21/06/2012
19:50 - Povos indígenas, Amazônia,
Educação ambiental, Inclusão
social - CNO Rio+20 - Secretária do Meio
Ambiente do estado do Amazonas assina pacto para
educação ambiental com a Ocean Futures
Society
No
início da tarde desta quinta-feira, 21 de
junho, o governador do Amapá, Camilo Capiberibe,
entregou a Carta da Amazônia Brasileira ao
diretor-executivo da Rio+20, Brice Lalonde, e à
ministra de Relações Institucionais,
Ideli Salvatti, durante o encontro “Construindo
Juntos o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”,
realizado no Riocentro. O documento, que contém
456 proposições, artigos e demandas,
é resultado de um trabalho conjunto entre
os governos dos nove estados integrantes da Amazônia
Legal.
“Entregarei
esta carta aos países membros da ONU e, com
certeza, ela será divulgada por todo o mundo.
Ela representa a voz da Amazônia”, afirmou
Lalonde.
Almir
Suruí, representante dos povos indígenas,
parabenizou os governadores pela carta, que, segundo
ele, é “um grande pacto pela Amazônia,
que mostra para o mundo como é possível
valorizar a nossa cultura e a nossa floresta em
pé”. “Com isso, seremos capazes
de construir um mundo mais sustentável e
mais justo”, finalizou.
Além
da preservação da Amazônia,
a inclusão social e a educação
ambiental com foco nas crianças também
foram tema dos debates.
A
ministra Ideli Salvatti declarou que o documento
é de suma importância para a inclusão
da Amazônia Brasileira nas principais agendas
ambientais. “Todos os pontos que estão
contidos nessa carta são fundamentais para
que possamos lutar pela dignidade e pela inclusão
das pessoas que vivem na Amazônia”.
Ao
final das discussões, a Secretaria do Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do
estado do Amazonas, Nádia Ferreira, e o presidente
da Ocean Futures Society, Jean-Michel Cousteau,
assinaram documento em que se comprometem a trabalhar
a questão da educação ambiental
de forma integrada.
Estiveram
presentes também o chefe de assuntos federativos
da Presidência da República, Olavo
Noleto, o doutor Roberto Vicentini, do Instituto
Chico Mendes, o governador de Roraima, José
Anchieta Júnior, o governador de Rondônia,
Confúcio Moura, o vice governador do Mato
Grosso, Chico Daltro, a presidenta da Ocean Futures
Society no Brasil, Leda Bozaciyan, deputados, senadores
e representante das organizações da
sociedade civil.
+
Mais
Projeto
estuda os seis biomas brasileiros
21/06/2012
14:30 - CNO Rio+20 - Objetivo da rede de pesquisa
é conhecer melhor a biodiversidade brasileira
e criar tecnologias de produção sustentável
- O Brasil é um dos países com maior
potencial para produção sustentável
no mundo, pois apresenta uma rica biodiversidade.
Além disso, é pioneiro em inovação
de tecnologias agropecuárias e preserva 61%
do seu território com vegetação
nativa. Na busca por desenvolver uma agropecuária
cada vez mais sustentável, a Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apresentou
durante a Rio+20 o Projeto Biomas, no espaço
AgroBrasil, localizado no armazém 4 do Píer
Mauá.
O
projeto inovador estudará os seis principais
biomas brasileiros e estabelecerá uma rede
de pesquisa abrangente para elaborar modelos de
produção sustentável em todas
as regiões do país, com foco no uso
da árvore nas propriedades. São mais
de 200 pesquisadores que farão análises
da vegetação em estudo e usarão
uma fazenda modelo como referência para desenvolver
tecnologias.
Serão seis biomas estudados:
Amazônia
Caatinga
Cerrado
Mata Atlântica
Pantanal
Pampas
A fase inicial do projeto, lançado ano passado,
durará nove anos e conta com aporte de R$
20 milhões da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
"Vamos mostrar ao mundo que o Brasil não
é apenas um grande produtor de alimentos,
também apresenta uma produção
agropecuária embasada em técnicas
científicas e ambientalmente sustentáveis",
afirma a senadora Kátia Abreu, presidente
do CNA.
Além
de avaliar resultados de pesquisas já existentes,
o projeto conceberá pesquisas de caráter
diagnóstico, monitoramento e experimental
em Áreas de Preservação Permanente
(APPs), Reserva Legal (RL) e seus entornos, gerando
modelos de uso e preservação que possam
ser mais coerentes com as realidades locais.
Com
o auxílio do Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar), também será realizado
o trabalho de extensão rural, em que será
feita a capacitação de agentes locais
para que eles possam transferir os conhecimentos
obtidos pelos produtores rurais nas fazendas estudadas.
Fonte: CNO Rio+20