Encontro
técnico discute pré-sal em Santos
Presidente do Pick-upau, membro do Consema, participou de
encontro
A
crescente dúvida sobre os impactos ambientais que
a exploração da camada pré-sal pode
gerar no litoral paulista resultou num encontro técnico
sobre o desenvolvimento dos projetos, em Santos. Participaram
da reunião a Secretaria do Estado do Meio Ambiente-SMA,
a Petrobras, prefeituras da Baixada Santista e a sociedade
civil representada por membros do Consema, entre eles, Andrea
Nascimento, presidente da Agência Ambiental Pick-upau.
Pedro
Calado/SMA-SP/Divulgação |
|
O
Secretário Estadual do Meio Ambiente, Pedro Ubiratan
Escorel de Azevedo, o gerente geral da Unidade de Operações
da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso
e o vice-prefeito de Santos, Carlos Teixeira Filho, estiveram
do encontro. Além deles, também participaram
os técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo – Cetesb, do Conselho Estadual de Meio Ambiente
– Consema, da Fundação Florestal –
FF e da Polícia Ambiental, além dos secretários
de Meio Ambiente de Santos, Fábio Alexandre Nunes,
de Planejamento, Bechara Abdala Pestana Neves, e de Desenvolvimento,
Márcio Antônio Rodrigues de Lara.
Pedro
Calado/SMA-SP/Divulgação |
|
O encontro teve
início com Marcusso, gerente da Petrobras, divulgando
os dados e projeções da exploração
da Bacia de Santo. Ele disse que “A bacia começa
na divisa de Cabo Frio e se estende até Florianópolis,
passando por todo litoral paulista. É uma das maiores
províncias de hidrocarbonetos do mundo. Atualmente
são 60 mil barris de petróleo, até
2020 serão 1,8 milhão, entre exploração
própria da Petrobras e parceiros”.
“Nós
temos um plano de contenção e de riscos, mas
nosso objetivo é evitar que eles aconteçam”,
disse Marcusso quando foi indagado pelos Conselheiros do
CONSEMA a respeito de ações para evitar que
acidentes afetem o ecossistema marinho local, destacando
que a prioridade é impedi-los.
Ações estratégicas
Marcos
Vinícius de Mello, responsável pelas ações
de meio ambiente da Petrobras, expos as ações
promovidas e futuras, relacionadas, a eventuais impactos,
controle da poluição, comunicação
social, educação ambiental, monitoramento
sistemáticos com sensores remotos, oceanográficos
e metereológicos e monitoramento ambiental. “Vamos
acompanhar as condições do oceano e analisar
a influência das atividades sobre os ecossistemas
marinhos. Além disso, temos projetos de compensações
das nossas emissões”, disse Mello.
Pedro
Calado/SMA-SP/Divulgação |
|
“Discutimos
desde o começo com todos os atores sociais um planejamento
integrado urbanístico, ambiental e econômico.
Além de uma integração permanente entre
Petrobras, Governo do Estado de São Paulo, sociedade
e prefeituras da Baixada Santista”, disse Fábio
Alexandre Nunes, secretário de desenvolvimento da
prefeitura de Santos, mostrando que há uma preocupação
em sensibilizar a sociedade sobre as mudanças que
a exploração traria para a Baixada Santista.
Pedro
Ubiratan enfatizou que o objetivo do encontro é criar
uma agenda permanente e integrada entre todos os órgãos
participantes do projeto criando ações estratégicas,
citando como exemplos o que ocorreu em Macaé e no
Golfo do México. “Os impactos do pré-sal
sobre a cidade, o meio ambiente, população
é muito grande. Minha preocupação é
que possamos nos apropriar melhor dos benefícios
que a riqueza gerada com a indústria do petróleo,
não só os royalties, com o que vai acontecer
com as pessoas que vivem na Baixada e com o meio ambiente”
e que “Precisamos estudar o que aconteceu nesses casos,
analisar, rever para que não aconteça aqui”.
Marcusso
afirmou que se aprendeu muito com esses dois casos. “Macaé
era uma ilha de pescadores, aqui em Santos temos um trabalho
integrado de governança. Criamos um plano diretor
conjunto, que envolve tráfego, energia, transportes
e segurança. Quanto ao acidentes, temos um plano
de gerenciamento de risco e volto a reiterar, o principal
objetivo é evitar que eles aconteçam”.
Da Redação
Colaborou: Lukas Campagna
Fotos: Pedro Calado