Pick-upau
participa da aprovação de UCs em São
Paulo
Consema aprova duas Unidades de Conservação
Consema aprova decretos de criação
de duas novas unidades de conservação
Com
27 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção
o Conselho Estadual do Meio Ambiente – Consema aprovou
a criação do Parque Estadual da Restinga de
Bertioga, que vai preservar 98% dos remanescentes de Mata
de Restinga da Baixada Santista. Os conselheiros também
aprovaram, com 26 votos favoráveis, nenhum contrário
e uma abstenção a criação do
Monumento Natural da Pedra do Baú. Os conselheiros
aprovaram as minutas dos decretos nesta terça-feira,
26.10, durante a 84ª Reunião Extraordinária.
SMA-SP/Divulgação |
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Consema
aprovou a criação do Parque Estadual
da Restinga de Bertioga, que vai preservar 98% dos
remanescentes de Mata de Restinga da Baixada Santista |
O
diretor executivo da Fundação Florestal –
José Amaral Wagner Neto apresentou as características
de cada região e as justificativas para tornar cada
área protegida. O Parque Estadual da Restinga de
Bertioga abriga 44 espécies de flora ameaçadas
de extinção e o registro de 117 espécies
de aves, sendo 37 endêmicas e nove ameaçadas
de extinção. “Tentamos contemplar em
partes todas as propostas apresentadas para a delimitação
da área”, afirmou Neto, se referindo às
sugestões do Ministério Público, da
Prefeitura de Bertioga e do grupo de ambientalistas e pesquisadores,
entre outras.
Para o secretário adjunto do meio ambiente, Casemiro
Tércio Carvalho, o conselho teve maturidade e coragem
em aprovar a criação. “O Estado de São
Paulo deu mais um passo à frente na gestão
da biodiversidade. Nunca se criou tantas unidades de conservação
de qualidade e com debate em um processo conjunto com a
sociedade civil e as prefeituras”, declarou.
SMA-SP/Divulgação |
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Consema
aprova UCs |
A
área total do Parque é de 9.264 hectares (ha),
além da Área de Relevante Interesse Ecológico
– ARIE com 58 ha.
A Birdlife International /SAVE Brasil considerou a região
como uma “IBA” – sigla de “Important
Bird Area” – que são áreas criticamente
importantes para a conservação das aves e
da biodiversidade a longo prazo. A área apresenta
93 espécies de répteis e anfíbios (com
14 espécies ameaçadas e 14 raras), o que representa
a maior diversidade de herpetofauna na Mata Atlântica
do Estado e também abriga 117 espécies de
mamíferos, sendo 25 de médio e grande porte
(como a onça-parda, veado, anta, jaguatirica, mono-carvoeiro,
bugio, cateto e queixada, todos ameaçados de extinção)
e 69 morcegos, com seis espécies ameaçadas
de extinção constantes na listagem do Estado
de São Paulo, uma na listagem brasileira e uma na
listagem internacional.
Com relação ao meio físico, a área
protege as sub-bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba,
que apresentam boa disponibilidade hídrica e qualidade
da água, altíssima riqueza e fragilidade de
feições geomorfológicas que dão
suporte à alta biodiversidade da região, inclusive
nos ambientes marinho-costeiros. O patrimônio cultural
também é relevante com a presença de
sambaquis, indicando ocupação por povos pescadores-coletores-caçadores,
que podem remontar a 5 mil anos.
SMA-SP/Divulgação |
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Parque
Estadual da Restinga de Bertioga |
Pedra
do Baú
A criação do Monumento Natural da Pedra do
Baú, assim como o Parque Estadual da Restinga de
Bertioga, contou com ampla participação da
sociedade civil, principalmente os praticantes do montanhismo.
Inserida integralmente no município de São
Bento do Sapucaí, a área abrange 3.245 hectares
com registros da existência de lobo-guará,
muriqui (primata), águia-cinzenta, gavião
pega-macaco, cuiú-cuiú (também conhecida
por maitaca e periquito-grego) e sagui-da-serra.
“O Monumento Natural da Pedra do Baú tem o
objetivo de preservar locais raros de grande beleza cênica
e desde 1992 há propostas de proteção
dessa área”, afirmou José Amaral Wagner
Neto.
SMA-SP/Divulgação |
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Monumento
Natural da Pedra do Baú. |
A
criação do Monumento Natural da Pedra do Baú
visa conservar e recuperar a paisagem local, remanescentes
de vegetação e abrigos de fauna; proteger
recursos hídricos importantes para o abastecimento
municipal; ordenar uso do território para conservação
dos atributos naturais, da atratividade turística
e do patrimônio coletivo; e organizar a visitação
turística e o uso esportivo do complexo rochoso.
A nova UC também pretende reforçar os mecanismos
de proteção da Área de Proteção
Ambiental Estadual Sapucaí-Mirim. Fonte SMA-SP
Texto: Valéria Duarte e Dimas Marques
Fotografia: José Jorge, Adriana Mattoso e João
Mauro Carrillo
Após
criação das UCS São Paulo é
destaque em Convenção de Biodiversidade no
Japão
O
pioneirismo do Estado de São Paulo na agenda de áreas
protegidas foi reconhecido durante a 10ª Conferência
das Partes da Convenção das Nações
Unidas sobre Diversidade Biológica – COP10,
em Nagoya, no Japão. A aprovação das
minutas dos decretos que criam o Parque Estadual da Restinga
de Bertioga e o Monumento Natural da Pedra do Baú
repercutiu positivamente entre representantes de diversas
Organizações Não Governamentais –
ONGs, que parabenizaram a iniciativa paulista.
O
reconhecimento veio em forma de convite para aderir ao programa
“Embaixadores da Floresta”, lançado pelo
WWF mundial, com o objetivo de unir esforços contra
o desmatamento em todo o planeta. O secretário estadual
do meio ambiente, Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo, que
está acompanhando as discussões em Nagoya,
prontamente aderiu à iniciativa da ONG.
SMA-SP/Divulgação |
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Criação
das UCS São Paulo é destaque em
Convenção de Biodiversidade no Japão
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O
secretário, que é co-presidente para o hemisfério
sul da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento
– nrg4SD, se encontrou com o prefeito de Malmo, na
Suécia, Ilmar Reepalu, que também é
o presidente do Committe os the Regions – CoR da União
Européia, para iniciar entendimentos, entre as duas
entidades que congregam governos regionais e locais, relacionados
à agenda ambiental.
Durante
o encontro, os dois presidentes manifestaram a intenção
de firmar um protocolo entre as duas organizações,
especialmente após a aprovação do Plano
de Ação, um dos primeiros documentos a obter
consenso na COP10. O plano teve grande impulso no encontro
de Cidades e Biodiversidade, realizado em Curitiba em janeiro
de 2010, e foi reforçado por São Paulo na
qualidade de co-presidente do hemisfério sul da nrg4SD.
Este esforço foi reconhecido pela organização
da COP10, por ocasião do encontro entre o secretario
Pedro Ubiratan e o representante do secretariado da Convenção
de Diversidade Biológica – CDB, Oliver Hillel,
na tarde desta quarta-feira, 27.10.
Economia Verde
A
convite de Pavan Sukhdev, líder da iniciativa Economia
Verde e do estudo The Economic of Ecossystems and Biodiversity
– TEEB, o secretário Pedro Ubiratan apresentou
as iniciativas de pagamentos por serviços ambientais,
com destaque para o projeto Mina D’Água, da
Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, que remunera
produtores rurais que conservam as nascentes localizadas
em suas propriedades.
A
apresentação ocorreu na última segunda-feira,
25.10, no centro de convenções da COP10, onde
foi promovido o painel sobre estudos de caso de TEEB e ações
locais. A posição de vanguarda do Governo
de São Paulo, especialmente no que tange a integração
da agenda da economia verde com a legislação
de mudanças climáticas, foi reconhecida durante
o painel, que foi presidido por Yolanda Kakabadse, presidente
mundial do WWF. Fonte: SMA-SP
Texto: Valéria Duarte
+ Mais
Antes
da aprovação pelo Consema a criação
da Unidade de Conservação em Bertioga já
era consenso em audiência pública
A Fundação Florestal, órgão
da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
- SMA responsável pela gestão de Unidades
de Conservação, e o Conselho Estadual do Meio
Ambiente - Consema realizaram ontem, 07.10, em Bertioga,
a audiência pública para apresentação
e discussão de propostas de criação
do Parque Estadual Restinga de Bertioga. O evento, que contou
com a presença de mais de 300 pessoas, é parte
de um amplo processo de diálogo com órgãos
governamentais, pesquisadores e representantes da sociedade
civil organizada.
“Essa
foi a melhor de todas as audiências públicas
sobre a criação de uma Unidade de Conservação.
Está claro para todos, moradores, Prefeitura, ambientalistas
e pesquisadores, a importância ambiental desse território.
Esse consenso é um enorme sucesso”, afirmou
o diretor executivo da Fundação Florestal
– FF, José Amaral Wagner Neto, no final da
audiência.
SMA-SP/Divulgação |
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José
Amaral Wagner Neto, diretor executivo da Fundação
Florestal. |
Durante
o evento, realizado na Prefeitura de Bertioga com duração
de cinco horas, foram apresentadas as propostas da Fundação
Florestal, da Prefeitura, do Ministério do Meio Ambiente
e de um grupo de ONGs e pesquisadores. Também foram
expostas as iniciativas de criação de duas
Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNs,
da Companhia Fazenda Acaraú (denominada RPPN Hércules
Florence) e da Barma Empreendimentos e Participações.
No
total, 52 se inscreveram para manifestar apoio, fazer sugestões,
críticas e apresentar suas opiniões sobre
as propostas expostas. Um grupo fantasiado de animais silvestres,
turistas e empreendedores imobiliários encenou uma
pequena peça defendendo a preservação
da fauna.
O
prefeito de Bertioga, Mauro Orlandini, destacou a importância
do envolvimento de toda a comunidade e afirmou que a proposta
encaminhada por sua equipe é o resultado de 16 encontros
anteriores. Após a realização da audiência
ainda há um prazo de cinco dias úteis para
o envio, para o Consema ou a Fundação Florestal,
de novas propostas. Todas as contribuições
serão analisadas e estudadas para ser elaborado um
projeto final da nova Unidade de Conservação.
Proposta da Fundação
Florestal
O
Polígono Bertioga é um contínuo florestal
com 8 mil hectares caracterizado por conter preservados
trechos de restinga, que engloba as fozes dos rios Itaguaré
e Guaratuba e a floresta localizada entre a rodovia Mogi-Bertioga
e a faixa das linhas de alta tensão. A área
- com a mesma dimensão do Parque Estadual da Cantareira,
na Região Metropolitana de São Paulo - está
submetida desde 30 de março de 2010 à “limitação
administrativa provisória”.
Essa
medida legal, amparada na Lei Federal 9.985/2000, conhecida
como Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
- SNUC, foi tomada para permitir o aprofundamento de estudos
que indicam a necessidade da criação de um
regime especial de proteção aos ecossistemas
ali existentes.
A
área a ser protegida foi definida a partir de estudo
inicial de 10.393,8 hectares, que também incluía
trechos de São Sebastião. Essa primeira indicação
consta como parte do resultado do projeto “Criação
e Ampliação de Unidades de Conservação
no Estado de São Paulo com Base no Princípio
da Representatividade”, desenvolvido pela Fundação
Florestal em parceria com a ONG WWF-Brasil e o Instituto
Florestal - IF.
O
desenho do atual Polígono Bertioga foi definido após
a exclusão da área indígena Guarani
e de manchas urbanas ou em processo consolidação
de urbanização. Os estudos realizados pelo
WWF-Brasil e o Plano de Manejo do Parque Estadual Serra
do Mar indicam que essa área constitui importante
corredor biológico entre ambientes marinho-costeiros,
a restinga e a Serra do Mar, formando um continuo, cuja
proteção é fundamental para garantir
a perpetuidade dos seus processos ecológicos e fluxos
gênicos.
Rica biodiversidade
Com
relação à cobertura vegetal, a área
apresenta todas as fitofisionomias citadas para o litoral
paulista, com destaque para Manguezal, Restinga e Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas; abriga 98% dos
remanescentes de Mata de Restinga da Baixada Santista; apresenta
44 espécies ameaçadas de extinção
e abriga 53 espécies de bromélias - 1/3 das
espécies de todo o Estado.
Já
com relação à fauna, foram registradas
117 espécies de aves, sendo 37 endêmicas e
nove ameaçadas de extinção. A Birdlife
International /SAVE Brasil considerou a região como
uma “IBA” - sigla de “Important Bird Area”
- que são áreas criticamente importantes para
a conservação das aves e da biodiversidade
a longo prazo; apresenta 93 espécies de répteis
e anfíbios (com 14 espécies ameaçadas
e 14 raras), o que representa a maior diversidade de herpetofauna
na Mata Atlântica do Estado; abriga 117 espécies
de mamíferos, sendo 25 de médio e grande porte
(como a onça-parda, veado, anta, jaguatirica, mono-carvoeiro,
bugio, cateto e queixada, todos ameaçados de extinção)
e 69 morcegos, com seis espécies ameaçadas
de extinção constantes na listagem do Estado
de São Paulo, uma na listagem brasileira e uma na
listagem internacional.
Outras riquezas
Com
relação ao meio físico, a área
protege as sub-bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba,
que apresentam boa disponibilidade hídrica e qualidade
da água; apresenta altíssima riqueza e fragilidade
de feições geomorfológicas que dão
suporte à alta biodiversidade da região, inclusive
nos ambientes marinho-costeiros.
O
patrimônio cultural também é relevante
com a presença de sambaquis, indicando ocupação
por povos pescadores-coletores-caçadores, que podem
remontar a 5 mil anos. Fonte: SMA-SP
Texto: Dimas Marques
Fotografia: Dimas Marques
Sobre
o Pick-upau
O Pick-upau é uma organização não-governamental
sem fins lucrativos de caráter ambientalista 100%
brasileira dedicada a preservação e a manutenção
da biodiversidade do planeta. Fundada em 1999, por três
ex-integrantes do Greenpeace-Brasil e originalmente criada
no Cerrado brasileiro, tem sua base, próxima a uma
das últimas e mais importantes reservas de mata atlântica
da cidade São Paulo, a maior metrópole da
América Latina. Por tratar-se de uma organização
sobre Meio Ambiente, sem uma bandeira única, o Pick-upau
possui e desenvolve projetos em diversas áreas ambientais.
Saiba mais: www.pick-upau.org.br
Sobre
o Consema
Criado em 1983, por decreto do Governador Montoro, e diretamente
subordinado ao seu gabinete, o Consema serviu de embrião
para a formação da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente à qual está hoje integrado.
O Consema foi concebido no contexto em que a discussão
social de assuntos ambientais tornou-se urgente. Problemas
como a poluição de Cubatão, que em
1983 apresentava níveis assustadores, a ameaça
à sobrevivência da Floresta Atlântica
da Serra do Mar, o ingresso da cidade de São Paulo
no triste ranking das cidades mais poluídas do mundo
e o início das obras para a construção
de usinas nucleares na bela região que, anos depois,
se transformaria na Estação Ecológica
da Jureia-Itatins, começavam a alarmar uma sociedade
antes quase que alienada das questões ambientais.
Estes problemas caracterizaram-se como os primeiros desafios
enfrentados pelo Conselho, que nasceu para atender os anseios
da sociedade e para introduzir definitivamente a política
ambiental no cenário político do Estado.
Na
verdade, a criação do Conselho Estadual do
Meio Ambiente coincidiu com o processo de redemocratização
do país, vivido no princípio dos anos 80.
Sua criação ocorreu em um momento propício,
o da reaproximação dos órgãos
governamentais com os setores da sociedade civil. Um período
em que a sociedade clamava por maior participação
e espaço, para influir em decisões que lhe
dizem respeito, como é o caso típico da questão
ambiental, sendo o meio ambiente patrimônio de todos.
Atribuições:
São amplas – vão da proposição,
acompanhamento e avaliação da política
ambiental, no que se refere à preservação,
conservação, recuperação e defesa
do meio ambiente, passando pelo estabelecimento de normas
e padrões ambientais, até à apreciação
de Estudos e Relatórios de Impacto sobre o Meio Ambiente
– e deverão ser revistas à luz do Art.
193 da Constituição do Estado, que o transforma
em órgão normativo e recursal, e no contexto
da rearticulação e do redesenho que se pretende
para o Sistema de Meio Ambiente, depois da Lei 9509/97 que
instituiu o SEAQUA-Sistema Estadual de Administração
da Qualidade Ambiental. Na verdade, o Consema é um
fórum democrático de discussão dos
problemas ambientais e instância catalizadora de demandas
e de proposições de medidas que aprimoram
a gestão ambiental do Estado. É, neste sentido,
um espaço de encontro do governo com os segmentos
organizados da sociedade.
Estrutura
e funcionamento: Deixando-se de lado a Presidência
e a Secretaria Executiva que coordenam as ações
do Conselho, sua estrutura é formada por dois órgãos
permanentes, o Plenário e as Câmaras Técnicas,
e um temporário, as Comissões Especiais. Cabe
às Comissões Especiais preparar as matérias,
sobretudo normas, diretrizes, propostas de resolução
etc., a serem apreciadas pelo Plenário ou, em seu
nome, acompanhar determinadas atividades ligadas à
área de meio ambiente. Às Câmaras Técnicas
cabe discutir a viabilidade ambiental de empreendimentos
sujeitos a EIA/RIMA e aprová-los ou reprová-los,
em nome do Plenário, a não ser que este avoque
a si sua apreciação. O Plenário se
reúne, pelo menos, uma vez por mês, e as Câmaras
Técnicas e as Comissões Especiais, tantas
vezes quantas forem necessárias. As reuniões
do Plenário e as das Câmaras Técnicas
são abertas ao público, assim como, obviamente,
as Audiências Públicas.
Saiba mais: http://www.ambiente.sp.gov.br
Sobre
Parques Estaduais
Os parques constituem unidades de conservação,
terrestres e/ou aquáticas, normalmente extensas,
destinadas à proteção de áreas
representativas de ecossistemas, podendo também ser
áreas dotadas de atributos naturais ou paisagísticos
notáveis, sítios geológicos de grande
interesse científico, educacional, recreativo ou
turístico, cuja finalidade é resguardar atributos
excepcionais da natureza, conciliando a proteção
integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a
utilização para objetivos científicos,
educacionais e recreativos. Assim, os parques são
áreas destinadas para fins de conservação,
pesquisa e turismo. Podem ser criados no âmbito nacional,
estadual ou municipal, em terras de seu domínio,
ou que devem ser desapropriadas para esse fim.
A
pesquisa científica depende de autorização
prévia do órgão responsável
pela administração da unidade e está
sujeita às condições e restrições
por este estabelecidas, bem como àquelas previstas
em regulamento. As unidades dessa categoria, quando criadas
pelo Estado ou Município, serão denominadas,
respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal.
Além dos instrumentos jurídicos da categoria
no âmbito federal e estadual paulista e das unidades
de conservação do Estado de São Paulo,
o Projeto considerou trabalhos de diversos autores, especialistas
em conservação e em direito ambiental.
Baseada
no histórico da proteção, a análise
mostra que a categoria Parque traduzia já em 1876
a preocupação com a salvaguarda do patrimônio
ambiental através de proposta de criação
de dois parques nacionais, um na Ilha do Bananal, a maior
ilha fluvial do mundo, na divisa de Tocantins (Goiás,
à época da proposta) com Mato Grosso, às
margens do Rio Araguaia; e o Parque Nacional do Guairá,
no Paraná. No entanto, somente em 1937, deu-se a
criação do primeiro parque nacional brasileiro,
o de Itatiaia. Esta categoria de manejo é a mais
conhecida mundialmente para a proteção da
biodiversidade. A legislação para esta categoria
é farta, o que possibilitaria uma melhor gestão
e manutenção dessas unidades, se houvesse
interesse político e econômico. Sistema Nacional
de Unidades de Conservação - Lei 9.985 de
18 de julho de 2000. Áreas Especialmente Protegidas
no Espaço de São Paulo: Levantamento e Definição
de Parâmetros para administração e Manejo.
Fonte: Fundação Florestal de São Paulo
Veja
a minuta do Decreto
Da Redação
Fotos: SMA/Divulgação