22/06/2012
10:25 - Inclusão social, Agenda ambiental
- CNO Rio+20 - Milhares de pessoas que vivem na
extrema pobreza em todo o no mundo poderão
ser beneficiadas com uma proposta brasileira, que
foi incluída no documento final da Conferência
das Nações Unidas Rio+20, segundo
informação divulgada nesta quinta-feira
(21), pelo Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS).
A
iniciativa defende a criação do Piso
de Proteção Socioambiental Global,
no qual os países se comprometem a garantir
uma renda mínima para a população
mais pobre, ao lado de ações de recuperação
e preservação ambiental. A meta é
incorporar a transferência de renda a atividades
sustentáveis.
“A
experiência recente do país,como um
exemplo de redução da pobreza nos
últimos dez anos, é consistente. Mais
de 28 milhões de pessoas deixaram a pobreza.
O ritmo de crescimento é continuo e com qualidade,
pois reduz a pobreza e a desigualdade, com aumento
de empregos formais”, ressaltou o secretário
extraordinário para Superação
da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS), Tiago Falcão, que representou
a ministra Tereza Campello durante encontro na quarta-feira
(20), na Rio+20.
Segundo
o ministério, o programa Bolsa Verde do MDS
é o melhor exemplo de como deve ser implementada
a nova proposta. A iniciativa oferece remuneração
trimestral de R$ 300 a famílias que já
participam do Programa Bolsa Família. Os
beneficiários vivem em reservas extrativistas,
em assentamentos da reforma agrária ou em
florestas nacionais. Em troca, elas devem promover
a conservação ambiental das regiões
onde moram e trabalham. De acordo com o MDS, atualmente
cerca de 50 mil famílias são beneficiárias
com Bolsa Verde.
“O
Bolsa Verde é a experiência mais promissora
que procura enfrentar a pobreza e combater ao mesmo
tempo a degradação ambiental. Mais
do que a renda, o programa agrega outras ações
públicas, como acesso à educação
e à saúde”, destacou o secretário
de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável
do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A
iniciativa de incluir o piso no documento da Rio+20
deve estimular os países a desenvolver planos
nacionais de proteção ambiental. Cada
país ficará responsável por
transferir o auxílio à população,
implementar serviços básicos para
assegurar a qualidade ambiental e incentivar o uso
de tecnologias sustentáveis.
+
Mais
Rio+20
termina nesta sexta-feira com divulgação
do documento “O Futuro que Queremos”
22/06/2012
14:30 - Energia Limpa, Erradicação
da Pobreza, Desenvolvimento Sustentável,
Rio+20, Economia Verde, Agenda ambiental - CNO Rio+20
- A Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20
termina nesta sexta-feira, 22 de junho, às
15h, com a divulgação do documento
final, de 49 páginas, denominado O Futuro
Que Queremos. A secretária de Estado norte-americana,
Hillary Clinton, que chegou nesta madrugada no Rio
de Janeiro, participa do encerramento.
O
saldo da conferência foi considerado positivo
pelo chefe da delegação do Brasil
na Rio+20, embaixador André Corrêa
do Lago. “O principal é fazer com que
o desenvolvimento sustentável se transforme
em paradigma em todos seus aspectos - social, ambiental
e econômico”, disse. Para autoridades
brasileiras, é um avanço o compromisso
de atrelar desenvolvimento sustentável à
erradicação da pobreza em todo o mundo.
Organizações
não governamentais (ONGs) promoveram vários
protestos durante a conferência e prometem
apresentar um balanço das discussões
e recomendações, reivindicando, entre
outros pontos, a ampliação de poderes
do Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (Pnuma).
Integrantes
da Cúpula dos Povos, evento da sociedade
civil paralelo à Rio+20, realizado no Aterro
do Flamengo, entregaram o documento, pela manhã,
ao secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon, no Riocentro. O texto foi elaborado
durante as plenárias organizadas pelas ONGs
e outros movimentos sociais. O grupo, presidido
por Iara Pietrovsky, integrante da articulação
da cúpula, receberá o secretário
na chegada ao local.
Rio+20
O
documento oficial da conferência - “O
Futuro que Queremos” - tem 49 páginas
e está dividido em seis capítulos
e 283 itens. Os capítulos mais relevantes
são os que tratam de financiamentos e meios
de implementação (relacionados às
metas e compromissos que devem ser cumpridos).
A
Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável –
a Rio+20 – acontece 40 anos depois da Conferência
de Estocolmo e 20 anos depois da Rio 92. A realização
no Brasil foi aprovada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas, em sua 64ª Sessão,
em 2009. A proposta é avaliar os avanços
até agora e propor novas metas para o desenvolvimento
sustentável.
A
Rio+20 é assim conhecida porque marca os
vinte anos de realização da Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir
para definir a agenda do desenvolvimento sustentável
para as próximas décadas.
O
objetivo do evento é a renovação
do compromisso político com o desenvolvimento
sustentável, por meio da avaliação
do progresso e das lacunas na implementação
das decisões adotadas pelas principais cúpulas
sobre o assunto e do tratamento de temas novos e
emergentes, de acordo com a Resolução
64/236 da Assembleia-Geral das Nações
Unidas.
Energia
limpa
No
encerramento da Rio+20, a secretária de Estado
norte-americana, Hillary Clinton, deve anunciar
o lançamento de novo mecanismo de financiamento
para a energia limpa e defender as medidas que levam
ao desenvolvimento sustentável com inclusão
social. A proposta apresenta diferentes tipos de
apoio para atrair investimentos do setor privado
a projetos de energia limpa, principalmente na África.
Fonte: CNO Rio +20