Projeto
Aves: Tucano-de-bico-preto
No
sudeste ocorre em áreas de Mata Atlântica e
em restingas.
TUCANO-DE-BICO-PRETO
Ramphastos vitellinus (Lichtenstein, 1823)
Família: Ramphastidae
15/01/2018 – O CBRO (Comitê
Brasileiro de Registros Ornitológicos) reconhece
três subespécies. Ramphastos vitellinus
vitellinus, Ramphastos vitellinus culminatus e Ramphastos
vitellinus ariel.
Ramphastos v. vitellinus ocorre
em Trinidad, leste da Venezuela, Guianas e norte do Brasil
ao norte do Rio Amazonas. No Brasil ocorre em Roraima, Pará
e Amapá. Tem contato com Ramphastos v. culminatus,
no noroeste e centro-norte do Brasil, no lado norte do Rio
Amazonas. Foram encontrados híbridos na faixa de
contato.
Tem entre 46 e 56 centímetros.
Seu bico é preto com faixa basal azul; pele nua em
volta dos olhos azul; íris marrom; lado dorsal, barriga
e cauda pretas; peito branco com grande mancha central laranja-avermelhada;
supra e infracaudais vermelhas.
Ramphastos v. culminatus ocorre
na Colômbia, Bolívia, sul da Venezuela, Peru,
Equador e oeste e norte do Brasil, nos seguintes estados
brasileiros: Amazonas, Roraima, Pará, Mato grosso
e Acre. Tem contato com Ramphastos v. ariel no
centro e nordeste da região amazônica no lado
sul do Rio Amazonas. Ocorrem híbridos nas faixas
de contato.
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Sons da Natureza: Conheça
a vocalização do tucano-de-bico-preto
(Ramphastos vitellinus).
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Tem 47 centímetros. Bico com cúlmen,
base da mandíbula e as supracaudais amarelas; faixa
basal do bico superior amarela e do bico inferior azul;
peito branco até amarelo pálido; pele nua
da cabeça azul; olhos marrons.
Ramphastos v. ariel é
distribuído em duas áreas separadas; na região
amazônica no lado sul do norte do Brasil e na Mata
Atlântica litorânea do nordeste até sudeste
do Brasil. Ocorre nos seguintes estados brasileiros: Pará,
Maranhão, Amazonas, Alagoas, Bahia, Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná e Santa Catarina.
Tem entre 45 e 61 centímetros.
Bico preto com faixa basal amarela; pela nua da cabeça
vermelha; peito laranja-avermelhado; supracaudais vermelhas;
olhos azuis. Os exemplares que ocorrem na região
amazônica são bem menores e possuem olhos verdes.
No Maranhão ocorrem híbridos.
Na Amazônia ocorre em matas de
terra firme e de várzea. Também ocorre em
pantanais, matas de galeria, cerrados e plantações.
No sudeste ocorre em áreas de Mata Atlântica
e em restingas.
Vive em casal ou em pequenos grupos em
todos os estratos da mata, mas principalmente o estrato
alto. Segue bandos mistos pelas copas e pelo estrato médio.
Desce ao solo para acompanhar formigas de correição.
Enquanto se alimenta, salta de galho
em galho com muita agilidade e utiliza o bico longo para
alcançar os frutos.
Na Amazônia segue bandos barulhentos
de cancões (Ibycter americanus) e no sudeste
associa-se a bandos de gralhas-azuis (Cyanocorax caeruleus),
provavelmente como estratégia antipredatória.
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Tucano-de-bico-preto (Ramphastos
vitellinus).
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Durante o voo, intercalam batidas de
asas com longo planeio, às vezes a grande altura.
Nidifica em cavidades nas árvores e deposita de 2
a 4 ovos.
Sua vocalização é
um pouco mais aguda e menos anasalada que a do tucano-de-bico-verde
(Ramphastos dicolorus). Em geral movimenta a cabeça
para cima em cada nota.
Está ameaçado de extinção,
considerado vulnerável pela IUCN (2016), devido aos
intensos desmatamentos ocorridos na Bacia Amazônica
para pecuária e produção de soja, facilitada
pela expansão da rede de estradas. Outra ameaça
é a caça. Suspeita-se de que suas populações
tenham diminuído em 32,1% ao longo de três
gerações a partir de 2002.
Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa
da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin,
o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação
desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos
quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria
e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine;
produção e plantio de espécies vegetais,
além de atividades socioambientais com crianças,
jovens e adultos, sobre a importância em atuar na
conservação das aves. Parcerias estratégicas
como patrocínios da Petrobras e da Mitsubishi Motors
incentivam essa iniciativa.
Da Redação (Viviane Rodrigues
Reis)
Fotos: Reprodução/Pick-upau
Vocalização
Tipo: Chamado
Nome Científico: Ramphastos vitellinus
Nome Comum: Tucano-de-bico-preto
Nome em Inglês: Channel-billed Toucan
Localidade: Ubatuba, SP, Brasil.
Observação: Gravado em Camburi
Gravação: Viviane Rodrigues Reis (Rodrigues,
R. V.)
Imagens: Julio Andrade (Andrade, J.)
Edição e Montagem: Andrea Nascimento e Wilson
Najar Mahana
Produção: Projeto Aves
Realização: Agência Ambiental Pick-upau
Patrocínio: Petrobras (Programa Petrobras Socioambiental)
www.pick-upau.org.br
www.projetoaves.org.br