Cervo-do-pantanal
É
a maior espécie de cervídeo da América
do Sul, com quase dois metros de comprimento e 2,1 metros
de altura.
CERVO-DO-PANTANAL
Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815)
27/01/2018 – O cervo-do-pantanal
pertence à Ordem Artiodactyla e a Família
Cervidae. Ocorria de modo amplo ao longo de sua área
de distribuição original, ocorrendo atualmente
no leste-centro e nordeste da Argentina, centro oeste e
sul do Brasil, Paraguai, sudeste do Peru e leste da Bolívia.
Foi extinto no Uruguai.
É a maior espécie
de cervídeo da América do Sul, com quase dois
metros de comprimento e 2,1 metros de altura, incluindo
os chifres que possuem de 40 a 45 centímetros. Os
machos podem pesar até 150 quilos e as fêmeas
até 100 kg.
Reprodução/Pick-upau/Viviane
Rodrigues Reis
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Cervo-do-pantanal (Blastocerus
dichotomus), registrado em Miranda, no Mato
Grosso do Sul.
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Os machos possuem chifres
ramificados, com até seis ramos em cada lado, podendo
chegar a 20 ramificações em indivíduos
mais velhos. Todo ano os chifres são trocados nos
indivíduos mais jovens e em machos mais velhos podem
permanecer por mais de três anos. No inverno a coloração
do cervo do pantanal é um pouco mais escura e no
verão é mais clara.
Vive solitário e
às vezes em pequenos grupos de 2 ou 3 indivíduos.
Nadam bem e podem atravessar grandes rios. O território
do macho é maior, de 800 a 5000 hectares e das fêmeas
de 300 a 2400.
Alimenta-se de gramíneas,
juncos e plantas aquáticas e semiaquáticas
nas várzeas onde habita.
O tempo médio de gestação é
271 dias. Os nascimentos acontecem principalmente entre
maio e julho no pantanal, quando o nível das águas
está na vazante. Nasce apenas um filhote, cujo peso
varia de 4 a 5kg em média e o mesmo segue a mãe
em menos de 5 dias. A pelagem dos filhotes é similar
à dos adultos, ao contrário da maioria dos
cervídeos.
Reprodução/Pick-upau/Viviane
Rodrigues Reis
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Cervo-do-pantanal (Blastocerus
dichotomus), registrado em Miranda, no Mato
Grosso do Sul.
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Indivíduos adultos
são predados por onças pintadas, onças
pardas, jacarés e sucuris e seus filhotes pelo lobo
guará.
As ameaças principais
é a perda de habitat para a construção
de hidrelétricas e drenagem de áreas úmidas
para agricultura e transmissão de doenças
por ruminantes domésticos. A caça é
a terceira causa para a espécie estar ameaçada
de extinção, a caça furtiva afeta drasticamente
as populações da Bacia do Rio Paraná
e Pantanal, já a caça de subsistência
afeta as populações da Bacia do Rio Araguaia.
No delta do Rio Paraná
a conversão de pântanos para plantios de árvores
exóticas e a caça comprometem as populações
na Argentina. No Brasil a infestação de carrapatos
foi uma das principais causas de mortes na Bacia do Rio
Paraná, após a perda de habitat.
No Brasil e na Argentina
projetos hidrelétricos eliminaram seu habitat ao
longo de grandes rios como Tietê, Paraná e
Rio Grande. A competição com bovinos e a contaminação
dos recursos hídricos causados pela extração
de ouro no pantanal também constituem fortes ameaças.
Reprodução/Pick-upau/Viviane
Rodrigues Reis
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Cervo-do-pantanal (Blastocerus
dichotomus), registrado em Miranda, no Mato
Grosso do Sul.
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Está ameaçado
de extinção, considerado vulnerável
na avaliação global (IUCN, 2016) e regional
(MMA/ICMBIO, 2014) e criticamente em perigo nos estados
de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande
do Sul (Duarte et al, 2009; Drummond et al., 2008; IAP,
2010; Marques et al., 2002). Também está inserido
no Apêndice I da CITES (2010), cujo comércio
somente será permitido em circunstâncias excepcionais.
Da Redação/Viviane
Rodrigues Reis
Fotos: Reprodução/Viviane Rodrigues Reis
Referências
CITES (Convention on International Trade in Endangered Species
of Wild Flora and Fauna). 2010. Appendices I,II and III.
Convention on International Trade in Endangered Species
of Wild Flora and Fauna. Disponível em:<http://www.cites.org>.
Acesso em: 01 de outubro de 2018.
Duarte, J. M. B.; Vogliotti, A. Aves. In: Fauna ameaçada
de extinção no Estado de São Paulo:
vertebrados (Bressan, P.M., Kierulff, M.C.M. & Sugieda,
A.M, eds.). Fundação Parque Zoológico
de São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, São
Paulo. 2009.
Reprodução/Pick-upau/Viviane
Rodrigues Reis
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Cervo-do-pantanal (Blastocerus
dichotomus), registrado em Miranda, no Mato
Grosso do Sul.
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Duarte, J. M. B., Varela, D., Piovezan, U. & Beccaceci,
M.D. and Garcia, J.E. 2016. Blastocerus dichotomus.
The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T2828A22160916.
http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-1.RLTS.T2828A22160916.en
Drummond, G. M.; Martins, C. S.; Mendes-Mariz, C. F. 2008.
Livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção
da fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas.
Marques, A. A. B. et al.
Lista de Referência da Fauna Ameaçada de Extinção
no Rio Grande do Sul. Decreto no 41.672, de 11 junho de
2002. Porto Alegre: FZB/MCT–PUCRS/PANGEA, 2002. 52p.
(Publicações Avulsas FZB, 11).
Projeto Onçafari.
Cervo do pantanal. Disponível em:<https://oncafari.org/>.
Acesso em: 01/10/2018