Plano
Arbóreo de São Paulo é discutido na
Câmara Municipal
Organização
e empresa assinam convênio para desenvolver projeto
de pesquisa de conservação da biodiversidade
no litoral paulista
Pesquisadora
da Pick-upau participa de evento organizado pela Frente
pela Sustentabilidade
11/04/2015
– A Frente Parlamentar pela Sustentabilidade, presidida
pelo vereador Gilberto Natalini (PV), se reuniu com especialistas
ambientais e membros da sociedade civil na manhã
da última quinta feira (9/04), na Câmara Municipal
de São Paulo, para debater sobre a arborização
na capital paulista, que não envolve apenas o plantio
das árvores, mas também a poda adequada e
a substituição das espécies doentes
ou velhas. O município de São Paulo sofre
com a falta de planejamento arbóreo. “Planejar
é definir programas de plantio e de manejo para a
cidade”, disse Sérgio Brazolin, do Instituto
Pesquisas Tecnológicas da USP – SP.
Os
especialistas afirmam que as árvores consideradas
nativas da cidade não existem mais e as que ainda
vivem são raras de encontrar. “De cada dez
árvores, pelo menos oito são de origem estrangeira.
O Cambuci, por exemplo, era considerada uma árvore
símbolo da cidade de São Paulo e hoje é
raro ser encontrada”, afirmou o botânico Ricardo
Cardim.
Para
Natalini, o que ocorre é a falta de consciência
urbana e ambiental por parte da população
em relação ao que as árvores podem
trazer de benefício. “Os humanos competem com
as árvores. Um dia desses soube de um abaixo assinado
para retirar árvores de uma rua no bairro de Santo
Amaro e a justificativa era de que as folhas estavam caindo
nas calhas das casas. Falta entendimento por parte das pessoas”,
relatou o parlamentar. Segundo ele, essas reuniões
são realizadas, exatamente, para que se possa criar
um plano de arborização urbana para a cidade,
de acordo com as necessidades que existem. “Votei
contra o Plano Diretor Estratégico, por ser um plano
feito de cima para baixo. Não ouviu a população”,
finalizou.
Para
Stela Goldenstein – diretora da Associação
Águas Claras do Rio Pinheiros, o município
precisa de metas sob o ponto de vista vegetal. “Saber
o que nós queremos, quais são as necessidades
de distribuição, modelo de gestão para
arborização entre outros tópicos, são
elementos fundamentais na criação desse plano”,
afirmou Stela.
A
cidade de São Paulo já foi um local de Mata
Atlântica e, principalmente, cerrado. Hoje a terra
da garoa já não garoa mais como no século
passado, assim como as áreas verdes já não
representam mais os cenários predominantes da nossa
pauliceia. Lutar pelos parques da capital é uma luta
pelo que restou de verde em São Paulo. “O Parque
Augusta, por exemplo, é a única área
remanescente de Mata Atlântica da região central,
próximo ao bairro da Bela Vista em São Paulo”,
relatou Ivan Maglio, engenheiro e doutor em saúde
ambiental pela USP. Segundo ele, os bairros da Água
Rasa, Mooca e Bela Vista são as áreas mais
críticas em termos de vegetação na
cidade.
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Mais
“Política
descentralizada poderia facilitar manejamento das árvores
na capital”, defende especialista
11/04/2015
– Os Planos de Bairros e a descentralização
da gestão foram debatidos na manhã da última
quinta-feira (9/4) durante a reunião da Frente Parlamentar
pela Sustentabilidade. O assunto foi levantado pela arquiteta
e urbanista Lucila Lacreta, que esteve presente.
“São
Paulo é uma cidade que mais parece um país.
Para ela ser gerenciada é preciso uma política
descentralizada, não só nas 32 subprefeituras,
mas como em esferas menores. E elas devem ter orçamento
próprio. Na questão da arborização,
de áreas verdes, é impossível fazer
um plano na Secretaria do Verde ou na prefeitura se as comunidades
dos bairros não tiverem condições de
implantarem esses projetos”, disse. Ainda segundo
Lucila, infelizmente os Planos de Bairro não foram
considerados no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento.
“Por
isso votei contra o Plano Diretor de São Paulo. Essa
proposta é cheia de problemas e foi feita de cima
para baixo”, disse o vereador Natalini (PV), presidente
da Frente Parlamentar.
Fonte:
Site do vereador Gilberto Natalini/Câmara Municipal
de São Paulo
Foto: Reprodução/Luiz França /CMSP