EQUIPE DA CETESB
MONITORA VAZAMENTO DE 150 TONELADAS DE GÁS
DE COZINHA EM BARUERI
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Junho de 2001
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A equipe de atendimento
a emergências da Divisão de Tecnologia de
Riscos Ambientais da CETESB - Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental foi mobilizada, durante o feriado
de Corpus Christi, para atuar no controle do vazamento
de 150 toneladas de Gás Liquefeito de Petróleo
- GLP, ou gás de cozinha, que vazaram na sexta-feira
(15/junho) de um duto da Petrobras, em Barueri.
Foi uma operação de alto risco, em que os
técnicos tiveram de trabalhar em um ambiente com
uma densa nuvem de gás. Utilizando um instrumento
denominado explosímetro, os técnicos monitoraram
a área durante três dias, para verificar
os riscos de ocorrência de explosão do gás.
Para se ter uma idéia do risco presente, os técnicos
da CETESB lembraram que o volume de gás vazado
seria suficiente para encher 12 mil botijões de
gás de 13 quilos.
A ruptura no duto da Petrobras, localizado às margens
da rodovia Castelo Branco, ocorreu durante a realização
de serviços com bate-estaca da construtora Queiróz
Galvão, contratada pelo Dersa para executar as
obras do Rodoanel. Mais 1.200 pessoas foram obrigadas
a abandonar suas residências por causa do risco
de explosões.
O governador Geraldo Alckmim e secretário estadual
do Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, estiveram na sexta-feira
à noite no local do acidente acompanhando o trabalho
das equipes de emergência. "É inadmissível
que ocorra um acidente desse porte", declarou o governador.
Ricardo Tripoli, que considerou que "o acidente foi
de extrema gravidade", determinou que a CETESB aplicasse
uma multa de R$ 98 mil reais à construtora Queiróz
Galvão.
"Foi, com certeza, um dos acidentes mais graves que
já atendemos. Nunca houve um vazamento de gás
tão intenso e de tamanho risco como este no Estado",
afirmou Edson Haddad , gerente de Operações
de Emergência, há 17 anos trabalhando no
setor.
A equipe de atendimento a emergências, após
monitorar a área por três dias consecutivos,
não identificou mais a presença de GLP no
local, liberando a área para o retorno da população
às suas casas. Na manhã de segunda-feira
foram iniciados os trabalhos para acesso ao ponto de vazamento
do gás, para os reparos necessários. No
prazo de quinze dias, uma comissão técnica
formada por representantes do Dersa e da Petrobras, apontará
os responsáveis pelo acidente.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual de
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Reportagem: Renato Alonso