Interesse
em alimentar aves aumentou durante período crítico
da COVID-19
Pesquisa
indica que aumento foi registrado em mais de 100 países
01/03/2024 – Os bloqueios
realizados durante o período mais crítico
da pandemia de COVID-19 fizeram com que as pessoas tivessem
maior interesse na alimentação e observação
de aves, inclusive em países, que normalmente, não
têm essa prática de alimentar aves. Uma pesquisa
publicada na revista PLOS ONE revela a nova atividade em
mais de 100 países estudados.
Segundo pesquisadores da
California Polytechnic State University e da Texas A&M
University College Station, ambas nos Estados Unidos, e
da Griffith University, na Austrália, alimentar aves
silvestres é uma prática popular de baixo
custo e acessibilidade irrestrita, inclusive podendo ser
realizado em áreas urbanas como quintais de casas
e praças. Estudos anteriores já haviam identificado
um maior interesse na alimentação de aves
nos EUA e na Europa, durante a pandemia.
Neste estudo, os pesquisadores
avaliaram se houve aumento no interesse na alimentação
das aves em escala global e como isso ocorreu em cada país,
durante e também depois do momento dos bloqueios
da pandemia de COVID-19. Os dados foram comparados com períodos
pré-pandemia. Outro fator estudado foi se o interesse
tem relação com a biodiversidade das espécies.
Com dados coletados entre
janeiro de 2019 e maio de 2020, os pesquisadores verificaram
a frequência semanal de pesquisa no Google sobre aspectos
do “alimento das aves”, “banho das aves”
e “alimentadores das aves”. Os pesquisadores
também verificaram dados das espécies da BirdLife
International, para avaliar a biodiversidade das aves nos
países.
A pesquisa registrou um aumento
significativo pela alimentação das aves em
115 países nos hemisférios norte e sul. Países
que não tinham costume de realizar essa atividade
tiveram uma média de 294 espécies, com desvio
padrão de 288,6 espécies. Já em países
com frequência na atividade, a média foi de
511 espécies e desvio padrão de 400,5 espécies.
Os pesquisadores explicam
que como a medida proxy para pesquisa no Google usada no
estudo necessita de acesso a internet, alguns países
com renda baixa, pouco desenvolvimento e acesso a rede mundial
de computadores pode não ter sido coletado de forma
mais adequada. Contudo, afirmam que apesar dessas dificuldades,
foi possível verificar dados além de países
tradicionais para a alimentação de aves como
Estados Unidos e Reino Unido, mas também em nações
como Quênia e Paquistão.
Referências: Doremus
J, Li L, Jones D, Aumento relacionado à Covid na
alimentação global de aves selvagens: Implicações
para a biodiversidade e interação homem-natureza,
PLoS ONE (2023). DOI: 10.1371/journal.pone.0287116, journals.plos.org/plosone/arti
… journal.pone.0287116.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay