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Pick-upau publica edição sobre paisagismo ecológico
Projeto foi implantado em centro de conservação da fauna do Zoológico de São Paulo

20/12/2017 – O Jardim Zoológico de São Paulo é um dos maiores e mais importantes do Brasil, fundado em 1957, mantém uma população de 3000 animais em uma área de 900.000 m², inserida no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, na capital paulista. Com uma característica também conservacionista a Fundação Parque Zoológico – FPZSP criou na Divisão de Produção Rural, conhecida como Fazenda do Zoo, na cidade de Araçoiaba da Serra, o CECFAU – Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado de São Paulo, voltado para pesquisa com diversas espécies.

Pick-upau/Divulgação

Leia a publicação completa.

Junto ao projeto arquitetônico a direção e a presidência da FPZSP vislumbraram um paisagismo que contemplasse os recintos, as construções administrativas e técnicas, as áreas comuns, entre outros equipamentos. Em 2014, a Agência Ambiental Pick-upau foi acionada para o desenvolvimento e a execução de um projeto que observasse essas características. Pesquisadores (as) da Pick-upau criaram então um Paisagismo Ecológico, onde cada espécie, cada indivíduo foi posicionado precisamente nos 80.000 metros quadrados do complexo, visando o bem estar das pessoas e dos animais.

A publicação científica Darwin Society Magazine apresenta em sua vigésima oitava edição um estudo sobre o trabalho desenvolvido no CECFAU “Paisagismo Ecológico do Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado de São Paulo”. Acesse a publicação na plataforma eletrônica ISSUU e na seção Publicações do Portal Pick-upau.

Resumo da publicação
A evolução das espécies durante a escala de tempo é a responsável pela alta diversidade biológica existente no planeta. No entanto, esta diversidade está ameaçada por várias atividades destrutivas que o ser humano pratica, muitas espécies estão ameaçadas de extinção, principalmente devido aos altos índices de desmatamento. Aproximadamente, seis milhões de hectares de florestas tropicais são destruídos por ano, este fato contribui para a perda da fauna e da flora, uma vez que a maior ameaça à diversidade biológica se refere à perda de habitat. A degradação e a fragmentação de ambientes naturais, proveniente de expansão urbana, extrativismo desordenado, agricultura e pastagens são as principais causas de extinção. Uma estratégia empregada para conservar a biodiversidade e promover o retorno das espécies selvagens à natureza é a conservação ex situ, que inclui mantê-los fora do ambiente natural para investigar os aspectos biológicos desses experimentos individuais e controlados. São exemplos de conservação ex situ, os bancos de germoplasma, conservação de sementes em câmaras, cultura de tecidos e núcleos de conservação para espécies da fauna como os zoológicos. Junto com universidades, governos e ONGs, os zoos mantêm atualmente mais de 700 mil indivíduos. O Zoo de São Paulo, criado em 1957, possui atualmente, uma população de mais de 3.200 animais, entre aves, répteis, mamíferos, anfíbios e invertebrados. Como forma de atingir um de seus objetivos, o Zoo de São Paulo criou o Centro de Conservação de Fauna Silvestre – CECFAU. Situado dentro da Divisão de Produção Rural da Fundação, em Araçoiaba da Serra, o Centro contribuirá para a recuperação e conservação de espécies ameaçadas de extinção como a Arara-azul-de-lear e o Tamanduá-bandeira, considerados recentemente, como vulneráveis pelo ICMBIO. O CECFAU tem como objetivos a proteção de espécies ou comunidades e de amostras representativas de ecossistemas para estudos científicos, o monitoramento ambiental, a promoção de educação científica e a conservação de recursos genéticos a fim de assegurar a variabilidade genética das espécies. Para que o CECFAU seja um ambiente propício à conservação dos animais, diversos elementos foram analisados e planejados para a sua construção. Os recintos foram planejados de forma a criar um desenvolvimento pleno dos animais com áreas para repouso, reprodução, lazer e estratégias de enriquecimento. O paisagismo foi delineado e executado de modo ecológico conforme as áreas e recintos. Foram usadas 48 espécies florestais nativas, considerando a presença de espinhos, toxicidade, porte, copa, características da raiz, época de produção de flores e frutos, atração da avifauna e deciduidade etc.

Sobre a Fundação Parque Zoológico
Desde 1958 a Fundação Parque Zoológico de São Paulo proporciona entretenimento, desenvolve pesquisas e trabalha para a conservação das espécies mantidas em cativeiro, além de despertar a consciência ambiental da população por intermédio de suas três unidades: Zoológico, Zoo Safári e a Divisão de Produção Rural.
Inserido no PEFI – Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, um dos mais importantes segmentos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de São Paulo, o Zoológico e o Zoo Safári acolhem algumas das nascentes do riacho do Ipiranga e abrigam dezenas de espécies da fauna nativa.
Com uma área de aproximadamente 900.000 m², o Zoológico e o Zoo Safári, além de abrigar as espécies nativas mantém uma população com cerca de 3.000 animais, representados por inúmeras espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e invertebrados. Dentre estes animais encontram-se espécies bastante raras e ameaçadas de extinção, como o gavial-da-Malásia, três das quatro espécies de micos-leão (mico-leão-preto, mico-leão-de-cara-dourada e mico-leão-dourado), rinocerontes, dentre outros. Vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, o Zoo recebeu, desde sua abertura, mais de 85 milhões de visitantes, atendendo por ano um público de mais de 1 milhão e 600 mil pessoas.
Para manter todas as suas atividades, a Fundação conta com uma equipe de aproximadamente 400 funcionários efetivos, distribuídos nas áreas: técnica, administrativa e operacional, além de colaboradores nas categorias de estagiários, aprimorandos e voluntários. É com o esforço coordenado dessa equipe que a Fundação busca a conservação da fauna silvestre. Dentre estas áreas algumas são extremamente importantes para a manutenção da vida.
A Divisão de Veterinária que é composta principalmente por veterinários, tratadores, enfermeiros e técnicos de laboratório, é responsável pela saúde dos animais. A equipe desta área realiza vacinações, quarentenas, exames e cirurgias, além de atendimentos clínicos e odontológicos. Conta ainda com um programa de medicina preventiva.
Na equipe da Divisão de Ciências Biológicas, subdividida nos setores de Aves, Mamíferos e Répteis, os biólogos são responsáveis pelo manejo reprodutivo, exposição e demais cuidados com as espécies mantidas em cativeiro.
Em conjunto com a equipe de biólogos e tratadores do parque, o PECA – Programa de Enriquecimento Comportamental Animal visa garantir o bem-estar dos animais. Para que haja eficiência no trabalho dos técnicos e garantia da saúde dos animais, uma dieta variada e equilibrada é muito importante. Por isso, o cardápio de cada um deles é elaborado por zootecnistas e biólogos e preparado cuidadosamente pela equipe do Setor de alimentação animal.
Este setor recebe anualmente cerca de 1.500 toneladas de alimentos com excelente qualidade biológica e altos valores nutritivos, produzidos na Divisão de produção rural.
A pesquisa científica também faz parte do processo de evolução da Fundação, que tem parceria com a UNIFESP para detecção e prospecção de microorganismos de interesse biotecnológico em sua compostagem.
Todo esse trabalho, que tem garantido a existência da Fundação, não teria sentido sem a educação ambiental. Por meio de seu Programa de Educação Ambiental e Inclusão Social, que aproxima a população dos trabalhos desenvolvidos pelas diversas áreas, o Zoológico busca despertar a consciência ecológica de seus visitantes, principalmente das crianças, em prol da conservação da biodiversidade.
Divisão de Educação e Difusão

Sobre a Fazenda do Zoo
A Fundação Parque Zoológico de São Paulo mantém desde 1982, em uma área de 574 hectares, a Divisão de Produção Rural, também conhecida como Fazenda do Zoo, localizada no interior de São Paulo entre os municípios de Sorocaba, Araçoiaba da Serra e Salto de Pirapora.
A Fazenda do Zoo produz parte dos alimentos que, diariamente, são servidos aos animais do parque e Zoo Safári. Além disso, é responsável pelo fornecimento de matérias – primas para construção, reforma, ornamentação e forragem de recintos, como madeiras, sapés, bambus, mudas e fardos.
Por ter um Sistema de Gestão Ambiental implantado e certificado, todas as atividades na fazenda são continuamente monitoradas, o que proporciona um melhor controle da produção e rastreabilidade dos alimentos produzidos, desde o plantio até a colheita e disponibilidade de consumo.
Um aspecto importante do Sistema de Gestão Ambiental da fazenda é a preservação de áreas florestais. Hoje 20 hectares de antigas pastagens estão em processo de regeneração natural.
Por ser hoje a única propriedade agrícola do Estado a possuir a Certificação ISO 14.001, a fazenda tem chamado a atenção da imprensa e de instituições de ensino técnico e superior, que vêm solicitando visitas para conhecer o seu Sistema de Gestão Ambiental e seu diferencial na produção e cuidado com o meio ambiente.

Sobre o CECFAU
Inaugurado em 2015, o CECFAU – Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado de São Paulo foi concebido pelo Conselho Diretor e pelo corpo técnico da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, e viabilizado exclusivamente com recursos financeiros próprios, arrecadados pela atividade de visitação do parque. Trata-se de um avançado centro de estudos voltado para o monitoramento ambiental, a preservação de amostras e a manutenção de recursos genéticos. O local escolhido como sede é uma área de 80 mil m², dentro da Fazenda do Zoo, em Araçoiaba da Serra/SP.
O projeto de infraestrutura do CECFAU segue diretrizes que priorizam a gestão ambiental sustentável e inclui em suas instalações áreas administrativas, de apoio técnico, de alimentação animal e um complexo de recintos adaptados para o manejo de diferentes espécies animais. Na área de treinamentos, concentra espaço equipado para realização de cursos, reuniões, palestras e eventos. As atividades operacionais estão segmentadas em espaços próprios, como escritórios, vestiários e depósito de suprimentos.
Com toda essa infraestrutura, o CECFAU encontra-se plenamente capacitado para cumprir com distinção seu principal papel: promover a conservação de espécies da fauna silvestre nativa ameaçadas de extinção, por meio de pesquisas e programas integrados de conservação in situ e ex situ e da manutenção de indivíduos cativos geneticamente viáveis para programas de reintrodução e reforço das populações na natureza.
No campo da pesquisa, o laboratório de biologia molecular da Fundação permitirá ainda a criação de um banco genético de reserva, integrando equipes multidisciplinares, entidades ambientais e a comunidade científica.
Outro aspecto muito importante é o estímulo à educação ambiental das comunidades que vivem próximas às áreas onde o CECFAU desenvolve seu trabalho de campo. A preocupação dos técnicos envolve não apenas o estudo e a conservação da fauna local ameaçada, mas a conscientização da população sobre o importante papel que cada espécie desempenha no equilíbrio do meio ambiente.
Com a criação do CECFAU, toda a equipe da Fundação já comemora os resultados, às vezes intangíveis, como a conscientização das pessoas, outrora muito significativos, como as primeiras pesquisas ou mesmo um feito inédito e emocionante, como o nascimento do primeiro filhote de arara-azul-de-Lear em cativeiro no Brasil.
Essa é a motivação que impulsiona todos os profissionais da Fundação e do CECFAU: utilizar seu capital humano e tecnologia para amparar a vida animal.

Da Redação
Fotos: Reprodução/Pick-upau

 
 
 
 

 

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