SARNEY FILHO CRIA
ESCOLA NACIONAL DE BOTÂNICA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Janeiro de 2001
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O ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho, anunciou ontem a criação
da Escola Nacional de Botânica, que irá funcionar
no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), a mais
tradicional instituição de pesquisa científica
em Botânica do hemisfério sul. Para que isto
seja possível, o JBRJ, que completa 193 anos de
existência em 2001, será transformado em
autarquia federal especial. O ministro informou que, em
abril, o JBRJ passará a oferecer curso de pós-graduação
em botânica tropical e, dentro de dois anos, estará
implantando o curso de doutorado em Flora Tropical. "Vamos
mudar o perfil do Jardim Botânico. Ele sempre foi
um órgão de pesquisa mas, a partir de agora,
passará também a disseminar conhecimentos",
afirmou o ministro.
O diretor do JBRJ, Sérgio Bruni, explicou que a
escola irá funcionar no Solar da Imperatriz, construção
do século XVI recentemente reformada em colaboração
com a Caixa Econômica Federal. Inicialmente a prioridade
será a formação de especialistas
em mata Atlântica, mas o Ministério do Meio
Ambiente (MMA) poderá redirecionar a prioridade
de acordo com as necessidades do país.
Transformado em autarquia, o Jardim Botânico terá
maior flexibilidade gerencial, possibilitando a ampliação
da captação de recursos, indispensáveis
ao cumprimento de seu papel de centro nacional de pesquisas
científicas para conservação da flora
brasileira. A proposta terá que ser aprovada pelo
Congresso Nacional, mas o ministro informou que o governo
se empenhará para que isso ocorra em breve.
O MMA já definiu como prioridade a revitalização
do Centro de Pesquisas do Jardim Botânico, que contará
com edificações e infra-estrutura adequadas
para o herbário, carpoteca, xiloteca e biblioteca.
Os laboratórios de botânica estrutural e
de sementes também passarão por modificações.
O Jardim Botânico terá, ainda, uma prefeitura,
com o objetivo de administrar seus 137 ha, garantindo
alto nível de qualidade à sua coleção
de plantas vivas e à conservação
de suas edificações históricas (algumas
do século XVI). A Coleção das Plantas
Vivas passará a contar com uma curadoria, que terá
como meta o enriquecimento do arboreto (de 57 ha), suas
estufas e as coleções especiais.
O Jardim Botânico passará a contar com uma
assessoria especial, com o objetivo de ampliar ainda mais
as parcerias com empresas públicas e privadas,
ONGs e instituições de pesquisa e ensino
nacionais e internacionais. Atualmente o Jardim Botânico
conta com uma carteira de 30 parceiros externos.
Fonte: MMA Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa