O
escopo e a escala do comércio de aves canoras são
sustentáveis?
O
comércio de aves canoras ocorre em todas as escalas
12/03/2024 – Comunicado
de Imprensa – Da CITES – Cerca de 60% de todas
as aves são aves canoras (da ordem Passeriformes),
que representam o maior número global de espécies
comercializadas de qualquer ordem de aves. O comércio
de aves canoras ocorre em todas as escalas, tanto a nível
nacional como internacional, e entre muitas famílias
de aves canoras. Milhões de pássaros canoros
são retirados da natureza anualmente para diversos
fins, como animais de estimação, como alimento,
para suas penas e para competições de canto.
Contudo, os números exatos são difíceis
de determinar, uma vez que o comércio é muitas
vezes insuficientemente comunicado ou não é
comunicado.
Mais de 60 especialistas,
legisladores e partes interessadas de mais de 30 países
se reuniram para o Workshop Técnico híbrido
sobre Comércio de Aves Canoras e Gestão da
Conservação, organizado pela Convenção
sobre o Comércio Internacional de Espécies
Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) de 11
a 14 de dezembro de 2023 em o Centro de Convenções
das Nações Unidas em Bangcoc, Tailândia,
para considerar a escala e o âmbito do comércio
internacional de aves canoras e as prioridades de gestão
e conservação dos táxons de aves canoras
envolvidas nesse comércio.
O workshop foi convocado
de acordo com a Decisão 18.256 (Rev. CoP19) sobre
comércio de aves canoras e gestão da conservação,
adotada na 19ª reunião da Conferência
das Partes (CoP19) na Cidade do Panamá em 2022. Reuniu
membros da CITES Animals and Standing Comitês, bem
como representantes dos Estados exportadores, de trânsito
e consumidores e organizações intergovernamentais
e não governamentais relevantes com um propósito
comum: a conservação e o manejo sustentável
das aves canoras afetadas pelo comércio internacional.
As apresentações
sobre o comércio de aves canoras foram feitas por
representantes governamentais de cada uma das seis regiões
da CITES (África, Ásia, Europa, América
do Norte, América Central e do Sul e Caribe e Oceania),
bem como por representantes de organizações
não governamentais. As principais observações
do workshop incluem que o comércio de aves canoras
é muito complexo e envolve centenas de espécies.
Existem também diferenças regionais e grandes
lacunas de conhecimento sobre o volume real, as tendências,
as espécies em causa e os impactos deste comércio
nas populações de aves canoras selvagens.
No seu discurso de abertura,
a Secretária-Geral da CITES, Ivonne Higuero, afirmou
que: “A Tailândia, com a sua rica biodiversidade
e profundo apreço cultural pela natureza, serve como
pano de fundo adequado para estas discussões sobre
os desafios e oportunidades que rodeiam o comércio
de aves canoras, cujas melodias melodiosas e plumagem requintada
ocupam um lugar especial em nossa consciência coletiva.
No entanto, os pássaros canoros enfrentam ameaças
crescentes que exigem a nossa atenção urgente
e ação colaborativa. Juntos, podemos ajudar
a garantir que as melodias encantadoras dos pássaros
canoros ressoem nas gerações vindouras”.
Todos os documentos relevantes
do workshop estão atualmente disponíveis online.
As conclusões e projetos de recomendações
do workshop serão submetidos à próxima
reunião do Comitê dos Animais, em julho de
2024, para apreciação.
Sobre a CITES
A Convenção sobre o Comércio Internacional
das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas
de Extinção (CITES) foi assinada em 3 de março
de 1973 e entrou em vigor em 1 de julho de 1975. Com 184
Partes (183 países + a União Europeia), continua
a ser uma das mais importantes do mundo, ferramentas poderosas
para a conservação da vida selvagem através
da regulamentação do comércio internacional
de mais de 40.900 espécies de animais e plantas selvagens.
As espécies listadas na CITES são utilizadas
por pessoas de todo o mundo nas suas vidas diárias
para alimentação, cuidados de saúde,
mobiliário, habitação, lembranças
turísticas, cosméticos ou moda. A CITES procura
garantir que o comércio internacional dessas espécies
seja sustentável, legal e rastreável e contribua
tanto para a subsistência das comunidades que vivem
mais próximas delas como para as economias nacionais,
para um planeta saudável e para a prosperidade das
pessoas, em apoio ao Desenvolvimento Sustentável
da ONU. Metas. Fonte: CITES – Convenção
sobre o Comércio Internacional de Espécies
da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Do CITES
Fotos: Reprodução/Pixabay