22/06/2012
- 17h14 - Rio+20 - Carolina Gonçalves e Vitor
Abdala - Repórteres da Agência Brasil
- Rio de Janeiro – Em sua última missão
como representante da Organização
das Nações Unidas (ONU), o chinês
Sha Zukang, que ocupa o cargo de secretário-geral
da Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20,
cobrou hoje (22) responsabilidade dos empresários,
sociedade civil e líderes dos 193 países
que participam do evento.
Zukang
disse que, mesmo sob críticas, o documento
final da Rio+20, que será apresentado hoje
(22) em uma sessão plenária de encerramento
da cúpula, consolida pontos acordados entre
as nações. Aliado a esses compromissos
governamentais, o chinês acrescentou a importância
de contribuições apresentadas pela
sociedade civil em debates paralelos e dos comprometimentos
anunciados pelo setor privado em diversas áreas.
“Os
resultados complementam-se e os compromissos firmados
são importantes, mas o trabalho começa
agora. Prometer é fácil. Mas manter
os compromissos com a sustentabilidade exige esforço”,
alertou.
Até
o início da tarde desta sexta-feira, 692
compromissos voluntários foram apresentados
por grupos de empresas, instituições
financeiras, organismos de desenvolvimento, grupos
de voluntários e instituições
financeiras. As promessas de ações
e metas voltadas para o desenvolvimento sustentável
somam um montante de US$ 513 bilhões, segundo
balanço apresentado pela ONU.
Ao
lembrar da reunião de Copenhague, quando
líderes se comprometeram com medidas de redução
da emissão de gases de efeito estufa, Zukang
criticou o não cumprimento das metas e alertou
que, sem responsabilidade, a Rio+20 pode correr
o mesmo risco.
“Vocês
conhecem os compromissos assumidos em Copenhague.
Quem os cumpriu? Ninguém foi obrigado a se
comprometer com aquelas metas. Tudo foi apresentado
voluntariamente. Mas ninguém está
cumprindo”, disse. Zukang acrescentou que
“o que diferencia compromisso de uma simples
intenção de vontade é a responsabilidade”.
Os
representantes do setor privado estiveram divididos
em painéis, por temas. Em um dos grupos,
45 diretores e presidentes de empresas de vários
portes e origens anunciaram o compromisso com uma
série de práticas de gerenciamento
de recursos hídricos nas atividades diárias
e outros 25 empresários garantiram que vão
incluir cálculos de emissão de efeito
estufa nos balanços.
No
bloco liderado pelo banco asiático de desenvolvimento,
oito instituições prometeram investir
US$ 175 bilhões em transporte de baixa emissão
de gases de efeito estufa em alguns países
em desenvolvimento. Zukang ressaltou que esses compromissos
voluntários são “os grandes
legados” da conferência. “Há
grandes expectativas esperadas dos governos, mas
os governos não podem fazer o trabalho sozinhos.
Precisamos do apoio da sociedade e setor privado”.
+
Mais
Crianças
deixam mais de mil recados na Árvore da Vida
do Armazém Pop Ciência
22/06/2012
- 19h52 - Rio+20 - Da Agência Brasil - Rio
de Janeiro – A Árvore da Vida do Armazém
Pop Ciência recebeu mais de mil recados de
crianças com propostas para o bem do planeta
e foi enfeitada com mais de 3 mil desenhos. Segundo
os organizadores, os recados vão contribuir
para um documento denominado Carta das Crianças
para a Terra, que será encaminhado a dirigentes
de diversos países e difundido pela internet.
As
crianças que deixaram seus recados mostram
sua preocupação com o futuro da humanidade,
como é o caso da estudante Maria Vitória,
de 12 anos. “Já se passaram 20 anos
da Rio92 [Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento], será
que mudamos algo no cotidiano? Salvem o meio ambiente”.
O
estudante do 2º ano do ensino fundamental,
Guilherme Ponciano, de 7 anos, fez questão
de deixar o seu recado na Árvore da Vida
com um pedido para os adultos. “Cuide bem
do planeta”, escreveu.
No
Armazém Pop Ciência, ou Armazém
de Popularização da Ciência,
iniciativa do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, foi montada
também a exposição Biomas do
Brasil, que recebeu centenas de visitantes. Elaborada
pela Coordenação de Geografia do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
a exposição contou com um vasto material
audiovisual com modernos conceitos de interação
com os visitantes, incluindo um mapa dos biomas
montado no chão.
Segundo
José Carlos Lousada, da Coordenação
de Geografia do IBGE, o objetivo foi fazer com que
as pessoas tivessem uma idéia concreta de
como é o local onde moram. “A ideia
é que a pessoa ande sobre o território
e tenha uma noção de posicionamento
de seu município, de sua cidade, do seu estado,
em relação ao Brasil. No chão,
a gente pode andar sobre ele e cobrir uma distância
maior do que se estivesse na parede”, disse
Lousada.
A
amostra, que contempla os seis biomas brasileiros,
será exposta em outras capitais brasileiras.
Ela permite ainda que as pessoas conheçam
a densidade populacional do Censo Demográfico
2010.
O
Armazém Pop Ciência foi montado no
Cais do Porto do Rio de Janeiro e as atividades
se encerraram hoje (22). A iniciativa foi paralela
à Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
Rio+20, e teve a participação de 50
instituições de ensino e pesquisa,
com exposições sobre energia, biodiversidade
e mudanças climáticas, dentre outros
temas.
Fonte: Agência Brasil