22/06/2012
19:00 - CNO Rio+20 - Mais de 63 mil pessoas de 193
países contribuíram com os Diálogos
para o Desenvolvimento Sustentável, elaborando
recomendações para líderes
mundiais
Uma plataforma inovadora marcou a discussão
sobre desenvolvimento sustentável na Rio+20.
Com os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável,
realizou-se pela primeira vez em conferências
das Nações Unidas um processo participativo
e inclusivo para que representantes da sociedade
civil pudessem apresentar recomendações
ao Segmento de Alto Nível da Conferência.
Os
Diálogos consistiram em dez rodadas de discussão,
com dez participantes em cada uma, que abordaram
temas prioritários da agenda internacional
de sustentabilidade. Foram conduzidos durante a
Rio+20, no Riocentro, entre 16 e 19 de junho.
Contou
com um público médio de 1.300 pessoas
e seus debates foram transmitidos ao vivo pelo site
das Nações Unidas.
A
cada rodada, três propostas foram escolhidas,
uma pelos palestrantes, uma pelos participantes
da sessão e uma pelos internautas. No final,
as trinta sugestões mais votadas foram levadas
diretamente aos Chefes de Estado e de Governo presentes
na Conferência.
O
mais interessante é que os temas debatidos
em cada painel tinham sido escolhidos por pessoas
de diversas partes do mundo. Iniciado em abril,
esse processo envolveu cerca de 30 representantes
de universidades e centros de pesquisa no mundo
que coordenaram discussões abertas pela internet.
As propostas podiam ser votadas online e mais de
63.000 pessoas de 193 países deram cerca
de 1,4 milhão de votos.
Os
temas debatidos foram: (1) desemprego, trabalho
decente e migrações; (2) desenvolvimento
sustentável como resposta às crises
econômicas e financeiras; (3) desenvolvimento
sustentável para o combate à pobreza;
(4) a economia do desenvolvimento sustentável,
incluindo padrões sustentáveis de
produção e consumo; (5) florestas;
(6) segurança alimentar e nutricional; (7)
energia sustentável para todos; (8) água;
(9) cidades sustentáveis e inovação;
(10) oceanos.
É
esperado que os Chefes de Estado e de Governo, e
outros membros das Mesas Redondas, possam tomar
nota do conjunto de 30 recomendações
e considerar formas de dar continuidade à
experiência dos Diálogos.
+
Mais
Instituto
Mamirauá mostra ações envolvendo
homem e ambiente
22/06/2012
13:15 - Rio+20, Brasil, Desenvolvimento Sustentável
- CNO Rio+20 - O equilíbrio entre o homem
e a natureza e entre o conhecimento tradicional
e o saber científico, no coração
da Amazônia. Essa é a experiência
apresentada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável
Mamirauá (IDSM) em seu estande no Armazém
4 do Píer Mauá.
O
IDSM, fomentado pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, é o
gestor de duas reservas de desenvolvimento sustentável
(RDSs), onde vivem ao todo cerca de 10 mil pessoas,
no Amazonas. Trata-se de áreas protegidas
que têm como objetivo conciliar a conservação
da biodiversidade com o desenvolvimento sustentável.
A de Mamirauá é a primeira desse tipo
no país e ocupa uma área de 1,1 milhão
de hectares. A de Amanã tem 2,4 milhões
de hectares.
“A
reserva Mamirauá se localiza em uma região
de floresta de várzea, que representa apenas
cerca de 5% da vegetação da Amazônia”,
explica a pesquisadora de aves Bianca Bernardon.
“Lá, desenvolvemos pesquisas na flora,
fauna e na área social. Temos também
projetos de conservação, como o voltado
para o peixe-boi.”
Ela
também destaca os projetos envolvendo a pesca
sustentável do pirarucu. “Ensinamos
o manejo do animal e agora os pescadores podem pegar
uma determinada quantidade do peixe, garantindo
uma população consistente da espécie”,
conta.
A
instituição também pesquisa
tecnologias, diretamente da região, por meio
do Núcleo de Inovações Tecnológicas.
“São tecnologias de desenvolvimento
sustentável com aplicabilidade para as populações
da Amazônia”, explica o coordenador
do núcleo, Josivaldo Modesto.
Um
dos projetos mostrados na Rio+20 é a casa
flutuante, que tem madeira certificada na base e
madeira tratada com hidrorrepelentes nas paredes,
garantindo durabilidade, especialmente em uma região
tão úmida e permanentemente alagada,
além de um telhado feito de garrafas PET
recicladas. A energia elétrica é obtida
por meio de painéis solares e a casa tem
ainda um sistema de reciclagem de água, tanto
da chuva quanto dos rios.
“São
três casas implementadas”, explica Modesto.
“Temos 13 bases de pesquisa, no total, e estamos,
aos pouco, substituindo os projetos antigos pelos
novos. O bom é que ficamos próximos
das comunidades e podemos ensinar práticas
sustentáveis.”
Pavilhão
Brasil
O
Instituto Mamirauá está presente no
eixo de Meio Ambiente do Pavilhão Brasil,
no Parque dos Atletas. Visitantes podem conferir
um vídeo institucional que apresenta a Reserva
de Desenvolvimento Sustentável (RDS), no
Amazonas. A produção tem 12 minutos
e fica disponível para o público até
domingo (24).
O
Pavilhão Brasil na Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável apresenta uma mostra sobre a
evolução desse setor no cenário
brasileiro, dividida em cinco eixos: Inovação
e produção agrícola sustentável;
Inclusão social e cidadania; Energia e infraestrutura;
Turismo, grandes eventos e cultura; e Meio ambiente.
O
espaço possui uma área de 4 mil metros
quadrados e abriga uma exposição multimídia
sobre programas e projetos dos ministérios
e órgãos pertencentes ao governo federal.
Também são realizadas atividades e
palestras.
Fonte: CNO Rio +20