Primeiros
fósseis de aves predadoras revelam espécies
que podem ter caçado como falcões
Descobertas
datam de 68 milhões de anos e ampliam conhecimento
sobre aves da Formação Hell Creek
23/01/2024 – Pesquisadores
identificaram os primeiros fósseis conhecidos de
aves predadoras, datados de 68 milhões de anos, que
viveram ao lado de dinossauros icônicos como o Triceratops
e o Tyrannosaurus rex. As descobertas foram feitas na Formação
Hell Creek, região que hoje abrange os estados de
Dakota do Norte, Dakota do Sul, Montana e Wyoming, nos Estados
Unidos, conhecida por seu rico registro paleontológico.
O estudo, publicado na revista
PLOS ONE, descreve duas novas espécies de aves a
partir de fósseis de um único osso do pé,
o tarsometatarso. De acordo com os cientistas, as características
desses ossos indicam que as aves poderiam capturar e carregar
presas, comportamento semelhante ao de falcões e
corujas atuais.
Alex Clark, principal autor
do estudo e doutorando no Field Museum e na Universidade
de Chicago, explicou que as análises biomecânicas
dos fósseis revelaram estruturas adaptadas para caça
eficiente. Os ossos apresentam uma protuberância muscular
única, que sugere que essas aves eram capazes de
levantar e transportar presas relativamente pesadas, como
pequenos mamíferos e filhotes de dinossauros.
A equipe descreveu duas
novas espécies, batizadas de Avisaurus darwini, em
homenagem a Charles Darwin, e Magnusavis ekalakaenis, referência
à cidade de Ekalaka, em Montana, onde um dos fósseis
foi encontrado. Ambas pertencem ao grupo dos avisaurídeos,
parte das enantiornithines, aves extintas junto com os dinossauros
há 66 milhões de anos.
Embora os fósseis
fossem pequenos — do tamanho de um polegar humano
— e isolados de outras partes esqueléticas,
eles forneceram informações valiosas. Segundo
Clark, a análise detalhada de cada sulco e protuberância
nos ossos ajudou a reconstruir aspectos da musculatura e
da funcionalidade das aves.
Jingmai O'Connor, curador
associado de répteis fósseis no Field Museum
e coautor do artigo, afirmou que a pesquisa dobrou o número
de espécies de aves conhecidas da Formação
Hell Creek, além de contribuir para compreender por
que apenas algumas aves sobreviveram à extinção
em massa que extinguiu dinossauros e avisaurídeos.
O estudo destaca o potencial
de fósseis isolados em paleontologia. Para O'Connor,
o trabalho de Clark ilustra como a formação
em ecologia pode enriquecer a interpretação
paleontológica, trazendo novas perspectivas sobre
o comportamento e a ecologia das espécies extintas.
Essas descobertas não apenas ampliam o conhecimento
sobre a diversidade das aves pré-históricas,
mas também reforçam a importância de
investigar detalhes aparentemente simples para desvendar
a vida em ecossistemas remotos no tempo.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay