hegemônicas. Exercer
o multilateralismo implica levar em consideração
posições diversas das minhas ou de
cada um de nós. Avanço é quando
temos um padrão mínimo construído
por consenso”, ressaltou.
A
presidenta foi aplaudida pelos participantes do
encontro quando defendeu que a expansão da
participação das mulheres no mercado
de trabalho deve ser acompanhada pelo correspondente
engajamento dos homens nas tarefas domésticas,
que configura “um trabalho invisível,
mas que precisa ser compartilhado e reconhecido,
inclusive como contribuição para a
economia e as contas públicas”.
Michelle
Bachelet encerrou o evento ressaltando que as mulheres
enfrentam diferentes condições nos
variados países, mas enfatizou que é
preciso que um novo paradigma seja construído,
com a participação das mulheres, em
prol do desenvolvimento sustentável.
“As
mulheres devem ser parte disso, o planeta não
vai suportar sem um novo paradigma de desenvolvimento
sustentável, focado no desenvolvimento central
das pessoas, com suas diversidades, e na erradicação
da pobreza e de todo o tipo de desigualdade humana”,
destacou.
Ao
fim do evento, um grupo de participantes se manifestou
com palavras de ordem, dizendo: “O direito
das mulheres deve ser universal”.
+
Mais
Dilma
defende maior participação das mulheres
na política mundial
21/06/2012
- 12h41 - Thais Leitão - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A presidenta
Dilma Roussef defendeu hoje (21) uma maior participação
das mulheres na política mundial e ressaltou
que elas têm papel fundamental nos esforços
para a erradicação da pobreza
“As
mulheres e as crianças são a face
principal da pobreza no mundo. No Brasil são
as grandes aliadas para a erradicação
da pobreza, pois investem sua renda na família
e na comunidade”, afirmou a presidenta que
abriu, no Riocentro, na zona oeste da capital fluminense,
o fórum O Que as Mulheres Querem, promovido
pela Organização das Nações
Unidas - Mulheres (ONU-Mulheres), durante a Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, Rio+20.
Dilma
também alertou para a necessidade de aumentar
as políticas de acesso ao crédito
e à tecnologia específica para essa
parcela da população e destacou que
no Brasil, 90% dos cartões do Programa Bolsa
Família estão nas mãos de mulheres.
O
fórum reúne mulheres chefes de Estado
e de Governo, além de ministras e líderes
de países dos cinco continentes.
Fonte: Agência Brasil