Proibição
de mineração pode proteger aves nos EUA
Espécie
que vive no oeste dos Estados Unidos corre risco desde a
gestão Trump
26/05/2021 – A administração
do governo Biden anunciou que deve avaliar a proibição
de novas ações de mineração
em áreas públicas federais nos estados ocidentais
para proteger o perdiz-sage.
Derivada de uma ordem do
Tribunal Federal, a revisão da norma parte do Departamento
do Interior e pode envolver milhões de hectares de
um habitat composto por arbustos de sálvia, essenciais
para a sobrevivência da ave.
Uma moratória havia
sido determinada pelo ex-presidente Barack Obama, mas foi
rejeitada pelo seu sucessor Donald Trump. As áreas
correspondem a cerca de 4 milhões de hectares, em
Idaho, Nevada, Montana, Oregon, Utah e Wyoming e são
habitat de outras diversas espécies.
Milhões de indivíduos
eram vistos no ocidente, mas pastagens de gado, espécies
invasoras e o desenvolvimento local reduziram as florestas
e a população da espécie foi reduzida,
hoje representa menos de 500.000. Pesquisadores do US Geological
Survey (Serviço Geológico dos Estados Unidos)
afirmam que os tetrazes tiveram uma queda de 65% de sua
população nos onze estados ocidentais, desde
1986.
Durante a gestão
Obama houve recusa para classificar a ave como em perigo
e incluí-la na proteção Lei de Espécies
Ameaçadas, argumentando a retirada da mineração
e os planos de conservação para as áreas
descritas como necessárias à sobrevivência
da espécie. Já no governo Trump, o argumento
era que a mineração e outras atividades não
eram uma ameaça relevante para a espécie.
Segundo a juíza distrital
dos Estados Unidos, B. Lynn Winmill, a administração
Trump ignorou a ciência e apresentou um estudo de
2017 que afirma que as restrições à
nova atividade de mineração evitariam impactos
significativos em regiões onde vivem os tetrazes.
Agora ecologistas esperam que o governo de Joe Biden haja
rapidamente para reverter essa situação e
restabeleça essa proteção à
vida selvagem.
Por outro lado, associações
de mineração alegam que proibir a atividade
em uma área tão grande não seria uma
decisão razoável e conclui que a gestão
Trump estava certa em sua decisão.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay