Veneno
para roedores mata aves em área rural
Autoridades
locais dizem que aves comeram ‘acidentalmente’
veneno
29/05/2021 – A busca
pelo extermínio de espécies que interferem
nas produções rurais quase sempre atinge uma
quantidade bem maior do que aquelas que estavam no cerne
do problema. Má identificação das pragas,
ausência de profissionais qualificados e o uso indiscriminado
de produtos e equipamentos vendidos no varejo geralmente
são as causas mais comuns nesses ‘acidentes’
com a fauna silvestre.
Mortes de aves na zona rural
de South County, nos Estados Unidos, estão associadas
ao uso de um químico mortal encontrado em venenos
para vermes. Esse foi o diagnóstico das autoridades
locais de saúde ambiental, depois que tiveram informações
de proprietários rurais que estão usando um
raticida, segundo prescrição do produto.
O Departamento de Pesca
e Vida Selvagem da Califórnia vem investigando desde
dezembro a causa da morte de duas pombas e um falcão
na região de Redwood Retreat Road. Testes de laboratório
confirmaram que as pombas morreram envenenadas por estricnina
e o falcão morreu após comer uma dessas pombas.
“A estricnina é
um veneno forte e apenas uma pequena quantidade é
necessária para matar uma pequena ave, como uma pomba”,
diz um comunicado, de 18 de março, do Departamento
de Agricultura e Gestão Ambiental do Condado de Santa
Clara aos proprietários na área da Redwood
Retreat Road. “A estricnina é uma isca legal,
sem receita, projetada para uso contra roedores, principalmente
esquilos e toupeiras. Atualmente, é para uso subterrâneo
com uma sonda para garantir que a estricnina seja colocada
apenas dentro de túneis de roedores”, diz a
carta.
Segundo a carta, a ideia
é que o roedor coma o veneno e morra no subsolo “deixando
todos os outros animais seguros e não causando mortes
secundárias”. Mas é evidente que não
é possível controlar essas ações,
partindo do princípio que seja razoável eliminar
esquilos e toupeiras.
Segundo Joe Deviney, comissário
de Agricultura do Condado de Santa Clara, é possível
que a estricnina tenha sido colocada em um local não
seguro e acessível às aves, e por acidente
tenha matado os indivíduos e que os proprietários
devem seguir as instruções do rótulo
do produto. O comissário afirma ainda, que não
houve novas mortes relatadas desde março e que o
comunicado talvez seja útil para educar os produtores
rurais. “Usamos essa abordagem para educar todos e
ter cuidado. É importante controlar roedores, e muitas
vezes é necessário controlar ratos e camundongos”,
disse Deviney.
Portanto, as autoridades
locais não estão desencorajando os produtores
rurais a usarem esse tipo de veneno para controlar os roedores
silvestres. O comissário afirma que esses venenos
são controlados e regulamentados pela Agência
de Proteção Ambiental federal e que alguns
produtos já foram banidos para uso doméstico
e profissional. Na região a indústria de controle
de pragas é regulamentada pelas autoridades e os
serviços devem ser licenciados e segurados.
Por certo, o uso dessas
iscas venenosas é totalmente condenável, sobretudo
para o uso contra roedores silvestres. Entende-se ainda
que estudos devam avaliar o surgimento de pragas e partir
desses dados determinar as melhores técnicas de controle,
sobretudo para que o procedimento esteja relacionado apenas
para aquele uso determinado.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay