Angra
reforça plano de segurança
Mas já não era segura?
A
fim de melhorar os padrões de segurança de
Angra 1 e Angra 2, a Eletronuclear, responsável pelas
usinas, pretende ampliar o mapeamento das vias de acesso
às centrais nucleares. O intuito é criar um
plano de fuga via mar. Para isso pretende construir dois
píeres para auxiliar na retirada de moradores caso
ocorra algum desastre.
A
empresa pretende ainda contratar uma consultoria externa
para avaliação da situação das
encostas que margeiam as estradas da região. O relatório
preliminar deverá indicar se há a necessidade
de novas obras de contenção e determinar pontos
críticos onde podem ocorrer deslizamentos e obstruir
as rotas de fuga no caso de alguma emergência.
A
Eletronuclear afirmou que realiza monitoramentos periódicos
nas encostas, principalmente na rodovia Rio- Santos (BR-101).
Há
alguns meses a empresa já tinha decidido que era
necessário um acompanhamento externo para complementar
o mapeamento do local, tal decisão foi reforçada
após o acidente na usina de Fukushima, no Japão.
"O
novo mapeamento será feito apenas para termos uma
confirmação externa das informações
que já foram colhidas. Em um momento como esse, não
podemos deixar de ampliar a transparência e garantir
a segurança total. Deslizamentos de terra são
comuns na Rio- Santos em períodos chuvosos, uma vez
que as encostas da região são instáveis
e formadas por rochas de até 100 toneladas envoltas
por terra.”, afirmou Diógenes Salgado Alves,
gerente de engenharia civil da Eletronuclear.
Outra
decisão que a empresa tomou, foi a construção
de dois píeres ampliando a capacidade de retirada
de cerca de 20 mil moradores e funcionários das regiões
consideradas vulneráveis, no caso de as estradas
estarem bloqueadas.
Os
estudos definirão o tamanho e a localização
dos ancoradouros, de acordo com a empresa um deverá
ser erguido a 3 km da central nuclear na Praia Brava e o
outro a 10 km na Baía do Ribeira. Ainda não
há informações sobre a dimensão
dos píeres, o que se sabe é que os locais
serão dragados para que barcos de grande capacidade
de passageiros possam atracar.
De acordo com Leonam dos Santos Guimarães, assistente
do diretor da Eletronuclear, as medidas a serem tomadas
foram aceleradas depois do acidente de Fukushima. “O
ritmo pode ser mais rápido, pois há uma cobrança
da sociedade." Porém ele afirmou que os planos
de construção de novas centrais nucleares
no Brasil não tiveram mudanças.
Além
de todas as medidas já mencionadas, a empresa ainda
estuda a possibilidade de instalar uma pequena central hidrelétrica
nas bacias dos rios Bracuhy e Mambucaba, na região
de Angra, para o fornecimento de energia aos equipamentos
de segurança caso de desastres.
Da
Redação
Com informações do Estado De São Paulo