Tecnologia
e conservação: Inteligência Artificial
revoluciona monitoramento ambiental
Soluções
inteligentes ampliam a precisão na detecção
de incêndios florestais e no monitoramento de espécies
ameaçadas
03/02/2025 – O uso
de inteligência artificial (IA) está transformando
a conservação ambiental em Hong Kong, oferecendo
soluções que aumentam a eficiência e
precisão no monitoramento de habitats e espécies,
afirmam especialistas e representantes do setor tecnológico
local.
Um exemplo de inovação
é a startup Robotics Cats, reconhecida em junho como
uma das “maiores inovadoras” pela plataforma
UpLink do Fórum Econômico Mundial. Segundo
o fundador, Andre Cheung Wai-kin, a empresa utiliza câmeras
avançadas e ferramentas automatizadas para detectar
incêndios florestais em estágio inicial e monitorar
pássaros em tempo real. O sistema, baseado em tecnologias
de visão computacional e aprendizado profundo, analisa
mais de 500 mil imagens para identificar focos de incêndio
e realiza contagens automatizadas de aves a partir de uma
ampla base de dados fotográficos.
Desde setembro de 2023,
a Robotics Cats conduz um projeto piloto de 12 meses em
zonas úmidas nos Novos Territórios. Durante
um episódio climático extremo, a empresa monitorou
remotamente as aves locais, verificando que as condições
adversas não causaram danos significativos à
fauna aquática. Cheung destacou que essas experiências
reforçam a eficácia da IA em cenários
variados, embora reconheça que limitações
tecnológicas ainda possam afetar a precisão
da coleta de dados.
Parcerias anteriores
com organizações como o WWF-Hong Kong já
demonstraram o potencial da tecnologia. Entre 2022 e 2023,
a IA foi empregada para monitorar espécies ameaçadas,
como a colhereira-de-cara-preta, em habitats protegidos.
Além disso, o sistema ajudou a extinguir um incêndio
em um parque rural em janeiro do ano passado.
Especialistas como Wang
Yu-Hsing, da Universidade de Ciência e Tecnologia
de Hong Kong, enfatizam que a IA pode aliviar a escassez
de mão de obra em atividades que demandam grande
esforço, como levantamentos de campo e monitoramento
contínuo. Ele destacou que a tecnologia, capaz de
operar 24 horas por dia, maximiza a eficiência na
coleta de dados e no gerenciamento de habitats.
Iniciativas semelhantes
estão sendo realizadas por outras instituições
locais, como a Ocean Park Conservation Foundation, que emprega
drones e IA para monitorar populações de caranguejos-ferradura,
e o Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação
(AFCD), que planeja ampliar o uso de detectores de incêndio
assistidos por IA em parques rurais.
Entretanto, os desafios persistem. A dificuldade de acesso
a habitats remotos e as condições ambientais
adversas podem comprometer a eficácia dos sistemas
de IA. Cheung reforça que o desenvolvimento tecnológico
requer apoio governamental e parcerias público-privadas
para avançar.
Ele defende que, com incentivos
adequados, é possível criar um ecossistema
interconectado em que startups, setor privado e governo
trabalhem juntos para alcançar metas de proteção
ambiental. "A tecnologia pode ser uma aliada poderosa
na preservação da natureza, mas é essencial
que todos compartilhem essa responsabilidade", concluiu.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de Agências Internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay