Aves
migratórias passam mais tempo na Europa, diz estudo
Pesquisa
da Universidade de Durham revela que aves estão passando
mais tempo no Velho Continente
10/12/2021 – Será
que em um futuro próximo as aves migratórias
deixarão de realizar suas longas viagens anuais durante
o inverno? Um novo estudo da Universidade de Durham diz
que diversas espécies migratórias estão
ficando até 60 dias a mais no continente europeu
e o motivo pode ser as mudanças climáticas.
A pesquisa identificou espécies
como rouxinóis, toutinegras e alvéolas. O
estudo publicado na revista Global Change Biology analisou
dados de ornitólogos na Gâmbia, entre 1964
e 2019 e do The Gibraltar Ornithological and Natural History
Society, entre 1991 e 2018, para verificar eventuais mudanças
no comportamento das espécies nas migrações.
Pensava-se que as aves programavam
a migração com base na duração
do dia, mas o estudo sugere que elas também podem
estar considerando fatores como a mudança do clima
e recursos da vegetação.
“Se as tendências
que vimos neste estudo continuarem, podemos ver que, com
o tempo, algumas aves não passarão nenhum
tempo na África subsaariana e, em vez disso, passarão
o ano inteiro dentro da Europa”, disse Kieran Lawrence,
principal autor da pesquisa.
"As mudanças
nos hábitos migratórios que já estamos
vendo podem levar a períodos de reprodução
mais longos para essas espécies, bem como efeitos
indiretos em outras espécies, tanto aqui no Reino
Unido quanto nos destinos tradicionais de migração
de inverno", diz o pesquisador.
A pesquisa também
diz que pode haver mais competição por alimento
na Europa durante o outono e inverno, caso as aves deixem
de migrar. Já na África, a ausência
das aves pode causar alterações no ecossistema,
por conta do consumo de insetos e na dispersão de
sementes e polinização.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay