Papagaio
gigante viveu na Nova Zelândia
Ave
tinha grande força e media 1 metro
11/08/2019 – Pesquisadores
encontraram fósseis de um papagaio gigante com 1
metro de altura que viveu na Nova Zelândia, Oceania,
há 19 milhões de anos. Para ter uma ideia,
a altura média de um brasileiro é de 1,73
m.
Os fósseis foram
localizados próximo de St. Bathans, em Otago, região
no sul da Nova Zelândia. Devido o tamanho da ave,
pesquisadores acreditam que era improvável que voasse
e devia ser carnívoro, diferentemente da maioria
das aves atuais. Paul Scofield, curador sênior de
história natural do Museu de Canterbury, na Nova
Zelândia, disse à AFP que os pesquisadores
apostam que o animal não conseguia voar.
A descoberta publicada na
revista científica Biology Letters, destaca que a
ave pesava mais de 7 kg, e seria duas vezes mais pesada
que o kakapo, a maior espécie de papagaio no mundo
atualmente, também endêmico da Nova Zelândia.
"Não há
outros papagaios gigantes no mundo", disse à
BBC o principal autor do estudo, Trevor Worthy, professor
e paleontólogo da Universidade Flinders, na Austrália.
"Esse achado é muito significativo."
Os paleontólogos
nomearam a nova espécie de Heracles inexpectatus,
em referência a Héracles, nome grego dado ao
semideus Hércules, da antiga mitologia greco-romana,
em razão de seu tamanho e força incomuns.
A princípio os pesquisadores
acreditavam que os fósseis pertenceriam a uma águia
ou a um pato e ficaram guardados por 11 anos, até
o inicio de 2019, quando uma equipe de paleontólogos
decidiu reanalisá-los.
O bico do papagaio era tão
grande que "poderia rachar qualquer coisa pela frente",
disse Mike Archer, da Paleontologia da Universidade de Nova
Gales do Sul (UNSW). Segundo Worthy, em entrevista à
agência de notícias AFP, o papagaio "pode
ter comido até outros papagaios".
No entanto, como provavelmente
o papagaio não tinha predadores, é improvável
que fosse agressivo, disse o pesquisador à BBC. Ele
estima que o papagaio gigante se alimentava de sementes
e nozes.
A descoberta de grandes
aves não é incomum na Nova Zelândia,
que abrigou a moa, uma espécie extinta cuja altura
chegou a 3,6m. "Temos escavado esses depósitos
fósseis há 20 anos e, a cada ano, descobrimos
novas aves e outros animais. Sem dúvida, há
muitas outras espécies 'inimaginadas' a serem descobertas."
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves. Parcerias
estratégicas como patrocínios da Petrobras
e da Mitsubishi Motors incentivam essa iniciativa.
Da Redação,
com informações da BBC Brasil