Repórter
Eco apresenta reportagem sobre o Refazenda
Programa foi ar neste domingo; veja o vídeo
Veja
a transcrição da reportagem
30/10/2011 - Índios de Aldeia Guarani geram renda
para manter sua cultura com o cultivo de árvores
da Mata Atlântica
Aldeia
Tenonde Porã - Crianças vão e vem da
escola, brincam na porta de casa ou no campo de futebol.
Às margens da represa Billings, a terra Guarani homologada
em mil novecentos e oitenta e sete, fica na Área
de Proteção Ambiental Capivari-Monos, que
abriga remanescentes de Mata Atlântica dentro do município
de São Paulo.
Reprodução/Pick-upau |
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Veja
o vídeo no site do Repórter Eco |
A
área indígena não tem mais de trinta
hectares. Pouco para um povo que tem na tradição
o plantio, a pesca e a caça. A população
da aldeia cresceu e as dificuldades também. Ameaçadas
pela falta de emprego, cento e setenta famílias,
dependem inclusive de roças de quintais, criação
de galinhas e artesanato.
A
organização virou uma parceira dos índios
da aldeia. O Projeto Refazenda trouxe uma nova estratégia
para ajudar no sustento da aldeia e na manutenção
da Mata Atlântica:
Entrevista
com J. Andrade / diretor da ONG Pick-upau:
"A parceria funcionou, porque a gente conseguiu aliar
o pensamento técnico da organização
com a tradição dos índios da etnia
Guarani".
A
prova que a troca de conhecimento para recuperar a floresta
deu certo é o viveiro com três mil metros quadrados,
repleto espécies nativas da Floresta Atlântica,
inclusive, já registrado no Ministério da
Agricultura.
Entrevista
com J. Andrade / diretor da ONG pick-upau:
"Hoje nós estamos com cento e cinco espécies
todas nativas da Mata Atlântica. P: Qual é
a sugestão da secretaria estadual do meio ambiente
no que diz respeito a reflorestamento, em termos de diversidade
de espécie?
Divulgação/Pick-upau |
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Márcia
Bongiovanni, apresentadora do Repórter Eco,
grava matéria no Refazenda. |
R:
Aqui no Estado de São Paulo, uma resolução
da Secretaria do Meio Ambiente diz que o ideal é
que tenhamos oitenta espécies num plantio heterogêneo".
Alguns
jovens da aldeia foram capacitados para produzir as mudas
de qualidade.Tudo começa pelas sementes, quando não
são compradas, são coletadas da forma mais
natural possível:
Para manter a tradição na terra indígena,
as famílias se reúnem e comemoram datas consideradas
importantes, até sagradas no calendário guarani.
No viveiro, preparam as novas mudas para recuperar a Mata
Atlântica. Fonte alimentos, de água e garantia
de sobrevivência para esta e muitas outras comunidades.
Entrevista
com Andrea Nascimento - Coordenadora do Projeto Refazenda:
"Nós começamos o projeto para produção
inicial de cinquenta mil mudas. Hoje nós estamos
com capacidade de cento e vinte a cento e cinquenta mil
mudas ano. Atualmente temos cerca de cem mil mudas, então
a gente dobrou a produção do viveiro e a gente
tá fazendo o projeto de recuperação
florestal na própria aldeia"
Entrevista
com Marcílio da Silva - Karai Tataendy - guarani
coordenador do viveiro:
P:O que esse viveiro pode mudar na vida de vocês?
R: Muda para a gente. Não tem emprego, agora o viveiro
dentro da área é muito importante."
Entrevista com Andrea Nascimento: coordenadora do projeto
Refazenda:
"Essa é a idéia , o projeto ele é
sustentável, o recurso é revertido para o
viveiro e a própria comunidade ."
Mais
informações:
www.refazenda.org.br
Autor:
Editora-chefe: Vera Diegoli. Reportagem: Márcia Bongiovanni.
Pauta: Teresa Cristina de Barros. Produtor:Maurício
Lima. Edição de Imagens: João Kralik.
Sobre
o FNMA
O Fundo Nacional do Meio Ambiente criado há 20 anos,
é hoje o principal fundo público de fomento
ambiental do Brasil, constituindo-se como um importante
parceiro da sociedade brasileira na busca pela melhoria
da qualidade ambiental e de vida. O FNMA é uma unidade
do Ministério do Meio Ambiente (MMA), criado pela
lei nº 7.797 de 10 de julho de 1989, com a missão
de contribuir, como agente financiador, por meio da participação
social, para a implementação da Política
Nacional do Meio Ambiente - PNMA. O FNMA é hoje referência
pelo processo transparente e democrático na seleção
de projetos. Seu conselho deliberativo, composto de 17 representantes
de governo e da sociedade civil, garante a transparência
e o controle social na execução de recursos
públicos destinados a projetos socioambientais em
todo o território nacional. Ao longo de sua história,
foram 1.400 projetos socioambientais apoiados e recursos
da ordem de R$ 230 milhões voltados às iniciativas
de conservação e de uso sustentável
dos recursos naturais. Saiba mais: www.mma.gov.br
Da Redação
Com informações do Repórter Eco
Pick-upau/Divulgação