UNESCO
aponta redução do oxigênio e aumento
da acidez dos oceanos
Levantamento
também mostra elevação das temperaturas
28/11/2024 – Por Tatiana
Alves - Rio de Janeiro – Informações
científicas sobre o estado atual dos oceanos, envolvendo
aspectos físicos, químicos, ecológicos
e socioeconômicos, são o tema de um novo relatório
divulgado pela Unesco, a Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura.
O documento aponta um avançado
processo de aquecimento das águas, além de
acidificação e queda das taxas de oxigênio
em ambiente marinho.
Os pesquisadores observam
também que a disponibilidade de oxigênio vem
caindo no ambiente marinho em decorrência da poluição,
o que afeta as espécies e a biodiversidade.
Noutro ponto, um dos principais alertas do documento, publicado,
envolve a elevação das temperaturas dos oceanos.
O monitoramento tem revelado que isso ocorre não
apenas nas águas superficiais.
Embora apenas 25% do fundo
do oceano seja mapeado atualmente, o aquecimento em zonas
mais profundas já ocorre em um ritmo sem precedentes.
O ano de 2023 registrou recordes em temperaturas oceânicas.
Segundo dados divulgados
no ano passado pela Nasa, agência espacial dos Estados
Unidos, nos últimos 30 anos, o nível dos oceanos
teve uma elevação média de nove centímetros.
O novo relatório divulgado pela Unesco destaca que
esse processo irá se acelerar e está relacionado
com o aquecimento global do planeta, resultado do excesso
de emissão de gás carbônico e de outros
gases de efeito estufa.
O documento cita ainda que
o derretimento das massas de gelo na Groenlândia e
na Antártica Ocidental contribui para a elevação
dos mares. Menciona danos causados por tsunamis, geralmente
provocados por terremotos, que podem ser mais catastróficos
diante da subida do nível do mar. Além disso,
os tsunamis de fontes não sísmicas, como deslizamentos
de terra e atividades vulcânicas, poderão se
tornar mais frequentes. Com informações da
Agência Brasil. Edição: Vitória
Rangel/Eliane Gonçalves.
Da Agência Brasil
Fotos: Pixabay/Reprodução